Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Anta de Pavia, transformada em capela de São Dinis
Designação
DesignaçãoAnta de Pavia, transformada em capela de São Dinis
Outras Designações / PesquisasAnta de Pavia / Capela de São Dinis / Capela de São Dionísio (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Anta
TipologiaAnta
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Mora/Pavia
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Praça de São DinisPavia Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.894127-8.017233
DistritoÉvora
ConcelhoMora
FreguesiaPavia
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913729
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaClassificada como "Monumento Nacional" em 1910, a "Anta de Pavia" foi erguida entre o IV milénio a. C. e o III milénio a. C de modo relativamente isolado numa planície de Mora, enquadrando-se cronologicamente no entendimento generalizado de "Megalitismo eborense", cujo exemplar mais notável é geralmente atribuído à "Anta Grande da Comenda da Igreja", localizada em Montemor-o-Novo. Transformada em capela consagrada a S. Dinis ou S. Dionísio já em plena centúria de seiscentos, muito possivelmente com base no protótipo da Anta/Capela de S. Brissos, situada em Santiago do Escoural, foi nesta época que passou a centralizar um dos largos da aldeia de Pavia.
Escavada no segundo quartel do século XX por V. C. Pinto da Fonseca Virgílio Correia (1888-1944), foi reaproveitada do primitivo monumento megalítico a câmara sepulcral de planta poligonal com cerca de quatro metros de diâmetro e quase três metros e meio de altura, da qual remanescem in situ sete dos esteios que a comporiam, bem como a respectiva laje de cobertura. Foram, precisamente, estes elementos estruturantes do sepulcro neo-calcolítico que constituíram a base do processo de adaptação da primeva componente funerária megalítica a templo cristão, onde o esteio da cabeceira passou a servir de testeira à capela, numa clara evidência do exercício de um poder manifestado através da religiosidade, que se apropriou de um espaço simbólico e imagético preexistente de profundas e imemoriais raízes cultuais. Foi, assim, que a área ocupada pela câmara sepulcral foi transformada em abside da pequena capela, com altar ladeado de azulejaria lisbonense setecentista, cuja nave, com apenas um metro de comprimento, foi, de algum modo, vinculada ao corredor que lhe dava acesso, e do qual ainda não foram encontrados quaisquer vestígios. Mas a cristianização do espaço encontra-se sobremaneira vincada na fachada rematada por um dos seus símbolos maiores: a cruz, enquanto um pequeno campanário sobressaí da cobertura.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens10
Nº de Bibliografias9

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
El mudejarismo en la arquitectura portuguesa de la epoca manuelinaPEREZ EMBID, FlorentinoEdição1955Madrid
"Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen", Madrider ForschungenLEISNER, Georg KlausEdição1959Berlim
"Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen", Madrider ForschungenLEISNER, VeraEdição1959Berlim
"Antas-capelas e capelas junto a antas no território português: elementos para o seu estudo", A Cidade de Évora, 2ª série, nº1, pp.287-329OLIVEIRA, Jorge deEdição1996Évora2.ª série: 1, p. 287-329
"Antas-capelas e capelas junto a antas no território português: elementos para o seu estudo", A Cidade de Évora, 2ª série, nº1, pp.287-329SARANTOPOULOS, PanagiotisEdição1996Évora2.ª série: 1, p. 287-329
"Antas-capelas e capelas junto a antas no território português: elementos para o seu estudo", A Cidade de Évora, 2ª série, nº1, pp.287-329BALESTEROS, CarmenEdição1996Évora2.ª série: 1, p. 287-329
"Distrito de Évora: Concelhos de Arraiolos, Estremoz, Montemor-o-Novo, Mora e Vendas Novas", Inventário Artístico de PortugalESPANCA, TúlioEdição1975LisboaInventário artístico de Portugal, 8-9
Povoamento megalítico de Pavia. Contributo para o conhecimento do megalitismo regionalROCHA, LeonorEdição1996Lisboa2 vols.
El neolítico de Pavía (Alentejo-Portugal)CORREIA, VergílioEdição1921Madridpp. 11-24
Viagens de Portugal, de Manuel Severim de FariaSERRÃO, Joaquim VeríssimoEdição1974Lisboa
"Some new views of the engraved slate plaques of southwest Iberia", Revista Portuguesa de ArqueologiaLILLIOS, Katina TobiasEdição2002Lisboa5:2, pp. 135-151
"Sítios arqueológicos visitáveis em Portugal", Al-madanObra

IMAGENS

Anta de Pavia (capela de São Dinis) - Fachada principal

Anta de Pavia (capela de São Dinis) - Vista geral posterior

Anta de Pavia (capela de São Dinis) - Fachada principal

Anta de Pavia (capela de São Dinis) - Vista geral
Autor: Duca696, em colaboração com Wiki Loves Monuments

Anta de Pavia (capela de São Dinis) - Interior
Autor: Duca696, em colaboração com Wiki Loves Monuments

Anta de Pavia, transformada em capela de São Dinis - interior. DRCA, Elsa Caeiro, 2018.

Anta de Pavia, transformada em capela de São Dinis - vista do alçado posterior. DRCA, Elsa Caeiro, 2018.

Anta de Pavia, transformada em capela de São Dinis - fachada principal. DRCA, Elsa Caeiro, 2018.

Anta de Pavia, transformada em capela de São Dinis - interior. DRCA, Elsa Caeiro, 2018.

Anta de Pavia, transformada em capela de São Dinis - alçado lateral. DRCA, Elsa Caeiro, 2018.

MAPA

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