Ruínas da cidade velha de Santa Luzia | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Ruínas da cidade velha de Santa Luzia | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Citânia de Santa Luzia / Povoado fortificado de Santa Luzia (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Citânia | ||||||||||||
Tipologia | Citânia | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Viana do Castelo/Areosa | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||||||||||
Concelho | Viana do Castelo | ||||||||||||
Freguesia | Areosa | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 11 454, DG, I Série n.º 35, de 19-02-1926 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Devolvido em 20-01-2015 à DRC do Norte para reponderação, face ao tempo decorrido Nova proposta de alteração de 16-02-2013 da CM de Viana do Castelo Despacho de homologação de 21-06-2012 do diretor-geral da DGPC Novo parecer de 18-06-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor que se mantenha a delimitação anteriormente aprovada Anúncio n.º 18737/2011, DR, 2.ª série, n.º 240, de 16-12-2011 (ver Anúncio) Parecer de 18-05-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor que se mantenha a ZEP e a zona non aedificandi objecto do parecer favorável anterior Proposta de alteração de 13-03-2007 da CM de Viana do Castelo Parecer favorável de 20-12-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR Proposta de 19-10-2006 da DR do Porto, incluindo uma zona non aedificandi | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Anúncio n.º 18737/2011, DR, 2.ª série, n.º 240, de 16-12-2011 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A Citânia de Santa Luzia é um notável exemplar dos povoados fortificados existentes no Noroeste Peninsular, tanto pela sua dimensão, como pelo planeamento urbanístico, tipologia construtiva e carácter defensivo. Situado na coroa do Monte de Santa Luzia, num local geograficamente estratégico, de onde se domina toda a área envolvente, desde o estuário e foz do Rio Lima até à zona costeira atlântica, este povoado castrejo de tipo proto-urbano evidencia uma ocupação contínua entre os períodos da Idade do Ferro e Romanização.
De igual modo conhecidas pela designação geral de "Cidade Velha de Santa Luzia", o registo da existência destas ruínas reporta-se, pelo menos, ao século XVII. Foi, contudo, em 1876 que se realizaram as primeiras escavações na sua área por iniciativa de J. Possidónio N. da Silva (1806-1896), presidente da Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portuguezes, embora a maior parte das estruturas actualmente visíveis se deva à intervenção do investigador bracarense Albano Belino (1863-1906), realizada em 1902. Não obstante tais iniciativas, encontra-se a descoberto unicamente um terço da área total abrangida originalmente pela Citânia, cuja parcela significativa se perdeu na sequência da edificação do Hotel de Santa Luzia e respectivas vias de acesso. Quanto à caracterização do povoado, deverá ser realçado o facto de as suas estruturas habitacionais encontrarem-se predominantemente organizadas em quarteirões separados por muros e áreas de circulação bastante demarcados, alguns dos quais lajeados. Regra geral, as habitações apresentam planta circular, elíptica ou, embora menos frequente, rectangular, com ou sem vestíbulo. As entradas destas casas encontram-se maioritariamente orientadas no sentido Sudoeste-Sudeste, coincidindo com a pendente geral do terreno onde se encontra implantado o povoado, por forma a abrigar as habitações das águas pluviais e dos ventos de nortada. No que se refere ao aspecto interior das casas, e para além da incontornável lareira, constata-se que o piso é, normalmente, constituído pelo próprio solo natural, aproveitando-se, por vezes, as rochas existentes na cumeeira. Menos frequente, será a construção de um piso interior composto de terra argilosa batida ou saibro. À semelhança de outros povoados atribuídos à Idade do Ferro do Norte de Portugal (como nos casos da Citânia de Briteiros e da Cividade de Âncora), também o de Santa