Igreja de Nossa Senhora da Oliveira | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de Nossa Senhora da Oliveira | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja da Colegiada de Guimarães / Igreja e Colegiada de Guimarães / Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Oliveira / Museu Alberto Sampaio (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Braga/Guimarães/Oliveira, São Paio e São Sebastião | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Braga | ||||||||||||
Concelho | Guimarães | ||||||||||||
Freguesia | Oliveira, São Paio e São Sebastião | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 1-02-1956, publicada no DG, II Série, n.º 94, de 19-04-1956 (com ZNA) (ZEP da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, do Padrão comemorativo da Batalha do Salado e dos Paços Municipais) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 1-02-1956, publicada no DG, II Série, n.º 94, de 19-04-1956 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O mosteiro pré-românico, fundado por D. Mumadona em 949, e para protecção do qual se construiu um primeiro castelo de Guimarães, deu lugar, ao que tudo indica logo nos inícios do século XII (RAMOS, 1991, v.I, p.86), à Colegiada de Santa Maria de Guimarães, uma das mais importantes e ricas instituições religiosas portuguesas da Baixa Idade Média. Destas primeiras fases muito pouco é o que sabemos, destruídas por reformas posteriores e escassamente documentadas por vestígios materiais remanescentes. No Museu Alberto Sampaio conserva-se um capitel românico, datado da segunda metade do século XII e procedente do portal principal da igreja, que ajuda a caracterizar, em alguma medida, o que terá sido este templo nos séculos do Românico, com uma iconografia tipicamente beneditina (em torno do Bem e do Mal) e com uma relativa qualidade ao nível do trabalho escultórico. Mais importante é a parte do claustro duocentista que ainda se conserva. Esta quadra foi bastante modificada na época manuelina, mas mantém, ainda, alguns capitéis e, especialmente, a frontaria da Sala do Capítulo. Por estes elementos, podemos concluir ter sido este claustro uma das mais importantes obras românicas da época, ainda com grande carga estética moçárabe - pelo recurso, por exemplo, a arcos de feição ultrapassada -, característica que lhe confere o estatuto de "melhor conjunto românico-mudéjar, em granito, de Portugal" (ALMEIDA, 2001, p.110). No século XIV, a Colegiada de Guimarães era um importante ponto de romaria e de peregrinação, muito se ficando a dever tal facto à imagem de Santa Maria, a mesma venerada por D. João I, nas vésperas da Batalha de Aljubarrota. Aqui iniciou-se um dos mais importantes capítulos da história deste monumento. Em 1387, na sequência de um voto feito pelo próprio D. João I, procedeu-se à remodelação do anterior edifício. Parece que as obras fundamentais foram bastante rápidas, sendo o novo templo solenemente sagrado em 1401, não obstante notícias posteriores darem conta da continuação dos trabalhos, pelo menos, até 1413. A reforma gótica da velha Colegiada foi um marco da arquitectura gótica no Norte do país. Em termos planimétricos, a estrutura é comum: três naves de três tramos e transepto saliente, sendo a iluminação muito escassa; características que terão desgostado ao rei, que "não ficou muito satisfeito com as dimensões da igreja" (DIAS, 1994, p.130). Outros elementos, todavia, contrariam a aparente continuidade desta obra. A grande janela do registo superior da fachada principal, organizada como um verdadeiro "janelão-retábulo" (ALMEIDA e BARROCA, 2002, pp.62-63) constitui um dos nossos melhores programas iconográficos góticos. Integralmente dedicado à genealogia da Virgem, compõe-se de uma Árvore de Jessé, a que não falta a Anunciação, a culminar a mensagem mariana e, por esta via, também cristológica do conjunto. Muito se tem escrito sobre o arquitecto desta campanha: João Garcia de Toledo. O seu nome anda ligado às principais obras do reinado de D. Fernando (CHARRÉU, 1995, vol. I, pp.154-155) e parece ter continuado no cargo após a Revolução, razão da sua escolha pelo monarca. No entanto, com a construção da Oliveira terminava uma fase do Gótico nacional; as décadas seguintes haveriam de ditar uma nova orientação estética, simbolizada pela grande obra, de gosto inglês, que foi o Mosteiro da Batalha. Da época gótica ficou, ainda, parte das asnas do telhado das naves, decoradas com painéis de pinturas de sabor heráldico, bestiário, etc., obras que constituem, muito provavelmente, o mais antigo conjunto de pinturas nacionais conservadas. Na época moderna foram várias as remodelações: a nova capela-mor, bastante mais profunda que a original, data do reinado de D. Pedro II; grandes telas barrocas, atribuídas a Pedro Alexandrino, decoram as paredes; em 1801, contra a vontade da população, a Câmara cortou a oliveira, que secularmente definiu o espaço em frente da igreja. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Cruzeiro da Senhora da GuiaIgreja e Oratórios de Nossa Senhora da ConsolaçãoMuralhas de Guimarães | ||||||||||||
Outra Classificação | Centro Histórico de Guimarães e Zona de Couros | ||||||||||||
Nº de Imagens | 23 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 28 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A arquitectura manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
A arquitectura gótica portuguesa | DIAS, Pedro | Edição | 1994 | Lisboa | |
O Tardo-Gótico em Portugal, a Arquitectura no Alentejo | SILVA, José Custódio Vieira da | Edição | 1989 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - o Gótico | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 2002 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal, vol. 3 (o Românico) | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1986 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - O Românico | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 2001 | Lisboa | |
