Castelo de Guimarães | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Guimarães | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Guimarães (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Braga/Guimarães/Oliveira, São Paio e São Sebastião | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Braga | ||||||||||||
Concelho | Guimarães | ||||||||||||
Freguesia | Oliveira, São Paio e São Sebastião | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) Decreto de 27-08-1908, DG, n.º 199, de 5-09-1908 | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 15-04-1955, publicada no DG, II Série, n.º 170, de 23-07-1955 (com ZNA) (ZEP do Castelo, da Igreja de São Miguel e do Paço dos Duques de Bragança) Portaria de 24-11-1951, publicada no DG, II Série, n.º 103, de 30-04-1952 | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 15-04-1955, publicada no DG, II Série, n.º 170, de 23-07-1955 Portaria de 24-11-1951, publicada no DG, II Série, n.º 103, de 30-04-1952 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | Guimarães | ||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Paradigma das origens da nacionalidade e da própria figura de D. Afonso Henriques, o Castelo de Guimarães é um dos monumentos mais representativos do imaginário medieval português. A sua construção inicial remonta ao tempo de Mumadona Dias, que o mandou edificar pelos meados do século X, com o objectivo de defender o mosteiro de Santa Maria de Guimarães, dos ataques de muçulmanos e normandos. Desse primitivo reduto militar pouco ou nada se sabe, para além do facto de constituir um dos primeiros exemplos "de uma estrutura castelar erguida para assegurar a protecção de um mosteiro, um binómio que se viria a verificar muitas outras vezes nas centúrias seguintes" (BARROCA, 1996, p.18). Mais de um século depois, o Conde D. Henrique (a quem tinha sido doado o condado portucalense) escolheu Guimarães para estabelecer a sua corte. Talvez tenha pesado na sua decisão a segurança que o Castelo de São Mamede - assim lhe tinha chamado sua fundadora - oferecia. O forte, por essa altura, necessitaria de reformas urgentes e o conde optou por demolir parcialmente a construção de Mumadona, ampliando a área ocupada pela fortaleza original, com novos e mais potentes muros, que apresentam uma técnica já muito próxima do Românico. Datam, contudo, do século XII as mais importantes reformas arquitectónicas no castelo. De acordo com os estudos de Mário Barroca, é este tipo de aparelho do século XII, já plenamente Românico, que "percorre, pela primeira vez de forma integral, todo o perímetro amuralhado do castelo (...) embora ignore todos os torreões e não se detecte na Torre de Menagem" (BARROCA, 1996, pp.21-22). Esta imponente torre quadrangular, que hoje tão singularmente caracteriza o monumento, foi, assim, construída em época mais tardia, já na segunda metade do século XIII, com grande probabilidade no reinado de D. Dinis. Da reforma então efectuada datam também os oito torreões e uma parte significativa das muralhas da cidade, que arrancam, precisamente, dos torreões. Na viragem para a segunda dinastia, parte do espaço do castelo foi privatizado, construindo-se, então, um paço senhorial destinado ao alcaide da fortaleza. Organizado em quatro andares e com um espaço médio de c. 100-120 m2 (BARROCA, 1996, p.26), a sua construção significou a derradeira renovação do velho castelo medieval. A radical mudança nas tácticas militares, motivada pela introdução da pirobalística, determinou o início de uma longa decadência da fortaleza vimaranense. Logo no século XVI, aqui foi instalada a cadeia da cidade. No século seguinte, o recinto acumulou as funções de palheiro real e as de pedreira. O século XIX foi, sem dúvida, o mais desastroso período para o monumento. O estado de ruína do Castelo aumentava cada dia e em 1836, um dos membros da Sociedade Patriótica Vimaranense (associação criada para promover os interesses progressistas locais) defendeu a demolição do Castelo e a utilização da sua pedra para ladrilhar as ruas de Guimarães, já que a fortaleza tinha sido usada como prisão política no tempo de D. Miguel. Tal proposta, felizmente, nunca foi aceite. 