Torre de Barcelos, chamada do Postigo da Muralha | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Torre de Barcelos, chamada do Postigo da Muralha | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Cerca urbana de Barcelos / Torre de Barcelos (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Torre | ||||||||||||
Tipologia | Torre | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Braga/Barcelos/Barcelos, Vila Boa e Vila Frescainha (São Martinho e São Pedro) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Braga | ||||||||||||
Concelho | Barcelos | ||||||||||||
Freguesia | Barcelos, Vila Boa e Vila Frescainha (São Martinho e São Pedro) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 11 454, DG, I Série n.º 35, de 19-02-1926 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12647653 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Os melhoramentos de que a vila de Barcelos foi objecto nos finais da Idade Média fomentaram um estauto de verdadeira centralidade no entre-Douro-e-Minho. No trajecto Norte-Sul, Barcelos era ponto de passagem obrigatório e com a construção da ponte (na primeira metade do século XIV), mais essa centralidade se acentuou, canalizando para a vila importantes contigentes populacionais (em trânsito para outras paragens ou afluindo à sua concorrida feira) e muitos recursos económicos e comerciais. Apesar deste favorável contexto, a construção das muralhas parece ter acontecido numa fase já relativamente tardia e não se podem dissociar da edificação do paço condal, iniciativa do Infante D. Afonso, filho de D. João I. Em 1406, o concelho do Porto reclamava ao rei, argumentando que o vedor da obra barcelense estava indevidamente a obrigar os habitantes de Azurara (então no termo portuense) a contribuir para os trabalhos de amuralhamento da vila, sintoma de que a empreitada corria a bom ritmo. De tal forma seria assim que ela estaria concluída pelos meados da centúria. (ALMEIDA, 1990, p.32) O sistema então construído foi brutalmente amputado nos séculos mais recentes, mas é ainda possível reconstituir, nos seus traços gerais, o perímetro que a cerca delimitada, graças a um desenho de Duarte D'Armas, executado no início do século XVI, e à própria fisionomia urbanística do centro histórico, que conservou notáveis vestígios da estrutura. Assim, o burgo apresentava uma muralha de perfil oval, ligeiramente reintrante na face Norte, que tinha na ponte o seu início e fim. Quatro torres quadrangulares protegiam outras tantas portas, ordenando simultaneamente os eixos viários internos às principais estradas do território. A passagem mais importante era a do lado Sul, atravessando o rio pela ponte. Neste troço avultava a posição dominante do paço condal que, pela década de 80 do século XV, sob o impulso do conde D. Fernando, se ligou à ponte, através de uma torre de dois pisos (ALMEIDA e BARROCA, 2002, pp.111-112), cujo andar inferior, aberto em três arcadas, permitia a passagem controlada sobre o tabuleiro. Do lado oposto, duas outras torres tutelavam outras importantes vias: a do Cimo da Vila, ou da Porta Nova, frente ao antigo Campo da Feira, situava-se a Nordeste, no final do caminho de Viana do Castelo e de Ponte de Lima, e sobre um amplo terreiro onde se realizava a feira de Barcelos; a Noroeste, a Porta do Vale controlava a passagem para o caminho de Esposende. Finalmente, uma quarta torre, de menores dimensões que as restantes, localizava-se a nascente da ponte, numa zona de fácil acesso ao rio, e protegia o Postigo do Pessegal, pequena passagem que ligava o interior do burgo à Fonte da Vila, caminho cuja protecção era ainda reforçada por uma barbacã, desenhada por Duarte d'Armas (ALMEIDA, 1990, p. 34). Existia ainda uma última porta, localizada a poente, designada por Postigo do Fundo da Vila que, como o própio nome indica, era a de menor importância. De todo este complexo, restam alguns vestígios de muralhas e, principalmente, a Torre da Porta da Vila, estrutura que marca, ainda hoje, a paisagem desta secção urbana. De planta quadrangular e dotada de quatro andares (sendo a fachada meridional a única a denunciar esta organização interior, pela existência de uma porta de arco apontado no primeiro piso e janelas geminadas nos registos superiores, sempre abertas ao centro do alçado), é uma construção que revela bem o grau de monumentalidade que o sistema defensivo de Barcelos adquiriu no século XV. Como praticamente todas as vilas muralhadas do país, o caminho para a contemporaneidade determinou a destruição de grande parte dos medievais sistemas de protecção. Se até ao final do século XVIII, se limitaram os estragos a aberturas de novas portas, a política posterior foi a do sistemático desmantelamento. De 1794 até hoje, não cessaram as destruições, fazendo com que seja muito pouco o que resta de tão importante cerca. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 3 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 10 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Paços Medievais Portugueses | SILVA, José Custódio Vieira da | Edição | 1995 | Lisboa | Tipo : Colecção - Arte e Património |
Barcelos | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1990 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - o Gótico | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 2002 | Lisboa | |
O Concelho de Barcelos Aquém e Além Cávado (1948), 2ªed. fasimiliada | FONSECA, Teotónio da | Edição | 1987 | Barcelos | |
História da Arte em Portugal - o Gótico | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2002 | Lisboa | |
Guia ilustrado de Barcelos | LEITÃO, Joaquim | Edição | 1908 | ||
"O paço do Conde de Barcelos", Barcellos Revista, 2ª Série, nº 2 | VALE, Clara Pimenta do | Edição | 1991 | Barcelos | |
"O Paço dos Condes de Barcelos", Barcelos Património, nº 4, pp.7-38 | FLORES, Joaquim António de Moura | Edição | 1996 | Barcelos | |
"O sistema defensivo medieval em Barcelos", Barcelos Terra Condal, vol. II, pp.297-312 | FLORES, Joaquim António de Moura | Edição | 1999 | Barcelos | |
Barcelos, Verde Minho | MAGALHÃES, António Martins | Edição | 1987 | Barcelos | |
"As Muralhas de Barcelos", Barcelos - Revista, nº1, pp. 57-66 | BASTO, Carlos Vieira de Sousa | Edição | 1982 | Barcelos |
Planta com a delimitação e a ZP actualmente em vigor
Torre da Porta da Vila - vista geral
Torre de Barcelos, chamada do Postigo da Muralha - Enquadramento do torre
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