Alguns documentos da Colegiada de Santa Maria da Oliveira de Guimarães existentes no Arquivo Nacional da Torre do Tombo | PEREIRA, Isaías da Rosa | Edição | 1981 | Guimarães | Sep. Actas Congr. Histórico de Guimaräes e sua Colegiada, 2 |
Guimarães - roteiro turístico | FONTE, Barroso da | Edição | 1995 | Guimarães | Fotografias de José Bastos |
O Mosteiro e a Colegiada de Guimarães, ca. 950-1250 | RAMOS, Cláudia Maria Novais Toriz da Silva | Edição | 1991 | Porto | |
Património e rendas da Colegiada de Guimarães, em 1442 | MARQUES, José | Edição | 1981 | Guimarães | Sep. Actas Congr. Histórico de Guimaräes e sua Colegiada, 2 |
A Colegiada de Guimarães no priorado de D. Afonso Gomes de Lemos (1449-1487) | MARQUES, José | Edição | 1981 | Guimarães | Sep. Actas Congr. Histórico de Guimaräes e sua Colegiada, 2 |
O Mosteiro de Guimarães | MARQUES, José | Edição | 1990 | Guimarães | |
"Um percurso por Guimarães medieval no século XV", Patrimonia, nº1, 1996, pp.9-16 | FERREIRA, Maria da Conceição Falcão | Edição | 1996 | ||
As pinturas dos tectos da igreja da Colegiada de Guimarães e a sua situação no contexto da pintura medieval peninsular | TEIXEIRA, Luís Manuel | Edição | 1981 | Guimarães | Sep. Actas - Congresso Histórico de Guimaräes e sua Colegiada, 4 |
"A simbólica do mal nas pinturas da igreja da Colegiada de Guimarães", Sep. Actas - Congresso Histórico de Guimarães e sua Colegiada, 4 | TEIXEIRA, Luís Manuel | Edição | 1981 | Guimarãres | |
Rendas e arrendamento da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães (1684-1731) | OLIVEIRA, Aurélio de | Edição | 1981 | Guimarães | Sep. Actas Congr. Histórico de Guimaräes e sua Colegiada, 2 |
Visitações de D. Fr. Baltasar Limpo na Arquidiocese de Braga visitações à colegiada de Nossa Senhora de Oliveira e a outras igrejas da região de Guimarães | SOARES, Franquelim Neiva | Edição | 1983 | Braga | |
São Nicolau a sua irmandade e a sua capela na insígne e Real Colegiada de Guimarães | SILVA, Lino Moreira da | Edição | 1994 | Guimarães | |
História da Real Colegiada de Guimarães | OLIVEIRA, Manuel Alves de | Edição | 1978 | Guimarães | |
"24. Inscrição comemorativa da fundação da Igreja gótica de Nª. Sª. Oliveira", Mil anos a construir Portugal | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Guimarães | |
"18. Santa Maria de Guimarães", ficha técnica de catálogo, Mil anos a construir Portugal, 2000, p.87 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Guimarães | |
"14. Capitel românico do portal da colegiada de Nª. Sª. Oliveira", ficha técnica de catálogo, Mil anos a construir Portugal, 2000, p.85 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Guimarães | |
História da Arte em Portugal - o Gótico | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2002 | Lisboa | |
"29. Cruz processional", ficha técnica de catálogo, Mil anos a construir Portugal, 2000, p.92 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Guimarães | |
"O mundo românico (séculos XI-XIII)", História da Arte Portuguesa, vol.1, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995, pp.180-331 | RODRIGUES, Jorge | Edição | 1995 | Lisboa | |
"A igreja de Nossa Senhora da Oliveira, em Guimarães", Arquivo Pitoresco, nº4, 1861, p.355 | BARBOSA, Inácio de Vilhena | Edição | 1861 | ||
As mais belas igrejas de Portugal, vol. I | GIL, Júlio | Edição | 1988 | Lisboa | |
Igreja de N. S. da Oliveira, Boletim da DGEMN, nº 128 | Edição | 1981 | Lisboa | ||
Mil anos a construir Portugal | Edição | 2000 | Guimarães | Catálogo de exposição |
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal: portal principal
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal: corpo central
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal: janelão-retábulo
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal e do padrão da Batalha do Salado
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal: pormenor do janelão-retábulo (esculturas)
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Claustro da colegiada: vista parcial da arcaria
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Claustro da colegiada: porta (antiga porta em arco em ferradura)
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Claustro da colegiada: acesso à igreja
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Claustro da colegiada: colunas e capitéis de uma das alas
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada lateral: janelão gótico do transepto
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal e padrão da Batalha do Salado (IJF)
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal: remate do arco do janelão-retábulo (DGESBA, 1970)
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal: janelão-retábulo (IJF)
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal: pormenor da decoração do janelão-retábulo (DGESBA, 1971)
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal: pormenor da decoração do janelão-retábulo (DGESBA, 1971)
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Interior: retábulo da Virgem de Belém (DGESBA, 1971)
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal e padrão da batalha do Salado
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Gravura antiga (DGESBA)
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal: torre sineira
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal e Padrão da Batalha do Salado
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal: torre sineira
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fachada principal
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