Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Gruta em Nossa Senhora da Luz
Designação
DesignaçãoGruta em Nossa Senhora da Luz
Outras Designações / PesquisasGruta em Nossa Senhora da Luz (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Gruta
TipologiaGruta
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaSantarém/Rio Maior/Rio Maior
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Quinta da Senhora da Luz, na EN 1, 114, a NNE de Rio Maior, na Est. que faz ligação com a EN 362- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.346732-8.990041
DistritoSantarém
ConcelhoRio Maior
FreguesiaRio Maior
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 23 743, DG, I Série, n.º 80, de 6-04-1934 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSítio
A Gruta em Nossa Senhora da Luz localiza-se, no lugar de Vales, na freguesia e concelho de Rio Maior. Dista sensivelmente 4 km para poente da sede de concelho. Implanta-se numa suave vertente a cerca de 280 metros a norte do rio Maior. É uma das quatro grutas identificadas na Senhora da Luz, onde foram registados contextos atribuíveis à Pré-História Recente, designadamente ao Neolítico antigo evolucionado, Neolítico final, Calcolítico e Idade do Bronze. Na envolvente, com níveis coevos são conhecidos, para além das restantes grutas da Senhora da Luz, os sítios no Canhão das Bocas, a oeste, nomeadamente o Abrigo Grande das Bocas (Abrigo I das Bocas), e Casal Filipe, uma estação de ar livre, 800 metros a noroeste do monumento.
Trata-se de uma gruta natural, aberta nos calcários do Jurássico médio (Kimmeridgiano), com uma ocupação de carácter funerário que remonta ao Neolítico Antigo. A planta divulgada na bibliografia científica mostra um longo corredor, com uma extensão superior a 40 metros, orientado no sentido nordeste-sudoeste, a partir do qual se acede a duas amplas salas. A referida cavidade cársica não foi intervencionada na sua totalidade, dispondo ainda de três galerias entulhadas. O acesso é feito por uma entrada artificial. Os depósitos escavados perfaziam uma potência entre os três e os quatro metros e continham tumulações neolíticas em covachos associadas a oferendas. A maior parte do espólio lítico exumado data do Neolítico Final, quando a utilização da gruta como necrópole terá sido mais expressiva. Estão presentes utensílios de pedras lascada (micrólitos, lâminas, furadouros, pontas de seta, raspadores, alabardas e punhais), sobre osso (furadores, pontas e cabo), objetos de adorno (pendentes, cabeças de alfinete, pingentes, braceletes, contas e um anel), e objetos de carácter mágico-simbólico tais como um cilindro em calcário, um machado votivo e vasos em calcário. A indústria de pedra polida está parcamente representada, apenas com alguns exemplares de enxós votivas, machados e um escopro. As cerâmicas recolhidas testemunham a ocupação desde o Neolítico antigo evolucionado até à Idade do Bronze.
História
A escavação da Gruta da Senhora da Luz decorreu nos anos de 1935 e 1936 sob a direção científica de Manuel Heleno. Salvo algumas peças mais relevantes, o seu espólio não mereceu estudo até à investigação conduzida por João Luís Cardoso, O. da Veiga Ferreira e J. Roque Carreira cujos resultados foram divulgados em 1996. Em 1987, João Zilhão e Anthony Marks, efetuaram sondagens arqueológicas que não revelaram dados novos nem permitiram reconstituir a estratigrafia, uma vez que as escavações dos anos 30 do século XX atingiram os níveis estéreis.
Ana Vale
DGPC, 2020
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias11

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Monumentos Nacionais. Seu arrolamento, classificação e protecção, especialmente na parte que se refere a arqueologia", Revista de GuimarãesCARDOZO, MárioEdição1941Guimarães
"Subsídios para a História do Museu Etnológico do Dr. Leite de Vasconcellos", O Arqueólogo PortuguêsMACHADO, João Luís SaavedraEdição1964Lisboa
"Tipos de punhal lítico da colecção dos Serviços Geológicos de Portugal", Revista de GuimarãesFERREIRA, Octávio da VeigaEdição1957Guimarães67;1-2, p. 185-191
"Alguns objectos inéditos, bastante raros, da colecção do professor Manuel Heleno", O Arqueólogo PortuguêsFERREIRA, Octávio da VeigaEdição1970Lisboa3ª série: 4, p. 163-174
"Jóias pré-romanas", EthnosHELENO, ManuelEdição1935Lisboa1, p. 229-257
"Breves palavras sobre Arqueologia do Concelho de Rio Maior", Revista de Guimarães, vol. LXXXVIII, pp.389-399ALMEIDA, Fernando deEdição1979Guimarães
A Gruta Pré-histórica de AlcobertasSANTOS, Maria CristinaEdição1971Coimbra
"Notas arqueológicas da região de Alcobertas", Actas e Memórias do I Congresso Nacional de Arqueologia, pp.281-292PAÇO, Manuel Afonso doEdição1959Lisboa
Rio Maior, estudo da Vila e seu ConcelhoDUARTE, FernandoEdição1951Rio Maior
"As Grutas da Senhora da Luz têm grande calor antropológico e arqueológico", Concelho de Rio MaiorAnónimoEdição1936Rio Maiorn.º 13 de 16 de Maio
"O espólio arqueológico das grutas naturais da Senhora da Luz (Rio Maior)", Estudos Arqueológicos de OeirasCARDOSO, João LuísEdição1996Oeirasvol. 6, pp. 195-256
"O espólio arqueológico das grutas naturais da Senhora da Luz (Rio Maior)", Estudos Arqueológicos de OeirasFERREIRA, Octávio da VeigaEdição1996Oeirasvol. 6, pp. 195-256
"O espólio arqueológico das grutas naturais da Senhora da Luz (Rio Maior)", Estudos Arqueológicos de OeirasCARREIRA, Júlio RoqueEdição1996Oeirasvol. 6, pp. 195-256
"Notas arqueológicas da região de Alcobertas", Actas e Memórias do I Congresso Nacional de Arqueologia, pp.281-292BARBOSA, FranciscoEdição1959Lisboa
"Notas arqueológicas da região de Alcobertas", Actas e Memórias do I Congresso Nacional de Arqueologia, pp.281-292SOUSA, José do Nascimento eEdição1959Lisboa
"Notas arqueológicas da região de Alcobertas", Actas e Memórias do I Congresso Nacional de Arqueologia, pp.281-292BARBOSA, Francisco BergstromEdição1959Lisboa

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