Dólmen da Capela de Nossa Senhora do Monte | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Dólmen da Capela de Nossa Senhora do Monte | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Dólmen da Capela de Nossa Senhora do Monte (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Dolmen | ||||||||||||
Tipologia | Dolmen | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viseu/Penedono/Penela da Beira | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viseu | ||||||||||||
Concelho | Penedono | ||||||||||||
Freguesia | Penela da Beira | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 44 075, DG, I Série, n.º 281, de 5-12-1961 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Na área conhecida por "Senhora do Monte", concelho de Penedono, foram identificados até ao momento diversos exemplares de monumentos sepulcrais megalíticos, evidenciando uma notória heterogeneidade em termos morfológicos e de implantação geográfica, ainda que pudessem ter coexistido e não derivassem, propriamente, de um processo evolutivo tout court, decorrendo, pelo contrário, "[...] de uma diferenciação social emergente no seio de comunidades ainda de raiz igualitária; e, neste sentido, o interesse do estudo do megalitismo poderá ser o de ter fossilizado, sob a forma de uma arquitectura da terra e da pedra, um processo capital de evolução estrutural da sociedade. (JORGE, S. O., 1990, pp. 134-135).
Não obstante, e em termos puramente morfológicos, poder-se-á enquadrar o "Dólmen da Capela de Nossa Senhora do Monte" num dos tipos sepulcrais sob tumulus propostos para o megalitismo da Beira Alta (Ibid.) e, mais propriamente, no segundo grande agrupamento apresentado por este esquema, onde se incluem os "[...] dólmens de câmara, em regra, poligonal, e corredor bem diferenciado (curto ou longo) [...]." (Id., Idem, p. 135), edificados grosso modo entre os finais do IV-inícios do III milénio a. C., coincidindo, por conseguinte, com o entendimento genérico de Neolítico final desta região, ainda que alguns exemplares tenham sido reutilizados até ao II milénio. Apesar desta tendência, encontramos estruturas dolménicas erguidas já em pleno Calcolítico. Um exemplar que tem a peculiaridade de ter sido, certamente pelas dimensões monumentais que ostentava na origem, reconvertido nem capela cristã, em data ainda por assinalar, mas, muito provavelmente, durante a Idade Média. Um fenómeno que, se não prima pela originalidade no actual território português (bastará, talvez, relembrar a "Anta de São Brissos"), destaca-se, sem dúvida, pela forma como foi concebido. Pois, em lugar de incorporar a preexistência, aproveitou-se parte da câmara sepulcral (com ca de três metros de diâmetro) para formar a capela-mor, destruindo-se, para o efeito, o imponente esteio de cabeceira do dólmen, que, a par de outros elementos, terá sido reaproveitado num alçado da capela, entretanto arruinada, fechando-se o primitivo acesso à galeria pelo longo corredor de seis metros de comprimento, primitivamente protegidos por uma mamoa - ou tumulus, da qual ainda subsistem alguns vestígios. Uma solução que permitiu diferenciar a orientação da entrada (a Nascente, nos seus primórdios), ao mesmo tempo que reforçar o modo como algumas estruturas cultuais de origem remota foram reutilizadas ao longo dos tempos, num exercício de permanente ritualização de espaços sagrados, assim como de evidência material de novas fés. Este episódio integraria, deste modo, um fenómeno de todos os tempos e lugares: o reforço do poder temporal através da imposição de um novo poder espiritual. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 5 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"A consolidação do sistema agro-pastoril", Nova História de Portugal | JORGE, Susana de Oliveira | Edição | 1990 | Lisboa | pp. 102-162 |
Roteiro Arqueológico de Concelho de Penedono | CARVALHO, Pedro Manuel Sobral de | Edição | 1989 | Penedono | |
"Características predominantes do grupo dolménico da Beira Alta", Ethnos | MOITA, Irisalva Nóbrega | Edição | 1966 | Lisboa | n.º 5, pp. 189-277 |
"A necrópole megalítica da Nossa Senhora do Monte (Penedono, Viseu)", Estudos Pré-Históricos | CARVALHO, Rogério Pires de | Edição | 1995 | Viseu | vol. 3, pp. 243-253 |
História do Bispado e Cidade de Lamego, vol. 4, Renascimento (II) | COSTA, Manuel Gonçalves da | Edição | 1984 | Lamego | vol. II |
"A necrópole megalítica da Nossa Senhora do Monte (Penedono, Viseu)", Estudos Pré-Históricos | GOMES, Luís Filipe Coutinho | Edição | 1995 | Viseu | vol. 3, pp. 243-253 |