Castelo de Tomar | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Tomar | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Tomar (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Santarém/Tomar/Tomar (São João Baptista) e Santa Maria dos Olivais | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Santarém | ||||||||||||
Concelho | Tomar | ||||||||||||
Freguesia | Tomar (São João Baptista) e Santa Maria dos Olivais | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 30-08-1946, publicada no DG, n.º 265, de 14-11-1946 (com ZNA) (ZEP do mosteiro de Cristo, aqueduto e castelo de Tomar) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 30-08-1946, publicada no DG, n.º 265, de 14-11-1946 (ZEP do mosteiro de Cristo, aqueduto e castelo de Tomar) | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | D. Afonso Henriques concedeu aos Templários a defesa das linhas que conduziam a Coimbra, a capital do reino durante o século XII. Nesse processo, a Ordem do Templo entrou na posse de um vasto território entre-Tejo-e-Mondego, que teve por objectivo controlar o acesso meridional a Coimbra e cujo centro nevrálgico era, precisamente, Tomar. A carta régia de doação data de 1159 e o castelo começou a ser edificado um ano depois, de acordo com uma inscrição que se conserva na torre de menagem. Em 1162, o mestre da Ordem passou carta de foral aos moradores, o que revela que, em escassos três anos, houve uma preocupação efectiva por parte dos novos senhores em dotar o local de condições mínimas de defesa, povoamento e dinâmica sócio-económica. As origens do castelo devem ser, contudo, anteriores a essa doação. Vários autores chamaram a atenção para vestígios que provam a anterioridade de uma estrutura militar, de contornos ainda pouco definidos, mas que pode remontar à época romana e que se terá mantido pelo período islâmico (PONTE e MIRANDA, 1998, pp.176-177). E nas muralhas da fortaleza encontram-se reaproveitadas algumas placas decorativas de cronologia moçárabe (consideradas visigóticos por BATATA, 1997, pp.103-105), provavelmente procedentes do sítio de Santa Maria dos Olivais, na margem esquerda do rio Nabão. A escolha dos Templários para segurança de Coimbra teve uma inequívoca carga militar, algo que a Ordem estava plenamente capacitada para assegurar. Com efeito, é ao Templo e ao mestre Gualdim Pais (1158-1195), que se deve a renovação da arquitectura militar em Portugal, prova de que estava "na posse das melhores técnicas militares da época" (BARROCA, 1990/91, p.122). Apesar das múltiplas alterações verificadas no recinto fortificado, a maior parte delas relacionada com as sucessivas campanhas de alargamento do Convento de Cristo, são ainda numerosos e significativos os elementos românicos da fortaleza. O mais importante é, com certeza, a torre de menagem. Trata-se de um dispositivo introduzido no nosso país pelos Templários e que tem em Tomar o seu testemunho mais antigo (BARROCA, 2001, p.107). De planta rectangular, eleva-se em três andares, bem acima das muralhas que delimitam a alcáçova. Esta é de planta genericamente poligonal, com algumas faces curvas e mantém apenas a torre de menagem no seu interior. Abaixo deste recinto superior, existe um mais vasto espaço que correspondeu, inicialmente, à vila fortificada da Baixa Idade Média. A planta é igualmente irregular e desenvolve-se em cunha no sentido nascente, rematando numa poderosa torre quadrangular, conhecida como torre da rainha. Esta secção da muralha integra outro elemento vincadamente românico e introduzido na arquitectura militar pelos Templários - o alambor, sistema de "embasamento rampeado dos muros", destinado a "dificultar os trabalhos de sapa e de mina, a impedir a aproximação de torres de assalto e a eliminar ângulos mortos na base das muralhas" (IDEM, p.110). Em Tomar, como salientou Mário Barroca, o alambor foi empregue "numa dimensão nunca mais vista entre nós", circundando toda a muralha e determinando mesmo a inclinação das próprias seteiras. Ao longo dos séculos, o recinto foi ocupado por múltiplas construções, em particular pelo conjunto do Convento de Cristo. A Charola românica, edificada na transição para o século XIII, implantou-se na secção poente do castelo e, a partir de então, uma série de novos espaços e volumes foi edificada. Em 1499, por ordem de D. Manuel, a população intra-muros foi obrigada a deslocar-se para a vila, junto ao rio Nabão. Na primeira metade do século XVI, os paços da rainha foram ampliados, desenvolvendo-se no sentido setentrional, entre a charola e a alcáçova. Em 1618, destruiu-se a torre Noroeste para se ampliar a entrada no recinto, mas não consta que se tenham verificado muitas destruições, a ponto de o conjunto ter chegado aos nossos dias como um dos mais genuínos castelos medievais nacionais. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 18 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 18 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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As Origens de Tomar. Carta Arqueológica do Concelho | BATATA, Carlos António Moutoso | Edição | 1997 | Tomar | Publicado a 1997 |