45 anos depois, a 19 de Março de 1881, em Diário do Governo, classificava-se o Castelo de Guimarães como o único monumento histórico de primeira classe em todo o Minho. Meio século mais tarde dava-se início ao restauro da estrutura, mais propriamente em 1937. Esta campanha, que conferiu ao monumento o aspecto geral que hoje possui, foi conduzida pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, no seu vasto programa de restauro e de celebração da Idade Média portuguesa. Com projecto do arquitecto Rogério de Azevedo, um dos principais nomes do restauro patrimonial no nosso país naquela primeira metade do século XX, o restaurado castelo foi inaugurado a 4 de Junho de 1940, por ocasião das Comemorações do VIII Centenário da Fundação da Nacionalidade. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | Centro Histórico de Guimarães e Zona de Couros | ||||||||||||
Nº de Imagens | 21 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 18 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Apontamentos para a história de Guimarães. A villa do castello", Revista de Guimarães, vol. XV, 1898, pp.5-13 | GUIMARÃES, A. Oliveira | Edição | 1898 | ||
Castelologia medieval de Entre-Douro-e-Minho. Das origens a 1220 | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1978 | Porto | |
A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Barcelos | |
A maravilhosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Porto | |
O castelo e as muralhas de Guimarães - apontamentos para a sua história | TEIXEIRA, Fernando José | Edição | 2001 | Guimarães | |
O Castelo de Guimarães | FONTE, Barroso da | Edição | 2000 | Guimarães | |
"Um percurso por Guimarães medieval no século XV", Patrimonia, nº1, 1996, pp.9-16 | FERREIRA, Maria da Conceição Falcão | Edição | 1996 | ||
"Da Reconquista a D. Dinis", Nova História Militar de Portugal, vol. I, pp.21-161 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2003 | Lisboa | |
"O castelo de Guimarães", Patrimonia, nº1, 1996, pp.17-28 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 1996 | ||
"Do Castelo da Reconquista ao Castelo Românico (Sec. IX a XII)", Portugália, nova série, vols. XI-XII, pp.89-136 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 1991 | Porto | Publicado a 1994 |
O castelo e as muralhas de Guimarães. Notícia histórica | GUIMARÃES, Alfredo | Edição | 1940 | Porto | |
Castelos de Portugal II. Os castelo de Entre-Douro-e-Minho | BEÇA, Humberto | Edição | 1925 | Famalicão | |
Castelo de Guimarães. Sua história dramática e militar | CARVALHO, A. L. | Edição | 1937 | Guimarães | |
Castelos Portugueses | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelos Portugueses | PONTES, Maria Leonor | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
O castelo de Guimarães | PINA, José Luís de | Edição | 1933 | Porto | |
"Castelo de São Mamede e igreja de São Miguel do Castelo", Ilustração Moderna, nº25-26, Jul-Ago. 1928 | PINA, José Luís de | Edição | 1928 | Porto | |
O castelo de Guimarães. Boletim da DGEMN, nº8, 1937 | Edição | 1937 | Lisboa | ||
Castelo de Guimarães e Igreja de São Miguel | Edição | 2003 | Lisboa |
Castelo de Guimarães - Vista geral
Castelo de Guimarães - Vista parcial das muralhas e torres
Castelo de Guimarães - Torre com passagem para o interior do recinto
Castelo de Guimarães - Interior do recinto: caminho de ronda (adarve) e ao fundo vestígios do paço do alcaíde
Castelo de Guimarães - Ruínas do paço do alcaide
Castelo de Guimarães - Interior do recinto: ruínas do paço do alcaide, vendo-se chaminé no 2.º piso
Castelo de Guimarães - Interior do recinto: caminho de ronda (adarve)
Castelo de Guimarães - Pano de muralha e torre de menagem (DGESBA 1955)
Castelo de Guimarães - Pano de muralha e torre de menagem (DGESBA 1955)
Castelo de Guimarães - Postal ilustrado
Castelo de Guimarães - Vista geral
Castelo de Guimarães - Torre com passagem para o interior do recinto
Castelo de Guimarães - Interior do recinto: caminho da rona (adarve) e ao fundo vestígios do paço do alcaíde
Castelo de Guimarães - Interior do recinto: ponte de madeira de ligação entre o adarve e a torre de menagem
Castelo de Guimarães - Interior do recinto: caminho de ronda (adarve)
Castelo de Guimarães - Vista geral
Castelo de Guimarães - Vista geral
Castelo de Guimarães - Vista geral e envolvente
Castelo de Guimarães - Vista parcial do castelo e envolvente
Castelo de Guimarães - Vista parcial das torres
Castelo de Guimarães - Vista parcial do castelo e da envolvente
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