Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Templo Romano de Évora
Designação
DesignaçãoTemplo Romano de Évora
Outras Designações / PesquisasTemplo de Diana / Templo Romano de Évora (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Templo
TipologiaTemplo
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Évora/Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo Conde de Vila FlorÉvora Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.572626-7.907331
DistritoÉvora
ConcelhoÉvora
FreguesiaÉvora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
Decreto de 10-01-1907, DG, n.º 14, de 17-01-1907 (classificou com a designação de Ruínas do Templo Romano)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património MundialAbrangido por conjunto inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, que, ao abrigo do n.º 7 do art.º 15.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, se encontra classificado como MN
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913229
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaIniciada a sua construção na época de Augusto, no século I d. C., terá sido durante as duas centúrias seguintes que a sua edificação se foi completando. Este facto ter-se-á ficado a dever à campanha então empreendida de mudança da malha urbana pré-existente, quando o culto imperial impôs a existência de uma cidadela.
Como muitas outras edificações, também este templo sofreu alterações estruturais ao longo dos séculos. Assim, logo no século V, seria destruído durante as invasões "bárbaras", enquanto no século XIV serviu de casa-forte ao castelo de Évora, ao mesmo tempo que de açougue. No século XIX ainda apresentava os merlões em forma de pirâmide, erguidos durante as campanhas de adaptação mudéjar e manuelina. Além destes elementos, eram de igual modo visíveis as empenas cegas de onde despontava uma colunata. Finalmente, em 1836, deixou de funcionar como açougue. É nesta altura que são demolidos os edifícios anexos ao alçado norte do Templo, dando-se início àquela que poderá ser considerada como a primeira grande intervenção arqueológica empreendida entre nós, durante a qual se descobriram os tanques pertencentes a um primitivo aqueduto.
Em 1863, o investigador Augusto Filipe Simões propôs a demolição de todos os elementos medievais, ao defender a reposição da "traça primitiva" do Templo. É, então, que, num ambiente verdadeiramente romântico e idealizado, o projecto é entregue a José Cinatti, que concebe o seu restauro integral. Este Templo constitui o que resta do forum da cidade de Évora, que uma tradição seiscentista considerou dedicado à deusa Diana mas que, na realidade, seria consagrado ao culto imperial.
De linhas asumidamente clássicas, pertencente a uma tipologia que assistiu ao seu desenvolvimento especialmente no território da Península Ibérica, esta estrutura demonstra uma convivência plenamente harmoniosa entre materiais de construção tão diferentes, como o mármore e o granito.
De todo o complexo, chegaram até aos nossos dias o podium, quase completo, onde é ainda bem visível a escadaria, apesar do seu desmoronamento. O podium, propriamente dito, encontra-se estruturado numa área de c. de 25 m de comprimento, 15 m de largura e 3,5 m de altura, em cantaria granítica de aspecto irregular, o denominado opus incertum . Quanto às colunas, este Templo - um dos mais bem conservados da Península Ibérica -, apresenta a colunata intacta, composta de 6 colunas, arquitrave e fragmentos do friso no seu topo norte, enquanto do seu lado oeste surgem apenas 3 colunas inteiras - uma das quais sem capitel e base -, fragmentos da arquitrave e um dos frisos. No respeitante à tipologia, são colunas coríntias com fustes vincadamente canelados, constituídas por 7 tambores de tamanho irregular. As colunas assentam em bases circulares de mármore branco de Estremoz. Em relação aos capitéis, eles apresentam-se lavrados no mesmo mármore, com decoração estruturada em 3 ordens de acantos e ábacos, ornamentados de florões e flores, como malmequeres, girassóis e rosas.
Escavações mais recentes, nomeadamente as orientadas por Th. Hauschild, revelaram que o Templo seria rodeado por pórtico monumental e um espelho de água.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens16
Nº de Bibliografias16

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal, vol. VII (Concelho de Évora - volume I)ESPANCA, TúlioEdição1966LisboaO vol. II é totalmente dedicado às ilustrações.
História da Antiguidade da Cidade de ÉvoraRESENDE, André deEdição1573Data do Editor : 1573
"Várias Antiguidades de Portugal", Colleçam de Antiguidades de ÉvoraESTAÇO, GasparEdição1785Lisboa Data do Editor : 1785
História da Antiguidade da Cidade de ÉvoraPATRÍCIO, Amador (Martim Cardoso de Azevedo)Edição1793Data do Editor : 1793
Restauração do Templo Romano em ÉvoraBARATA, António FranciscoEdição1872Lisboa Número : 8 Data do Editor : 1872
"O Templo Romano de Évora", Escriptos DiversosSIMÕES, Augusto FilipeEdição1888Coimbra
"Évora Ilustrada", A Cidade de ÉvoraFIALHO, Pe. ManuelEdição1944Évora Número : 7-8 Data do Editor : 1944
"El Recinto Mural Romano de Ebora Liberalitas Julia", ConímbrigaGARCIA y BELLIDO, AntónioEdição1971Conímbriga Número : 10 Data do Editor : 1971
Le Culte Impériale dans la Péninsule Ibérique d'Auguste à DioclétienÉTIENNE, RobertEdição1974Paris Data do Editor : 1974
"Investigações Efectuadas no Templo de Évora em 1982", Trabalhos de Arqueologia do SulHAUSCHILD, TheodorEdição1986Évora Número : 1 Data do Editor : 1986
"A Arte da Época Clássica (séculos II a. C .- II d. C.)", História da Arte Portuguesa, vol.1, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995, pp.79-101MACIEL, Manuel Justino PinheiroEdição1995Data do Editor : 1995
"O Templo romano de Évora e a renovação urbana do centro histórico", I Encontro Ibérico de Municípios com Centros HistóricosGUERREIRO, José EmílioEdição1994
Portugal RomanoALARCÃO, Jorge Manuel N. L.Edição1988LisboaLisboa Data do Editor : 1988
"A cidade romana Liberalitas Iulia Ebora - forúm, e maqueta de reconstituição do templo", A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (2ª Série), nº 7, 2007, pp. 195-212DIAS, Rui M. ViegasEdição2007Évora
"Giuseppe Cinatti e o restauro do Templo Romano de Évora", A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (2ª Série), nº 4, 2000, pp. 273 - 288RODRIGUES, Paulo Alexandre SimõesEdição2000Évora
"A Restauração do Templo Romano de Évora", A Cidade de ÉvoraEdiçãoÉvora Número : 1

IMAGENS

Templo Romano de Évora - Vista geral de sul

Templo Romano de Évora - Vista geral de sul

Templo Romano de Évora - Vista geral de poente

Templo Romano de Évora - Pormenor da colunata a Norte

Templo Romano de Évora - Pormenor de coluna (ao fundo, a Torre Cadaval)

Templo Romano de Évora - Pormenor de colunas

Templo Romano de Évora - Pormenor de capitéis e arquitrave

Templo Romano de Évora - Pormenor de capitéis e arquitrave

Templo Romano de Évora - Pormenor de capitéis e arquitrave

Templo Romano de Évora - Pormenor de capitéis e arquitrave

Templo Romano de Évora - Pormenor de colunas, capitéis e arquitrave

Templo Romano de Évora - Pormenor de capitéis e arquitrave

Templo Romano de Évora - Pormenor de capitéis e arquitrave

Templo Romano de Évora - Pormenor de colunas e capitéis

Templo Romano de Évora - Pormenor do embasamento (técnica de construção)

Tempo Romano de Évora - Decreto de 10-01-1907

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