Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Padrão Comemorativo da Batalha do Salado
Designação
DesignaçãoPadrão Comemorativo da Batalha do Salado
Outras Designações / PesquisasPadrão de Nossa Senhora da Vitória (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Padrão
TipologiaPadrão
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBraga/Guimarães/Oliveira, São Paio e São Sebastião
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo da OliveiraGuimarães Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.442853-8.29279
DistritoBraga
ConcelhoGuimarães
FreguesiaOliveira, São Paio e São Sebastião
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 37 366, DG, I Série, n.º 70, de 5-04-1949 (ver Decreto)
ZEPPortaria de 1-02-1956, publicada no DG, II Série, n.º 94, de 19-04-1956 (com ZNA) (ZEP da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, do Padrão comemorativo da Batalha do Salado e dos Paços Municipais)
Zona "non aedificandi"Portaria de 1-02-1956, publicada no DG, II Série, n.º 94, de 19-04-1956
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914629
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaLocalizado na principal praça da cidade medieval, a Praça de Santa Maria - centro nevrálgico do burgo desde, pelo menos, o século XII -, o Padrão do Salado é um dos mais emblemáticos monumentos de Guimarães e uma das obras de maior simbolismo do Portugal medieval.
A sua construção remonta a 1340, ano da Batalha do Salado, em que tomou parte D. Afonso IV, conjuntamente com exércitos de Castela e de Aragão, contra tropas muçulmanas do reino de Granada e do Norte de África. Este feito, que estará na origem do cognome "o Bravo" de D. Afonso IV, motivou uma série de construções comemorativas, em várias partes do reino, sendo esta de Guimarães uma das mais célebres. Diante da principal instituição da cidade - e uma das que estava seguramente conotada com os períodos condal e de autonomização do reino - o Padrão do Salado é uma obra gótica relativamente modesta.
Compõe-se de um espaço quadrangular abobadado, aberto nas suas quatro faces através de arcarias quebradas, assentes em colunas adossadas, a partir das quais partem as nervuras da abóbada.
Estilisticamente, é uma obra relacionada com o Gótico da primeira metade do século XIV, ainda conotado com o período dionisino, recorrendo a um aspecto demasiado compacto e reforçado das estruturas, com pilares de colunas adossadas, nervuras bem vincadas e uma abóbada relativamente baixa. Também a decoração reforça este sentido austero do monumento: os capitéis, de decoração vegetalista, mas também antropomórfica, foram esculpidos de forma bastante rude, destacando-se a composição muito pouco do suporte. Por outro lado, os arcos são decorados por uma solução dentada, que acompanha toda a sua curvatura, existindo ainda ténues sequências de bolas. A monumentalidade do conjunto é dada pela existência de gabletes bastante apontados a coroar as aberturas para o espaço central, que se elevam praticamente à mesma altura do abobadamento exterior, e em cujo tímpano se colocaram escudos reais.
Nove anos depois de construído o padrão, o seu espaço central foi ocupado por um pedestal, em cujo topo se colocou a cruz, que ainda hoje subsiste. A sua compra deveu-se ao mercador vimaranense Pedro Esteves, que, ao que tudo indica, a adquiriu na Normandia (FERREIRA, 1996, 10). Trata-se de uma cruz espiritualmente gótica, representando as duas Paixões primordiais da religiosidade baixo-medieval: de um lado, a crucificação de Cristo; de outro, a figura da Virgem. O fuste foi enriquecido com as representações de São Vicente, São Torquato, São Filipe e um anjo, figuras que pouco ou nada se relacionam com a história de Guimarães ou com a Batalha do Salado, revelando, assim, tratar-se esta obra de uma clara importação, originalmente concebida para outro fim e outro teritório.
O padrão da vitória do Salado, mercê da sua localização em relação à colegiada e da imagem de devoção no interior, transformou-se, em pouco tempo, num dos mais importantes centros marianos do Norte do país, sendo procurado por verdadeiras multidões em dias de romarias e de festas. O gradeamento que o protege foi sucessivamente reformado ao longo dos tempos, datando da década de 70 do século XX a última grande campanha de restauro, momento em que foram substituídas as grades e se procedeu à consolidação das estruturas.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCruzeiro da Senhora da GuiaMuralhas de Guimarães
Outra ClassificaçãoCentro Histórico de Guimarães e Zona de Couros
Nº de Imagens11
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
A arquitectura gótica portuguesaDIAS, PedroEdição1994Lisboa
Guimarães - roteiro turísticoFONTE, Barroso daEdição1995GuimarãesFotografias de José Bastos
"Um percurso por Guimarães medieval no século XV", Patrimonia, nº1, 1996, pp.9-16FERREIRA, Maria da Conceição FalcãoEdição1996

IMAGENS

Padrão Comemorativo da Batalha do Salado - Enquadramento geral e relação com a Colegiada

Padrão Comemorativo da Batalha do Salado - Vista geral e integração na malha urbana

Padrão Comemorativo da Batalha do Salado - Pormenor do cruzeiro: figura de Cristo crucificado

Padrão Comemorativo da Batalha do Salado - Pormenor do cruzeiro: figura de Cristo crucificado

Padrão Comemorativo da Batalha do Salado - Capitéis no arranque da abóbada

Padrão Comemorativo da Batalha do Salado - Capitéis figurativos no arranque da abóbada

Padrão Comemorativo da Batalha do Salado - Vista parcial do cruzeiro e abóbada

Padrão Comemorativo da Batalha do Salado - Vista geral do cruzeiro sob a abóbada

Padrão Comemorativo da Batalha do Salado - Pormenor do cruzeiro: cruz de remate com figura de Cristo crucificado

Padrão Comemorativo da Batalha do Salado - Vista parcial

Padrão Comemorativo da Batalha do Salado - Vista parcial

MAPA

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