História da Arte em Portugal, vol. 3 (o Românico) | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1986 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - O Românico | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 2001 | Lisboa | |
A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Barcelos | |
"Abordagem arqueo-histórica dos Paços do Castelo dos Templários (sondagem 1985)", Boletim Cultural e Informativo da Câmara Municipal de Tomar, nº11-12 | PONTE, Salete da | Edição | 1989 | Tomar | |
"Castelo templário e Convento de Cristo. Ocupação paleocristã e muçulmana", Al-Madan, 2ª série, nº7, pp.175-177 | PONTE, Salete da | Edição | 1998 | Almada | |
"Tomar: História e Geografia Humanas no tempo e no espaço", Arqueologia na Região de Tomar, pp.13-25 | PONTE, Salete da | Edição | 1985 | Tomar | p. 13-26 |
História de Tomar | ROSA, Amorim | Edição | 1982 | Tomar | Data do Editor : 1982 |
"Algumas considerações sobre os castelos da Ordem do Templo em Portugal - o exemplo paradigmático de Castelo Branco", 3º Congresso de Arqueologia Peninsular, 1999 | OLIVEIRA, Nuno Villamariz | Edição | 1999 | Vila Real | |
"Castelos românicos portugueses (séc. XII e XIII)", Românico em Portugal e na Galiza, catálogo de exposição, pp. 88-111 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2001 | Lisboa | |
"Da Reconquista a D. Dinis", Nova História Militar de Portugal, vol. I, pp.21-161 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2003 | Lisboa | |
"A Ordem do Templo e a arquitectura militar portuguesa do século XII", Portugália, vol. XVII-XVIII, pp.171-209 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 1997 | Porto | |
Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Santarém | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 1949 | Lisboa | Local de Edição - Lisboa Publicado a 1949 Data do Editor : 1949 |
"Castelo templário e Convento de Cristo. Ocupação paleocristã e muçulmana", Al-Madan, 2ª série, nº7, pp.175-177 | MIRANDA, Judite | Edição | 1998 | Almada | |
Castelos Portugueses | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelos Portugueses | PONTES, Maria Leonor | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Os mais belos castelos e fortalezas de Portugal | GIL, Júlio | Edição | 1986 | Lisboa | |
Tomar medieval. O espaço e os homens (sécs. XIV-XV), Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Nova de Lisboa | CONDE, Manuel Sílvio Alves | Edição | 1988 | Lisboa | |
Castelo dos Templários. Origens da cidade de Tomar | MACHADO, P. S. de Lacerda | Edição | 1936 | Tomar | |
O Convento de Cristo em Tomar e as obras durante o período filipino, Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa | JANA, Ernesto | Edição | 1990 | Lisboa | |
Os mais belos castelos e fortalezas de Portugal | CABRITA, Augusto | Edição | 1986 | Lisboa |
Convento de Cristo - Vista aérea do conjunto
Castelo de Tomar - Pano de muralha e Charola do Convento de Cristo
Castelo de Tomar - Pano da muralha voltada a sul
Castelo de Tomar - Troço de muralha e caminho da ronda
Castelo de Tomar - Planta com a delimitação e a ZEP actualmente em vigor
Castelo de Tomar - Trecho da muralha do castelo templário
Castelo de Tomar - Castelo dos templários: vista a partir da torre de menagem
Castelo de Tomar - Vista aérea
Convento de Cristo - Ruínas do Paço do Infante
Castelo de Tomar - Porta do Sol
Castelo de Tomar - Passeio de ronda da Almedina
Castelo de Tomar - Muralhas com o grande alambor
Castelo de Tomar - Alcaçova (fachada norte)
Castelo de Tomar - Ruína dos Paços do Infante e alcaçova
Castelo de Tomar - Muralhas com cubelos e alambor
Convento de Cristo - Paços do Infante: pormenor de ara votiva romana
Castelo de Tomar - Praça de Armas da Alcaçova
Castelo de Tomar - Torre de Menagem
Palacete Vilar de Allen
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