Castelo de Melgaço | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Melgaço | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Melgaço e muralha / Castelo e cerca urbana de Melgaço (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Melgaço/Vila e Roussas | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Viana do Castelo | ||||||||||||
Concelho | Melgaço | ||||||||||||
Freguesia | Vila e Roussas | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 21-04-1949, publicada no DG, II Série, n.º 105, de 9-05-1949 (com ZNA) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 21-04-1949, publicada no DG, II Série, n.º 105, de 9-05-1949 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12737527 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A fortaleza medieval de Melgaço foi o principal ponto estratégico militar do Alto Minho no século XII. Ao contrário dos castelos roqueiros que ordenavam este território até ao início da nacionalidade, e diferente das posteriores póvoas ribeirinhas fortificadas de Caminha, Valença ou Monção, Melgaço foi concebido como uma estrutura capaz de proteger a primitiva povoação aqui existente (AGUIAR, 2001, p.84) e, mais importante, capaz de simbolizar a autoridade do nascente reino de Portugal face ao seu hostil vizinho galego, em terras acerrimamente disputadas por ambos os poderes. O foral de D. Afonso Henriques, de 1183, é o único que o nosso primeiro monarca passou a uma terra do Alto Minho e tem sido considerado justamente como um dos mais importantes instrumentos jurídicos no progressivo exercício do poder régio em matérias de "gestão local" (IDEM, p.85). Dotado de foral, o aglomerado proto-urbano rapidamente se fortificou. Estamos muito mal informados acerca da marcha das obras, mas sabemos que um primeiro castelo estaria concluído pelos anos iniciais do século XIII, datando de 1205 (ALMEIDA, 1987, p.177) ou 1212 (ALVES, 1987, p.67) a mais antiga referência concreta. Nessa primeira obra militar, o concelho contou com o apoio da coroa, mas também com o de algumas poderosas instituições locais, como os Mosteiros de Longos Vales e de Fiães, comunidades a quem se ficou a dever a construção da torre do castelo (ainda em finais do século XII) e de parte da muralha. A configuração geral da fortaleza confirma esta campanha românica, apesar das muitas transformações posteriores. Uma torre quadrangular, isolada no centro de um pátio rodeado de muralhas, é a característica mais marcante desse tempo, embora quer essa mesma torre, quer a cintura do muro tenham sido quase integralmente reconstruídas. Carlos Alberto Ferreira de Almeida, confrontado com a inexistência de testemunhos materiais coevos do reinado de D. Sancho I, sugeriu que aquele primeiro castelo não passasse de uma construção rudimentar, "de aspecto bastante elementar" e recorrendo sistematicamente a um "aparelho irregular", características que certamente determinaram a posterior reforma integral do conjunto (ALMEIDA, 1987, p.177). Com efeito, a partir de meados do século XIII, e aproveitando a pacificação do reino após a guerra civil, o castelo de Melgaço foi objecto de uma grande campanha de obras que lhe conferiu o essencial do aspecto actual. À frente deste processo esteve o próprio D. Afonso III, que contou, uma vez mais, com o apoio do mosteiro de Fiães e com o do alcaide. Esta reforma não se limitou a actualizar o castelo em relação aos grandes avanços da arte da guerra; ela pretendeu, também, aumentar o espaço defendido, através da construção de uma cerca urbana ligada ao castelo. Em 1263, o troço ocidental do novo reduto deveria estar concluído, pois é desse ano uma epígrafe que identifica o promotor principal das obras, o alcaide Martinho Gonçalves, e o seu arquitecto, Mestre Fernando, um dos raros nomes ligados à nossa arquitectura militar medieval. No geral, a reforma gótica do castelo manteve a estrutura românica de pátio interior com torre de menagem isolada. Esta, é de aspecto maciço, de três pisos, e resumindo-se os únicos elementos de iluminação a umas apertadas frestas. O coroamento é um remate em balcão com ameias, actualmente transformado em miradouro do pólo museológico aqui estabelecido. A muralha é defendida por três torres, sendo a principal, a que se vira para o núcleo urbano, de secção pentagonal, simbolizando, pela sua imponência, a reforma gótica da fortaleza. Sem grandes alterações ao longo dos séculos, à excepção de uma barbacã diante da porta principal (datável dos finais da Idade Média), o castelo de Melgaço foi parcialmente restaurado na década de 60 do século XX, numa campanha que não desvirtuou excessivamente a estrutura daquela que é considerada, ainda hoje, a "sentinela do Portugal medieval" (ALMEIDA, 1987, p.176). PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 3 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 16 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
Castelos do Distrito de Viana | GUERRA, Luís Figueiredo da | Edição | 1926 | Coimbra | Separata de O Instituto |
Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa | |
A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Barcelos | |
O sistema defensivo da Vila de Melgaço: dos castelos da reconquista ao sistema abaluartado | ALMEIDA, Carlos Alberto Brochado de | Edição | 2002 | Melgaço | |
"O património cultural do Alto Minho (civil e eclesiástico). Sua defesa e protecção", Caminiana, ano IX, nº14, pp.9-80 | ALVES, Lourenço | Edição | 1987 | Caminha | |
Melgaço. Sentinela do Alto Minho | ESTEVES, Augusto César | Edição | 1957 | Melgaço | |
A fortaleza de Melgaço, pedras e património | SILVA, Armando Malheiro da | Edição | 1987 | Melgaço | |
Melgaço medieval | PINTOR, Manuel Bernardo | Edição | 1975 | Melgaço | |
Melgaço 2000. Roteiro | VAZ, A. Luís | Edição | 2000 | Braga | |
Melgaço 2000. Roteiro | VAZ, Carlos Nuno | Edição | 2000 | Braga | |
Epigrafia medieval portuguesa (862-1422) | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Lisboa | |
Castelos Portugueses | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelos Portugueses | PONTES, Maria Leonor | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
O Minho Pittoresco | VIEIRA, José Augusto | Edição | 1887 | Lisboa | |
Melgaço de ontem e de hoje | ROCHA, J. Marques | Edição | 1993 | Braga | |
"Afonso Henriques e a fronteira noroeste: contornos de uma estratégia" (1996), A construção medieval do território, pp.75-86 | ANDRADE, Amélia Aguiar | Edição | 2001 | Lisboa | |
O VI centenário da tomada do castelo de Melgaço: historial, textos e entrevistas das comemorações | Edição | 1991 | Melgaço | ||
Os forais de Melgaço | Edição | 2003 | Melgaço |
Castelo de Melgaço - Torre de menagem
Castelo de Melgaço
Autor: Inácio Pires, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Melgaço - Torre de menagem
Palacete Vilar de Allen
Rua António Cardoso, nº 175
4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920
Tel. +351 226 000 454
geral@patrimoniocultural.gov.pt