Castelo de Almourol | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Almourol | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Almorol (designação do diploma de classificação) (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Santarém/Vila Nova da Barquinha/Praia do Ribatejo | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Santarém | ||||||||||||
Concelho | Vila Nova da Barquinha | ||||||||||||
Freguesia | Praia do Ribatejo | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Parecer favorável de 3-03-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. (só entrará em vigor após publicação no DR) Proposta de 11-08-2008 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913429 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Situado numa pequena ilha escarpada, no curso médio do rio Tejo, o Castelo de Almourol é um dos monumentos militares medievais mais emblemáticos e cenográficos da Reconquista, sendo, simultaneamente, um dos que melhor evoca a memória dos Templários no nosso país. As origens da ocupação deste local são bastante antigas e, por isso mesmo, enigmáticas. Alguns autores referiram a possibilidade de aqui se ter instalado um primitivo reduto lusitano, ou pré-romano, posteriormente conquistado por estes, e com vagas de ocupação ao longo de toda a Alta Idade Média. Fosse como fosse, o certo é que em 1129, data da conquista deste ponto pelas tropas portuguesas, o castelo já existia e denominava-se Almorolan. Entregue aos Templários, que então efectivavam o povoamento entre o Mondego e o Tejo, sendo mesmo os principais responsáveis pela defesa da capital, Coimbra, o castelo foi reedificado e assumiu as características arquitectónicas e artísticas essenciais, que ainda hoje se podem observar. Através de uma epígrafe, colocada sobre a porta principal, sabemos que a conclusão das obras deu-se em 1171, escassos dois anos após a grandiosa obra do Castelo de Tomar, mandada edificar por Gualdim Pais, cuja actividade construtiva à frente da Ordem, nas décadas de 60 e 70 do século XII, foi verdadeiramente surpreendente. São várias as características que unem ambos, numa mesma linha de arquitectura militar templária. Em termos planimétricos, a opção por uma disposição quadrangular dos espaços. Em altura, as altas muralhas, protegidas por nove torres circulares, adossadas, e a torre de menagem, verdadeiro centro nevrálgico de toda a estrutura. Estas últimas características constituem dois dos elementos inovadores com que os Templários pautaram a sua arquitectura militar no nosso país. Com efeito, como deixou claro Mário Barroca, a torre de menagem é estranha aos castelos pré-românicos, aparecendo apenas no século XII e em Tomar, o principal reduto defensivo templário em Portugal (BARROCA, 2001, p.107). A torre de menagem do castelo de Almourol tinha três pisos e foi bastante modificada ao longo dos tempos, mas mantém ainda importantes vestígios originais, como a sapata, que nos dá a dimensão geral da estrutura. Por outro lado, também as muralhas com torreões adossados, normalmente providas de alambor, foram trazidas para o ocidente peninsular por esta Ordem, e vemo-las também aplicadas em Almourol. Extinta a Ordem, e afastada a conjuntura reconquistadora que justificou a sua importância nos tempos medievais, o castelo de Almourol foi votado a um progressivo esquecimento, que o Romantismo veio alterar radicalmente. No século XIX, inserido no processo mental de busca e de revalorização da Idade Média, o castelo foi reinventado, à luz de um ideal romântico de medievalidade. Muitas das estruturas primitivas foram sacrificadas, em benefício de uma ideologia que pretendia fazer dos monumentos medievais mais emblemáticos verdadeiras obras-primas, sem paralelos na herança patrimonial. Data, desta altura, o coroamento uniforme de merlões e ameias, bem como numerosos outros elementos de índole essencialmente decorativa e muito pouco prática. No século XX, o conjunto foi adaptado a Residência Oficial da República Portuguesa, aqui tendo lugar alguns importantes eventos do Estado Novo. O processo reinventivo, iniciado um século antes, foi definitivamente consumado por esta intervenção dos anos 40 e 50, consumando-se, assim, o fascínio que a cenografia de Almourol causou no longo Romantismo cultural e político português. PAF | ||||||||||||
Processo | Acesso pela E.N. 23 e Caminho Municipal nº 1 | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 12 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Barcelos | |
Castelos da Ordem do Templo em Portugal, 1120-1314 | OLIVEIRA, Nuno Villamariz | Obra | Dissertação de Mestrado apresentada à FCSH da UN Lisboa | ||
Castelos Portugueses | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelos Portugueses | PONTES, Maria Leonor | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelos de Portugal | MATTOSO, José | Edição | 1988 | Lisboa | Castelos de Portugal, Edição da Direcção de Relações Internacionais e Filatelia, Correio e Telecomunicações de Portugal, 1988 |
Os mais belos castelos e fortalezas de Portugal | GIL, Júlio | Edição | 1986 | Lisboa | |
Os mais belos castelos e fortalezas de Portugal | CABRITA, Augusto | Edição | 1986 | Lisboa | |
Castelos em Portugal. Retrato do seu Perfil Arquitectónico | CORREIA, Luís Miguel Maldonado de Vasconcelos | Edição | 2010 | Coimbra | |
Programa de Recuperação dos Castelos | Edição | 2000 | Lisboa | Distribuição gratuita Tipo : Outras Publicações - Património |
Castelo de Almourol - Vista geral de norte
Castelo de Almourol - Vista geral de norte, a partir da margem direita do rio Tejo
Castelo de Almourol - Vista geral de norte, a partir do nível da água do rio Tejo
Castelo de Almourol - Porta de entrada no recinto (lado poente)
Castelo de Almourol - Secção superior da fachada sobre a porta principal (lado poente)
Castelo de Almourol - Pormenor do embasamento da torre de menagem, no recinto a sul
Castelo de Almourol - Torre de menagem, vista a partir do recinto sul
Castelo de Almourol - Vista parcial das muralhas (adarve)
Castelo de Almourol - Torreões a poente que protegem a entrada no castelo, vistos da torre de menagem
Castelo de Almourol - Pormenor das muralhas e de antigas estruturas no recinto (vistas a partir da torre de menagem)
Castelo de Almourol - Planta (DGEMN)
Castelo de Almourol - Planta com a delimitação e a ZEP propostas pela DRCLVTe o CC (só em vigor após publicação no DR)
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