Igreja de São Francisco | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de São Francisco | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Convento de Santo António / Convento de São Francisco (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Beja/Serpa/Serpa (Salvador e Santa Maria) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Beja | ||||||||||||
Concelho | Serpa | ||||||||||||
Freguesia | Serpa (Salvador e Santa Maria) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A construção da Igreja de São Francisco de Serpa, integrada no convento do mesmo nome (mais tarde Convento de Santo António), está intimamente relacionada com a actividade mecenática dos Duques de Beja, senhores desta vila alentejana entre meados do século XV e meados do século XVI. A primeira edificação terá sido ordenada pelo Infante D. Fernando, 1º Duque de Beja e pai do futuro rei D. Manuel, destinando-se a abrigar frades franciscanos do convento lisboeta de Xabregas. O senhorio de Serpa passou entretanto para D. Manuel, que reconstruiu o templo em 1502, já durante o seu reinado. O edifício levanta-se no exterior da zona muralhada, no Largo de São Francisco, reflectindo desta forma o surto de crescimento urbano da vila nessa época. A igreja, de planta longitudinal, é antecedida por uma galilé, que se encosta (a Norte) à mole do convento, avançada em relação à fachada do tempo. A galilé, vazada por três largos arcos ogivais, coberta por telhado de duas águas enquadrados por merlões chanfrados, e ritmada por contrafortes cilíndricos com coruchéus cónicos, constitui-se como o elemento mais característico do conjunto, bem típico do manuelino-mudéjar alentejano, já então inaugurado, no que respeita aos volumes escalonados e ameiados, na Ermida de São Brás de Évora. De mencionar ainda a abóbada desta galilé, formando estrelas de quatro pontas assentes em mísulas, que se repetem no nártex do convento adjacente e compõem talvez a solução mais frequente no Alentejo (SILVA, José Custódio Vieira da, 1989). A fachada principal da igreja é rasgada por um janelão ogival, deitando sobre a galilé, e por um portal em arco quebrado com arquivoltas e alfiz, sobre o qual se destaca o escudo de Portugal rodeado pela esfera armilar e pelas insígnias franciscanas (cordão para cingir a túnica, com três nós). O interior, de nave única, é coberto por abóbada de berço, já de finais do século XVI. Na parede Sul rasgam-se duas capelas, estas igualmente de feição clássica, mais propriamente Maneirista, e no muro fronteiro existe apenas a porta de ligação ao claustro e dependências conventuais. A capela-mor, com arco triunfal ogival moldurado, é também coberta por abóbada estrelada sobre mísulas, à semelhança do andar inferior do claustro e da já citada galilé; num e noutro caso destacam-se os fechos de abóbada exibindo heráldica manuelina. Anexa à parede Sul da capela-mor fica a capela dos irmãos Terceiros Franciscanos (presentemente funcionando como sacristia), espaço claramente barroco, do início de Setecentos, coberta por abóbada de berço abatida, e revestida com pinturas murais representando arquitecturas perspectivadas e temas marianos (incluindo uma Imaculada Conceição). As paredes são integralmente revestidas com silhares de azulejos azuis e brancos, com cenas da vida do padroeiro, destacando-se a permanente intercessão da Virgem no percurso de São Francisco. SML | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 4 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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O Tardo-Gótico em Portugal, a Arquitectura no Alentejo | SILVA, José Custódio Vieira da | Edição | 1989 | Lisboa | |
Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias... | PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de | Edição | 1990 | Lisboa | |
Guia de Portugal, Vol. II | PROENÇA, Raul; SANTOS, Reynaldo dos | Edição | 1927 | ||
Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias... | FERREIRA, Pedro Augusto | Edição | 1990 | Lisboa |
Igreja de São Francisco, em Serpa - Planta com a delimitação e a ZP actualmente em vigor
Igreja de São Francisco, em Serpa - Fachada principal (DGEMN, 1968)
Igreja de São Francisco, em Serpa - Enquadramento geral (DGEMN, 1985)
Igreja de São Francisco, em Serpa - Claustro: galeria do piso térreo (DGEMN, 1985)