Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo de Linhares
Designação
DesignaçãoCastelo de Linhares
Outras Designações / PesquisasCastelo e cerca urbana de Linhares (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaGuarda/Celorico da Beira/Linhares
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Linhares Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.54138-7.461808
DistritoGuarda
ConcelhoCelorico da Beira
FreguesiaLinhares
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 8 201, DG, I Série, n.º 120, de 17-06-1922 (ver Decreto)
ZEPPortaria de 28-05-1971, publicada no DG, II Série, n.º 141, de 17-06-1971 (com ZNA)
Zona "non aedificandi"Portaria de 28-05-1971, publicada no DG, II Série, n.º 141, de 17-06-1971
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913329
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSão muitas as lendas acerca da origem do castelo de Linhares. Elas alicerçam-se na memória popular e em antigas descrições e interpretações corográficas. Foram sistematicamente reproduzidas na historiografia nacionalista da primeira metade e meados do século XX. Mas, em boa verdade, nenhuma delas tem verdadeira comprovação arqueológica, muito pelo facto de nunca aqui se terem realizado sondagens.
O que sabemos, efectivamente, é que Linhares já era povoação acastelada no reinado de D. Sancho I, tutelando, juntamente com Celorico da Beira e outras fortalezas vizinhas, a secção setentrional da Serra da Estrela. Nesse final de século XII, os alcaides do castelo, Gonçalo e Rodrigo Mendes, saíram em auxílio da praça de Celorico, então alvo de ataque por parte de tropas leonesas. No entanto, desconhece-se tudo a respeito da primitiva configuração da fortificação nessa altura. É de presumir que se adaptasse ao protótipo de castelo românico, com torre de menagem isolada no interior do recinto fortificado e cerca implantada de acordo com as curvas de nível, mas nada podemos dizer acerca do castelo comandado pelos irmãos Mendes. Nas Inquirições de 1258, menciona-se que os moradores de Sátão eram obrigados a prestar o serviço de anúduva (ajudar à reparação de estruturas militares) na Guarda e em Linhares, constituindo este dado uma prova da importância estratégica deste último castelo no quadro defensivo do reino.
O conjunto que chegou até hoje data do reinado de D. Dinis, monarca que doou a vila a seu filho, Fernão Sanches, e é uma das mais importantes fortalezas góticas da Beira Alta Interior. Embora obedecendo à exigente topografia do terreno, e integrando numerosos afloramentos rochosos, é um característico castelo gótico, com torre de menagem associada à cerca, respondendo à noção de defesa activa que caracteriza aquele período da história militar ocidental. Planimetricamente, organiza-se em dois recintos desnivelados: a Ocidente, aproveitando o topo mais elevado, definindo um triângulo irregular, situa-se a alcáçova, enquanto que a nascente, numa plataforma mais larga, situar-se-ia a primitiva povoação, defendida assim por cerca.
Na actualidade, o conjunto apresenta apenas duas torres, desconhecendo-se se terão existido outras no projecto gótico. A torre de menagem, de secção rectangular, situa-se entre os dois recintos e protege a porta de acesso à alcáçova. Possui três pisos, fazendo-se o acesso ao interior pelo andar intermédio, através de escadaria metálica (na origem seria amovível) e conserva ainda vestígios de balcões de matacães. No lado oposto, culminando a vertente nascente do conjunto, ergue-se a torre do relógio, igualmente de planta rectangular e a que mais sobressai, pelo acentuado declive do terreno que a circunda. No interior, está atestada a existência de duas cisternas quadrangulares na alcáçova e restos do que se pensa ter sido o palácio dos alcaides. O acesso ao interior do circuito fazia-se por três portas, duas das quais dando para o segundo recinto e a terceira, a porta da traição, aberta na secção ocidental da alcáçova. Uma quarta porta, em arco apontado, faz a transição entre plataformas.
No século XIV, Linhares desempenhou papel relevante nas guerras que assolaram esta parcela do território, mas ao longo dos tempos perdeu preponderância, chegando até ao século XX em acentuado estado de degradação. Os mais efectivos trabalhos de restauro tiveram lugar nas décadas de 40 e de 50 da última centúria. Sem acompanhamento arqueológico adequado, removeram-se terras do interior e reconstruíram-se panos de muralha, entre os quais toda a cerca Norte do recinto inferior. Nas torres, o interior foi também objecto de trabalhos assinaláveis, contando-se as escadarias de madeira, o coroamento com merlões e a nova cobertura em telhado de quatro águas. Mais recentemente, renovaram-se as escadarias metálicas, protegeu-se a parte interna do adarve com guardas e renovou-se a organização interna das torres.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPIgreja de Linhares da Beira (Igreja de Nossa Senhora da Assunção), incluindo o seu recheiro artístico
Outra ClassificaçãoAntiga Vila de Linhares da Beira / Zona Histórica da Vila de Linhares da Beira
Nº de Imagens49
Nº de Bibliografias11

