Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo de Soure
Designação
DesignaçãoCastelo de Soure
Outras Designações / PesquisasCastelo de Soure (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCoimbra/Soure/Soure
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua Alexandre HerculanoSoure Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.056889-8.626349
DistritoCoimbra
ConcelhoSoure
FreguesiaSoure
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 37 366, DG, I Série, n.º 70, de 5-04-1949 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181601
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaNão estão esclarecidas as fases de ocupação do castelo de Soure, em particular as que coincidem com o início da estrutura militar. As referências documentais surgem apenas no século XI, na segunda vaga de povoamento cristão da zona, mas a existência de um aximez, reaproveitado como lintel de porta numa das torres, aponta para uma fase anterior, eventualmente a rondar os séculos IX-X, quando se sabe ter a região de Coimbra entrado na esfera asturiano-leonesa. O mais provável é que o aximez fosse originalmente um frontal de altar, o que remete para um conteúdo religioso e não militar, mas que atesta, em todo o caso, a vitalidade da povoação antes do século XI.
Em 1043, o presbítero João e seus irmãos doaram um primitivo mosteiro que possuíam no local (de onde terá vindo o aximez?) ao Mosteiro da Vacariça e, poucos anos depois, D. Sesnando, governador de Coimbra, terá patrocinado a construção do castelo. Ainda hoje se conservam trechos da obra sesnandina (como as janelas duplas que pontuam a fachada Sul), à semelhança do que aconteceu com outras estruturas militares da região em que a obra do grande chefe moçárabe da cidade do Mondego se encontra testemunhada.
No século XII, a vila recebeu foral dos condes portucalenses, mas a sua posição de fronteira determinou que, em 1116, perante a ameaça de conquista muçulmana, os próprios habitantes a tenham incendiado e presumivelmente fugido para Coimbra, ou para outro castelo próximo que os defendesse. Na década de 20 inaugurou-se uma nova página na história de Soure, com a doação de D. Teresa à Ordem do Templo, confirmada em 1129 por D. Afonso Henriques. Atribui-se aos templários a reformulação (actualização) do conjunto de origem altimedieval, que passou a integrar a linha defensiva meridional de Coimbra, ao tempo a capital do reino.
É um castelo de planta irregular, ainda escassamente estudado, que tem a particularidade de se implantar numa zona plana e ribeirinha e não no alto de um monte dominante. Parece ser uma estrutura que tinha como função defender uma realidade anexa (ou o curso do rio, ou o mosteiro referido no século XI) e que, só posteriormente, adquiriu um conteúdo militar mais vasto.
Na Baixa Idade Média, o conjunto foi objecto de uma reforma, de que pode datar a secção superior da torre que ainda se conserva. Infelizmente, o castelo passou também por um processo de desmantelamento, verificado no século XIX. Em 1834, pouco depois de extintas as ordens religiosas, duas torres foram vendidas ao Conde de Verride e, em 1880, os moradores dinamitaram a torre Sudoeste, por ela ameaçar ruir.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens37
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel IDIAS, PedroEdição2002Lisboa
"Eclectismo. Classicismo. Regionalismo. Os caminhos da arte cristã no Ocidente peninsular entre Afonso III e al-Mansur", Muçulmanos e Cristãos entre o Tejo e o Douro (sécs. VIII a XIII), pp.293-310FERNANDES, Paulo AlmeidaEdição2005Palmela

IMAGENS

Castelo de Soure - Vista geral

Castelo de Soure - Vista parcial (muralha e torre de menagem)

Castelo de Soure - Vista parcial da muralha

Castelo de Soure - Interior do recinto: muralha com janelas

Castelo de Soure - Interior do recinto: muralha com janelas

Castelo de Soure - Interior do recinto: troço de muralha e torre

Castelo de Soure - Portal de acesso ao recinto

Castelo de Soure - Interior do recinto: adarve e torre de menagem

Castelo de Soure - Pormenor de recanto mostrando o aparelho construtivo da muralha

Castelo de Soure - Interior do recinto: torre de menagem

Castelo de Soure - Pormenor da muralha com janela

Castelo de Soure - Janela da torre de menagem

Castelo de Soure - Interior do recinto: janela na muralha

Castelo de Soure - Janelas geminadas

Castelo de Soure - Vista geral de Sudeste

Castelo de Soure - Troço da muralha nascente com Ajimez pré-românico (Séc. XI)

Castelo de Soure - Muralha nascente: pormenor do aparelho construtivo junto ao embasamento

Castelo de Soure - Muralha Nordeste pormenor do alambor românico

Castelo de Soure - Torre de menagem: porta de acesso, a partir do adarve

Castelo de Soure - Torre de menagem: vista geral a partir do interior do recinto

Castelo de Soure - Torre de menagem: fachada Norte e parte do adarve

Castelo de Soure - Interior: pontos de encaixe dos antigos pavimentos

Castelo de Soure - Muralha nascente, vista a partir da torre de menagem

Castelo de Soure - Torre de menagem. Pormenor do ajimez moçárabe (Séc. X?) adaptado a lintel da porta de acesso à torre

Castelo de Soure - Interior do recinto: vista parcial da fachada nascente

Castelo de Soure - Torre de menagem: vista geral da fachada Sul

MAPA

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