Igreja de Santo Estêvão (Santo Milagre) | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de Santo Estêvão (Santo Milagre) | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja do Santo Milagre / Igreja do Santíssimo Milagre / Igreja de Santo Estêvão do Santíssimo Milagre / Santuário do Santíssimo Milagre (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Santarém/Santarém/União de Freguesias da cidade de Santarém | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Santarém | ||||||||||||
Concelho | Santarém | ||||||||||||
Freguesia | União de Freguesias da cidade de Santarém | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 3 027, DG, I Série, n.º 38, de 14-03-1917 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 29-10-1946, publicada no DG, II Série, n.º 7, de 9-01-1947 (sem restrições) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913929 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Sagrada em 1241 (SERRÃO, 1990, p.58), a antiga Igreja de Santo Estêvão passou a designar-se Igreja do Santíssimo Milagre devido à lenda do Milagre de Santarém, ocorrido em 1247 (VASCONCELOS, 1740, I, p. 273) ou em 1266 (MATOSO, 1738) na paróquia de Santo Estêvão de Santarém, uma das mais importantes e abastadas da vila. Reza esta lenda que uma que uma mulher roubara uma hóstia consagrada durante a comunhão, pretendendo utilizá-la em práticas de bruxaria; porém, a hóstia sangrou durante todo o percurso, e uma vez escondida inundou de luz toda a habitação, revelando a sua presença e conduzindo a pecadora ao arrependimento. A hóstia milagrosa foi engastada em custódia de prata, e permanece guardada no templo até hoje, à excepção do curto período das Invasões Francesas, quando foi retirada de Santarém (SARMENTO, 1993, pp. 30-31). Do primitivo edifício gótico mendicante restam apenas dois arcos apontados do transepto. A construção actual constitui "a peça mais aprimorada do renascimento em Santarém" (SERRÃO, 1990, p.58), e é resultado de uma campanha de obras de meados do século XVI, documentada entre 1536 e 1547 (SERRÃO, 1990, p.59), provavelmente motivada pela dimensão dos estragos causados no templo pelo sismo de 1531. A planta longitudinal, de três naves, define um espaço provavelmente mais amplo do que o templo original. A capela-mor, quadrangular, é antecedida por um curioso tramo perpendicular às naves, constando de três arcos redondos, provavelmente numa solução de "iconostase" em interpretação renascentista rara no país, e hoje de difícil legibilidade por via das posteriores alterações do espaço do transepto (SERRÃO, 1990, p. 60). A decoração desta estrutura porticada é particularmente bem conseguida, com pilares lavrados de finos grotescos, "tondi" com cabeças relevadas ao modo clássico, e as imagens de vulto representando São Pedro e São Paulo, assentes em mísulas e coroadas por baldaquinos. À campanha renascentista, envolvendo certamente mestres locais fortemente influenciados pelos estaleiros tomarenses, sucedeu-se intervenções maneiristas e barrocas, seiscentistas e setecentistas, das quais resultou, para além do desvirtuamento de parte da obra quinhentista, todo o revestimento de azulejos polícromos, de padrão, das naves laterais e do transepto, bem como a execução da totalidade dos retábulos de talha, da primeira metade do século XVIII (CABRITA, 1996, p. 75), do coro, e de muita da imaginária que recheia o templo. Consta esta de várias telas do século XVII, lápides epigrafadas, algum bom mobiliário, e ainda quatro tábuas quinhentistas, tardias. SML | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 8 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 8 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A Arte do Manuelino | ATANÁZIO, Manuel Mendes | Edição | 1984 | ||
Santarém | SERRÃO, Vítor | Edição | 1990 | Local de Edição - Lisboa | |
Santarem Ilustrada . Historia cronologica, politica e eclesiastica da Vila de Santarem | MATTOSO, Luís Montez | Edição | Publicado a 1738 | ||
História de Santarém Edificada | VASCONCELOS, Pe. Inácio da Piedade | Edição | 1740 | Local de Edição - Lisboa Publicado a 1740 | |
"Santarém", História da Arte em Portugal | SARMENTO, Zeferino | Edição | 1931 | Local de Edição - Porto | |
Santarém: História e Arte | SERRÃO, Joaquim Veríssimo | Edição | 1951 | Publicado a 1959 Data do Editor : 1951 | |
"Igreja de Santo Estevão (Santo Milagre)", in Património Monumental de Santarém | CABRITA, Maria José | Edição | 1996 | Data do Editor : 1996 | |
A Arquitectura do Renascimento em Portugal | HAUPT, Albrecht | Edição | 1986 | Lisboa |
Igreja de Santo Estêvão - Fachada lateral sul
Igreja de Santo Estêvão - Coruchéu piramidal
Igreja de Santo Estêvão - Fachada posterior (vista das Escadinhas do Milagre)
Igreja de Santo Estêvão - Fachada principal
Igreja de Santo Estêvão - Fachadas lateral esquerda e principal
Igreja de Santo Estêvão - Fachadas principal e lateral direita
Igreja de Santo Estêvão - Interior: nave central e capela-mor
Igreja de Santo Estêvão - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 7, de 09-01-1947 - Planta do diploma
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