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Castelos da Raia Vol. I: BeiraGOMES, Rita CostaEdição1996Lisboa Tipo : Colecção - Arte e Património
A gloriosa história dos mais belos castelos de PortugalPERES, DamiãoEdição1969Barcelos
Celorico da Beira e LinharesRODRIGUES, Adriano VascoEdição1979Celorico da Beira
Castelos da Beira históricaBEÇA, HumbertoEdição1922Porto
"Da Reconquista a D. Dinis", Nova História Militar de Portugal, vol. I, pp.21-161BARROCA, Mário JorgeEdição2003Lisboa
"Aspectos da evolução da arquitectura militar da Beira Interior", Beira Interior - História e Património, pp.215-238BARROCA, Mário JorgeEdição2000Guarda
"Levantamanento Arqueológico do Concelho de Celorico da Beira. Relatório do Trabalho de Campo", Trabalhos de Arqueologia da E.A.M., vol.2, pp.273-282VALERA, António Carlos Neves deEdição1994Lisboa
"Levantamanento Arqueológico do Concelho de Celorico da Beira. Relatório do Trabalho de Campo", Trabalhos de Arqueologia da E.A.M., vol.2, pp.273-282MARTINS, Ana MargaridaEdição1994Lisboa
Linhares. Terra beiroaFRANCO, JoséEdição1944Lisboa
Linhares antiga e nobre vila da BeiraABRANTES, LeonelEdição1995Folgosinho
Três Jóias Esquecidas, Marialva, Linhares e Castelo MendoNEVES, Vítor PereiraEdição1993Castelo Branco
A serra da Estrêla e as suas beirasSIMÕES, ViriatoEdição1979Lisboa

IMAGENS

Castelo de Linhares - Portaria publicada no DG, n.º 141, de 17-06-197 - Texto e planta do diploma

Castelo de Linhares - Reconstrução dos panos da muralha

Castelo de Linhares - Derrocada de pano da muralha

Castelo de Linhares - Reconstrução dos panos da muralha

Castelo de Linhares - Deslocação de silhares na muralha

Castelo de Linhares - Reconstrução dos panos da muralha

Castelo de Linhares - Reconstrução dos panos da muralha

Castelo de Linhares - Pano de muralha recuperado

Castelo de Linhares - Pano de muralha recuperado

Castelo de Linhares - Desmonte dos panos da muralha

Castelo de Linhares - Reconstrução dos panos da muralha

Castelo de Linhares - Deslocação de silhares na muralha

Castelo de Linhares - Reconstrução dos panos da muralha

Castelo de Linhares - Limpeza e protecção da zona derrocada

Castelo de Linhares - Deslocação de silhares na muralha

Castelo de Linhares - Desmonte dos panos da muralha

Castelo de Linhares - Reconstrução dos panos da muralha

Castelo de Linhares - Limpeza e protecção da zona derrocada

Castelo de Linhares - Desmonte dos panos da muralha

Castelo de Linhares - Limpeza e protecção da zona derrocada

Castelo de Linhares - Reconstrução dos panos da muralha

Castelo de Linhares - Fissuração de silharess

Castelo de Linhares - Deslocação de silhares na muralha

Castelo de Linhares - Derrocada de pano da muralha

Castelo de Linhares - Desmonte dos panos da muralha

Castelo de Linhares - Inicio da reconstrução do pano de muralha derrocado

Castelo de Linhares - Deslocação de silhares na muralha

Castelo de Linhares - Reconstrução dos panos da muralha

Castelo de Linhares - Deslocação de silhares na muralha

Castelo de Linhares - Zona derrocada reconstruida

Castelo de Linhares - Pano de muralha recuperado

Castelo de Linhares - Zona derrocada reconstruida

Castelo de Linhares - Zona derrocada reconstruida

Castelo de Linhares - Zona reconstruida após derrocada

Castelo de Linhares - Caminho de ronda recuperado

Castelo de Linhares - Interior do recinto: escada de acesso à torre

Castelo de Linhares - Interior do recinto: escadas sobre afloramento granítico de acesso à torre

Castelo de Linhares - Interior do recinto: pormenor da escada sobre afloramento granítico de acesso à torre

Castelo de Linhares - Interior do recinto: escadas de acesso às torres

Castelo de Linhares - Interior do recinto: escadas sobre afloramento granítico de acesso à torre

Castelo de Linhares da Beira - Interior do recinto: torre nascente

Castelo de Linhares da Beira - Troço de muralha sobre afloramento rochoso

Castelo de Linhares da Beira - Interior do recinto: porta e torre nascente

Castelo de Linhares da Beira - Torre nascente

Castelo de Linhares da Beira - Interior do recinto

Castelo de Linhares da Beira - Vista de sul

Castelo de Linhares da Beira - Remate da torre

Castelo de Linhares da Beira - Interior do recinto: porta a poente

Castelo de Linhares da Beira - Interior do recinto: porta de acesso rincipal

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