Castelo de Castro Marim | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Castro Marim | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo e cerca urbana de Castro Marim (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Castro Marim/Castro Marim | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Castro Marim | ||||||||||||
Freguesia | Castro Marim | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 1-09-1956, publicada no DG, II Série, n.º 236, de 6-10-1956 (com ZNA) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 1-09-1956, publicada no DG, II Série, n.º 236, de 6-10-1956 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Sítio O castelo de Castro Marim localiza-se numa colina de morfologia circular, na margem direita do rio Guadiana, a cerca de 42 m de altitude. Esta posição elevada e isolada dotava-o de um bom domínio visual sobre um amplo e diversificado território (interior serrano e o litoral), permitindo-lhe assumir um papel de destaque no controlo da circulação na foz do rio Guadiana. As características topográficas de Castro Marim alteraram-se profundamente ao longo do tempo, com o assoreamento do rio. Assim, até ao século XVI Castro Marim seria uma península, o que intensificava a sua vertente marítima. O castelo de Castro Marim, edificado no reinado de D. Afonso III, no âmbito da (Re) conquista cristã do Algarve, apresenta uma planta quadrangular, com quatro torrões de morfologia cilíndrica e duas portas de acesso. A torre de menagem, de morfologia quadrangular e estrutura imponente (três pisos de altura) foi construída adossada à muralha sul, com o intuito de proteger o principal acesso ao castelo. No interior do castelo identificaram-se duas cisternas, vestígios de uma capela e de compartimentos com funções diversificadas. História Os trabalhos arqueológicos desenvolvidos desde os anos oitenta do século XX no Castelo de Castro Marim permitiram identificar uma longa sequência de ocupação, em que a mais antiga se integra no final da Idade do Bronze e a mais recente do século XVIII. Os vestígios associados à primeira ocupação do castelo de Castro Marim (Bronze final) são escassos, o que limita a sua caracterização arqueológica. A ocupação da Idade do Ferro que se sucede encontra-se melhor documentada, sendo mais extensa e prolongada no tempo (século VII aos finais do século III a. C.). Desta fase identificam-se vestígios de edifícios e compartimentos de planta retangular / quadrangular, estruturados em arruamentos, evidenciando um planeamento urbanístico de cariz mediterrâneo. O vasto e diversificado conjunto artefactual identificado em Castro Marim contém materiais provenientes de diferentes áreas do mediterrâneo, refletindo relações intensas com o mundo fenício ocidental. Os vestígios materiais da ocupação romana do castelo de Castro Marim são muito significativos, enquadrando-se no período Romano-Republicano e Alto Imperial, registando-se o seu abandono nos finais do século I, inícios do II d. C. As primeiras estruturas defensivas medievais datam do reinado de D. Afonso III, de cerca de 1274, e no reinado de D. Dinis, em 1279, regista-se a construção da cerca (Castelo de Fora), que delimita toda a colina do castelo de Castro Marim, permitindo ampliar e reforçar a defesa desta cidade perante o reino de Castela. No século XVII, durante a Guerra da Restauração da Independência de Portugal (reinado de D. João IV), o castelo de Castro Marim foi reestruturado com o objetivo de reforçar as suas características defensivas, tornando mais robusta a proteção da foz do Guadiana. As alterações arquitetónicas do castelo, bem como a construção do forte de São Sebastião (CNS 18107), do Revelim / Forte de Santo António e das cercas que ligavam estes vários elementos, tornaram Castro Marim a principal praça-forte do algarve, com um papel de destaque na defesa da fronteira sul de Portugal. O castelo de Castro Marim foi muito afetado pelos sismos que ocorreram no século XVIII, em particular o de 1755, o que a par das alterações geomorfológicas do estuário do Guadiana, conduziram à diminuição do seu papel mercantil e à consequente saída de população. Catarina Costeira DGPC, 2018 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Forte de São Sebastião e demais elementos arquitetónicos que subsistem dos baluartes e revelins que o ligavam ao castelo | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 1 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 20 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa | |
Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses | ALMEIDA, João de | Edição | 1948 | Lisboa | |
"O al Garbe", 90 séculos entre a serra e o mar, pp.431-447 | TORRES, Cláudio | Edição | 1997 | ||
A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Barcelos | |
A cerâmica de paredes finas do castelo de Castro Marim. Tese de mestrado | ABADE, Pedro | Edição | 2017 | Lisboa | |
"Os caminhos da serra e do mar", 90 séculos entre a serra e o mar, pp.311-325 | MANTAS, Vasco Gil | Edição | 1997 | Lisboa | |
"As civitates: esboço da geografia política e económica do Algarve romano", 90 séculos entre a serra e o mar, pp.283-309 | MANTAS, Vasco Gil | Edição | 1997 | ||
"Arquitectura: renascimento e classicismo", História da Arte Portuguesa, vol. II, 1995, pp. 303-375 | MOREIRA, Rafael | Edição | 1995 | Lisboa | |
Dinâmica defensiva da costa do Algarve. Do período islâmico ao século XVIII | COUTINHO, Valdemar | Edição | 2001 | Portimão | |
Importações "púnicas" no Algarve: cronologia e significado. In Os Púnicos no Extremo Ocidente. Actas do Colóquio Internacional (Universidade Aberta, Lisboa, 27-28 de Outubro de 2000)., | ARRUDA, Ana Margarida | Edição | 2001 | Lisboa | |
As cerâmicas de importação do Castelo de Castro Marim no âmbito do comércio ocidental dos século V a III a.C. In Actas del IV Congreso Internacional de Estúdios Fenícios e Púnicos., p. 727 - 735. | ARRUDA, Ana Margarida | Edição | 2000 | Cádiz | |
Fenícios e mundo indígena no Centro e Sul de Portugal (séculos VIII-VI a.C.). Em torno às histórias possíveis. | ARRUDA, Ana Margarida | Edição | 2000 | Lisboa | |
O Algarve nos séculos V e IV a.C. In O Algarve - Da antiguidade aos nossos dias, p. 23 - 31 | ARRUDA, Ana Margarida | Edição | 1999 | Lisboa | |
O Algarve no quadro geo-cultural do Mediterrâneo antigo. In O Algarve - Da antiguidade aos nossos dias, p. 21 - 22. | ARRUDA, Ana Margarida | Edição | 1999 | Lisboa | |
As cerâmicas áticas do Castelo de Castro Marim. | ARRUDA, Ana Margarida | Edição | 1997 | Lisboa | |
Escavações arqueológicas no Castelo de Castro Marim. Relatório dos trabalhos de 1984. Clio / Arqueologia. | ARRUDA, Ana Margarida | Edição | 1984 | Lisboa | |
"Os núcleos urbanos litorais da Idade do Ferro no Algarve", 90 séculos entre a serra e o mar, 1997, pp.243-255 | ARRUDA, Ana Margarida | Edição | 1997 | ||
Apontamentos históricos sobre Castro Marim | MOREIRA, Maria da Conceição | Edição | 1978 | ||
Algarve - Castelos, Cercas e Fortalezas | MAGALHÃES, Natércia | Edição | 2008 | Faro | |
Castelos em Portugal. Retrato do seu Perfil Arquitectónico | CORREIA, Luís Miguel Maldonado de Vasconcelos | Edição | 2010 | Coimbra |
Castelo de Castro Marim - Vista aérea (Fot. Lúcio Alves / CMCM)
Palacete Vilar de Allen
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