Igreja de São Vicente | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de São Vicente | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja Paroquial de São Vicente (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Santarém/Abrantes/Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Santarém | ||||||||||||
Concelho | Abrantes | ||||||||||||
Freguesia | Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 11 453, DG, I Série, n.º 35, de 19-02-1926 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 4-04-1962, publicada no DG, II Série, n.º 95, de 21-04-1962 (com ZNA) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 4-04-1962, publicada no DG, II Série, n.º 95, de 21-04-1962 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A primitiva igreja de São Vicente foi fundada em 1149, depois da tomada do castelo da vila de Abrantes por D. Afonso Henriques, sendo o seu orago dedicado ao mártir lisboeta. Em 1179, depois de um cerco do exército mouro que arrasou a vila, o templo, que era sede de paróquia, seria reconstruído. Em 1565 o Bispo da Guarda, D. João de Portugal, convocava Sínodo Provincial, e como quatro anos depois a primitiva igreja se encontrava em ruínas, D. Sebastião ordenou ao Corregedor de Tomar que procedesse à sua reedificação. A obra da nova igreja seria iniciada em 1569, empregando oficiais dos estaleiros do Convento de Cristo de Tomar, como foram os casos de Francisco Lopes e Pedro Antunes, responsáveis pela edificação das capelas laterais. Em 1595 a obra ficaria a cargo do arquitecto militar Mateus Fernandes (SERRÃO, Vítor, 2002, p. 193), que possivelmente só terminaria o projecto do novo templo em 1605, data em que a sede de paróquia, que desde 1569 transitara, primeiro, para a ermida de Santa Catarina, hoje com a invocação de São Lourenço, e depois para a ermida de Santa Iria, voltava para São Vicente e a nova igreja abria ao culto. A igreja possui planta longitudinal composta por nave rectangular, com dois corpos laterais, capela-mor, capelas laterais e sacristias anexas. A fachada principal está ladeada por dois torreões, vazados no primeiro registo por arcos plenos, sendo o da direita rematado por torre sineira com coruchéu azulejado, e o do lado oposto apenas por sineira. O pano central da fachada, dividido em dois registos, apresenta portal em arco pleno, inserido em estrutura retabular, num modelo que deriva das fachadas-retábulo elaboradas por Nicolau de Chanterenne e João de Ruão e que a arquitectura maneirista adopta como suas, depurando-as da decoração ornamentalista dos mestres renascentistas e imprimindo-lhes formas depuradas de gosto classicista. O programa decorativo do portal consta da utilização de duas ordens arquitectónicas na sua estrutura: no primeiro registo, na delimitação do portal, a ordem jónica, no segundo registo, ladeando a janela e os nichos a ordem coríntia. Sobre o portal foi rasgado um óculo. A fachada é rematada em empena, com pináculos. O espaço interior do templo reparte-se em três naves de alturas diferenciadas com seis tramos divididos por arcos assentes em colunas toscanas; ao fundo, o coro-alto coberto por abóbada de cruzaria de ogivas rebaixada. As naves são cobertas por abóbada de berço de caixotões. Cada uma das naves laterais possui três altares de pedra maneiristas, elaborados entre 1584 e 1591, possuindo alguns retábulos de pedra provenientes de oficinas de Tomar (SERRÃO, Vítor, 2002, p. 193). São revestidas de painéis de azulejo seiscentistas azuis e amarelos, com representações de temática vicentina. A capela-mor, coberta também por abóbada de caixotões, tem ao centro retábulo de talha com crucifixo de pousar indo-português na tribuna. A igreja de São Vicente de Abrantes possui um modelo que, combinando a austeridade das formas com o espaço pensado de forma unitária, demonstra uma harmonia espacial e estrutural a denunciar a influência da arquitectura de cariz militar. A esta junta-se o decorativismo de inspiração flamenga, aplicado em elementos como os pináculos que rematam superiormente o pano da fachada e as torres do templo. Catarina Oliveira | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 13 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A Arquitectura do Ciclo Filipino | SOROMENHO, Miguel | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
História da Arte em Portugal - o Renascimento e o Maneirismo | SERRÃO, Vítor | Edição | 2002 | Lisboa | |
Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes | MORATO, António Manuel | Edição | 2002 | Abrantes | |
Ribatejo Histórico e Monumental | CÂNCIO, Francisco | Edição | 1938 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Santarém | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 1949 | Lisboa | Local de Edição - Lisboa Publicado a 1949 Data do Editor : 1949 |
"A Arquitectura - Maneirismo e «estilo chão»", História da Arte em Portugal - O Maneirismo | CORREIA, José Eduardo Horta | Edição | 1986 | Lisboa | Vol. 7 Local de Edição - Lisboa |
Igreja de São Vicente de Abrantes - Vista geral e envolvente (fachadas lateral esquerda e principal)
Igreja de São Vicente de Abrantes - Fachada principal: corpo central
Igreja de São Vicente de Abrantes - Interior: nave e capela-mor
Igreja de São Vicente de Abrantes - Interior: nave lateral do lado do Evangelho
Igreja de São Vicente de Abrantes - Interior: nave e coro-alto
Igreja de São Vicente de Abrantes - Interior: capela lateral (1ª tramo do lado da Epístola)
Igreja de São Vicente de Abrantes - Interior da capela-mor: cadeiral
Igreja de São Vicente em Abrantes - Interior: capela lateral (3º tramo do lado do Evangelho)
Igreja de São Vicente de Abrantes - Interior: pormenor da pintura mural da abóbada
Igreja de São Vicente de Abrantes - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 95, de 21-04-1962 - Texto e planta do diploma
Igreja de São Vicente de Abrantes - Trabalhos de restauro
Igreja de São Vicente de Abrantes - Cobertura: Trabalhos de restauro
Igreja de São Vicente de Abrantes - Fachada principal: Trabalhos de restauro
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