Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castro de Sacóias
Designação
DesignaçãoCastro de Sacóias
Outras Designações / PesquisasCastro de Saccoias (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Povoado Fortificado
TipologiaPovoado Fortificado
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBragança/Bragança/Baçal
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- no cimo do monte do Castro de SacóiasBaçal Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.858786-6.689855
DistritoBragança
ConcelhoBragança
FreguesiaBaçal
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaClassificado como "Monumento Nacional", logo em 1910, pelo primeiro decreto de classificação do património artístico e arqueológico ditado pelo jovem regime republicano, o "Castro de Sacóias" ergue-se no topo de um cabeço pouco pronunciado do monte de Sacóias (que lhe conferiu a designação), sobranceiro ao Rio Igrejas e a nascente da aldeia de Sacóias.
Embora os materiais recolhidos no local (entre os quais constam diversos exemplares de cerâmica manual decorada com punção) permitam falar da existência efectiva de um povoado fortificado da Idade do Ferro, poucos serão os seus vestígios remanescentes, mesmo que subsistam pequenos troços muralhados constituídos por pedras de pequena dimensão, a denunciar, no fundo, a profunda destruição provocada pela utilização intensiva do seu solo, nomeadamente para plantação de vinha. É no entanto, inegável a reutilização do seu espaço já em período romano, confirmada, entre outras situações, na presença de materiais de construção, como tegulae e imbrices, a par de algumas mós, numa afirmação do carácter duradouro da presença das comunidades humanas que o elegeram durante o processo de romanização desta região do Noroeste peninsular.
Entretanto, num outro cabeço localizado a Norte do Castro, foi construída, logo no início do século XX, uma capela da invocação de Nossa Senhora da Assunção, precisamente no mesmo sítio onde a tradição local apontava para a existência de um santuário anterior, consagrado a Santa Maria, numa clara (re)apropriação de um local sagrado através da sobreposição de evidências materiais de novas fés. Este episódio integraria, deste modo, um fenómeno que será o de todos os tempos, ou seja, o do reforço do poder temporal através da imposição de um novo poder espiritual. E, de facto, constata-se, através de uma observação mais circunstanciada da capela, que houve um claro reaproveitamento (também explicável à luz de uma mera postura utilitarista) de materiais subsistentes da estrutura preexistente, como dsepulturas e estelas funerárias romanas, juntamente com fragmentos cerâmicos do mesmo período. Mas, além destes elementos, foram reutilizados componentes do anterior templo cristão, o que poderá apontar para uma eventual ocupação medieval do mesmo "Castro de Sacóias", num testemunho claro das boas condições que oferecia às comunidades que o proclamaram sucessivamente como habitat.
O espólio encontrado nos dois locais (porquanto indissociáveis) encontra-se actualmente nos Museus da Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães, no Municipal de Bragança e no Nacional de Arqueologia, em Lisboa. Dele, fazem parte materiais tão diversos, quanto cerâmicas romanas de tipologia variada, uma pequena figura em bronze, eventualmente representando um bezerro, a base de uma outra estatueta em bronze, a par de um conjunto considerável de numismas e de fíbulas, completados por algumas estelas funerárias e um cippo romano.
[AMartins]
ProcessoNo cimo do monte do Castro de Sacoias
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias19

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
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"Museu Municipal de Bragança", O Arqueólogo PortuguêsVASCONCELLOS, José de Leite deEdição1898Lisboa1.ª série, vol. 4, pp. 153-155
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Bragança e BenquerençaLOPO, Albino dos Santos PereiraEdição1900Lisboa
Apontamentos ArqueológicosLOPO, Albino dos Santos PereiraEdição1987Bragapp. 15 - 16
Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental, 6 vols., Dissertação de Doutoramento apresentada à Universidade do MinhoLEMOS, Francisco SandeEdição1993Braga6 Vols.
O Leste do Território BracarenseNETO, Joaquim MariaEdição1975Torres Vedrasp. 363
Epigrafia Romana da Região de BragançaREDENTOR, Armando JoséEdição2002Lisboa"Trabalhos de Arqueologia", n.º 24, p. 334
"Representações zoomórficas na epigrafia funerária Transmontano-Zamorana Ocidental da época romana", Actas do Congresso Internacional de Arqueologia Iconográfica e SimbólicaREDENTOR, Armando JoséEdição2002Coimbrapp. 163-199
Aqvae Flaviae I. Fontes Epigráficas da Gallaecia Meridional InteriorRODRÍGUEZ COLMENERO, AntónioEdição1997Chaves
Aqvae Flaviae I. Fontes Epigráficas da Gallaecia Meridional InteriorAIRES, FirminoEdição1997Chaves
Aqvae Flaviae I. Fontes Epigráficas da Gallaecia Meridional InteriorALCORTA, EnriqueEdição1997Chaves
Los Castros de La Edad del Hierro de Zamora OccidentalESPARZA ARROYO, AngelEdição1986Zamorap. 415

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