Chafariz dos Canos | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Chafariz dos Canos | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Chafariz dos Canos (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Chafariz | ||||||||||||
Tipologia | Chafariz | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Torres Vedras/Santa Maria, São Pedro e Matacães | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Torres Vedras | ||||||||||||
Freguesia | Santa Maria, São Pedro e Matacães | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181501 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O Chafariz dos Canos é a mais monumental fonte gótica nacional que chegou até hoje. A primeira referência que se conhece data de 1331, pelo que a sua construção deve incluir-se ainda no reinado de D. Dinis, praticamente ao mesmo tempo que se realizava outra importante fonte gótica, a das Figueiras, em Santarém. A contemporaneidade destas duas obras é importante para compreender as diferenças que existem entre elas. Enquanto que, em Santarém, se optou pelo esquema mais comum de fonte, de planta quadrangular, alpendre seccionado por arcos quebrados em cada alçado e tanque anexo de perfil rectangular (como nas fontes de Nossa Senhora da Conceição, em Atouguia da Baleia, e na da Vila de Ourém, esta já do século XV), o modelo adoptado em Torres Vedras é distinto e destinado a reforçar a monumentalidade do equipamento. Com efeito, trata-se de uma obra de planta centralizada, sextavada, cuja face maior (a fundeira) se adossa a uma muralha que delimita a praça onde se implanta a fonte. Cada uma das cinco faces desafogadas possui ângulos reforçados por contrafortes formados por colunas adossadas com capitéis vegetalistas de dois andares, semelhantes a outros dos claustros de Lisboa e de Alcobaça, aquele da transição para o século XIV e este das primeiras décadas de Trezentos. Os panos do pentágono são uniformemente seccionados por arcos apontados de duas arquivoltas de aduelas molduradas, a interior repousando sobre finos colunelos adossados à caixa murária e a exterior em pequenas colunas, ambos dotados de capitéis vegetalistas de florões escassamente salientes do suporte. O coroamento destes panos é efectuado por modilhões de proa tipicamente góticos. O interior é preenchido por tanque rectangular de duas bicas e um pequeno corredor em seu redor, enquanto que a cobertura é em abóbada de cruzaria de ogivas apoiada em mísulas de perfil cónico. Verificadas as diferenças ao nível da concepção planimétrica e volumétrica entre as fontes de Torres Vedras e de Santarém, há que notar a existência de outros pontos de contacto de vital importância. Um deles é o idêntico vocabulário estilístico, que coincide com a renovação escultórica aplicada ensaiada durante o governo de D. Dinis, em que se passou dos capitéis de crochet característicos do século XIII para uma flora comprovadamente naturalista. Outro é a preocupação que os promotores tiveram em deixar a sua marca através de brasões alusivos ao seu patrocínio. Quer em Santarém, quer em Torres Vedras, conservam-se lápides com as armas reais e municipais, o que revela não apenas "a convergência de esforços das duas autoridades" (ALMEIDA e BARROCA, 2002, p.154), como, principalmente, a relevância social e a importância económica de uma obra desta natureza, a ponto de os principais poderes do reino deixarem a marca inequívoca e propagandística da sua participação. Praticamente dois séculos depois de concluído, o chafariz foi objecto de uma campanha arquitectónica que introduziu alguns elementos quinhentistas. Ela foi patrocinada pela infanta D. Maria, filha de D. Manuel I, em 1561, e deve ter sido motivada pela necessidade de reparações ao nível da cobertura. A estrutura inferior não parece ter sido alterada, mas ao nível do coroamento introduziram-se grossos merlões e pináculos de feição manuelina, assim como gárgulas com animais fantásticos. Mais que uma actualização estrutural ou estética, esta empreitada destinou-se a reforçar a monumentalidade da obra, que se viu beneficiada em altura e impacto visual. Em 1613, refere-se que o chafariz apresentava sinais de degradação. No entanto, a documentação só menciona uma empreitada reparadora em 1831, por iniciativa do corregedor Pedro Quintela Emauz, que comemorou a sua acção com duas lápides em latim. No século XX, a DGEMN procedeu a obras de restauro em 1958 e 1966 e, em 2000, escavações arqueológicas revelaram parte da muralha medieval da cidade (Porta da Corredoura), que passava junto à fonte, protegendo-a. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Igreja de São Pedro | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 7 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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História da Arte em Portugal, vol. IV (O Gótico) | DIAS, Pedro | Edição | 1986 | Lisboa | |
A arquitectura gótica portuguesa | DIAS, Pedro | Edição | 1994 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - o Gótico | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 2002 | Lisboa | |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1963 | Lisboa | Lisboa Data do Editor : 1973 |
História da Arte em Portugal - o Gótico | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2002 | Lisboa | |
Torres Vedras antiga e moderna | VIEIRA, Júlio | Edição | 1926 | Torres Vedras | |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa | FERRÃO, Julieta | Edição | 1963 | Lisboa | Lisboa Data do Editor : 1973 |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa | GUSMÃO, Adriano de | Edição | 1963 | Lisboa | Lisboa Data do Editor : 1973 |
Torres Vedras : passado e presente | RODRIGUES, Cecília Travanca | Edição | 1996 | Torres Vedras | |
Descrição histórica e económica da vila e termo de Torres Vedras | TORRES, Manuel Agostinho Madeira | Edição | 1861 | Coimbra |
Chafariz dos Canos - Vista geral
Chafariz dos Canos - Gárgula
Chafariz dos Canos - Arco lateral (esquerda)
Chafariz dos Canos - Bicas
Chafariz dos Canos - Gárgula
Chafariz dos Canos - Vista geral
Chafariz dos Canos - Vista geral