Luzia apresenta uma preocupação vincadamente defensiva. Daí, a presença de três linhas de muralhas servidas por um caminho de ronda e reforçadas por fortes torreões de dois fossos, a cujo topo se acedia através de uma escadaria, ainda visível na face interna do muralhado. Todavia, a eleição deste local para uma tão duradoura ocupação não poderá explicar-se unicamente pela sua privilegiada situação estratégica, que os seus sucessivos habitantes souberam perfeitamente adaptar às suas necessidades quotidianas, nomeadamente ao aproveitarem as próprias características físicas do terreno para soluções arquitectónicas mais pontuais e peculiares. Com efeito, a explicação deverá ser, obrigatoriamente, complementada por um conjunto de condições de ordem cinegética. Assim, esta constituía, sem dúvida, uma zona particularmente favorável à prática de actividades agro-pecuárias e de recolecção, bem como ao aproveitamento dos diversos recursos fluviais e marítimos que se encontravam largamente ao dispor da sua população, redundando no surgimento de actividades quotidianas e hábitos alimentares muito específicos, que ficaram registados, por exemplo, nos textos de Estrabão. Actividades estas que, no conjunto, implicavam, necessariamente, a projecção e fabrico de uma considerável tipologia de utensílios de trabalho, surgindo paralelamente outras, directa e indirectamente correlacionadas, como seriam os casos da cerâmica, da metalurgia e da tecelagem. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | EN 13 e Estrada Municipal de acesso ao Templo do Sagrado Coração de Jesus. Elevador de Santa Luzia. | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 12 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 10 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Pre-História de Portugal | SANTOS, Manuel Farinha dos | Edição | 1985 | Lisboa Publicado a 1972 | |
"Proto-História e Romanização da Bacia inferior do Lima", Estudos Regionais | ALMEIDA, Carlos Alberto Brochado de | Edição | 1998 | Viana do Castelo | 7-8, p. 304 |
"Citânia de Santa Luzia, Viana do Castelo, Portugal", Zephyrvs | VIANA, Abel | Edição | 1965 | Salamanca | 6, p. 61-88 |
"Cidade Velha" de Santa Luzia (Viana do Castelo)", Revista de Guimarães | VIANA, Abel | Edição | 1954 | Guimarães | 64:1-2, p. 40-72 |
"Cidade Velha" de Santa Luzia (Viana do Castelo)", Revista de Guimarães | DEUS, António Dias de | Edição | 1954 | Guimarães | 64:1-2, p. 40-72 |
"Habitações castrejas do norte de Portugal", Estudos do Alto Minho | PEREIRA, Félix Alves | Edição | 1914 | Viana do Castelo | Estudos do Alto Minho, 1ª série, 14 |
"Cidade Velha de Santa Luzia", O Arqueólogo Português | VASCONCELLOS, José de Leite de | Edição | 1903 | Lisboa | 1ª série:8, p. 15-23 |
Monografia de Viana do Castelo | CRESPO, José | Edição | 1957 | Viana do Castelo | |
Viana do Castelo - Capital do Alto Minho | BARROS, Matias de | Edição | 1973 | Viana do Castelo | |
"Aspectos da Cultura Castreja no Alto Minho", Sep. Rev. Caminiana | ALVES, Lourenço | Edição | 1980 | Caminha | n.º 3 |
Viana Monumental e Artística: espaço urbano e património de Viana do Castelo | FERNANDES, Francisco José Carneiro | Edição | 1990 | Viana do Castelo |
Ruínas da cidade velha de Santa Luzia - Panorâmica pacial de uma área habitacional
Ruínas da cidade velha de Santa Luzia - Panorâmica pacial de uma área habitacional
Ruínas da cidade velha de Santa Luzia - Alicerces de habitações de planta circular
Ruínas da cidade velha de Santa Luzia - Pormenor das habitações de planta circular
Ruínas da cidade velha de Santa Luzia - Pormenor do passadiço
Ruínas da cidade velha de Santa Luzia - Planta com a delimitação e a ZP em vigor
Ruínas da cidade velha de Santa Luzia - Planta com a delimitação e a ZEP proposta pela DRCN e o SPAA do CNC (só entra em vigor após publicação da portaria no DR)
Ruínas da cidade velha de Santa Luzia
Ruínas da cidade velha de Santa Luzia - Vista sobre passadiço
Ruínas da cidade velha de Santa Luzia - Antiga sinalização da citânia relacionada com o anterior acesso
Ruínas da Cidade Velha de Santa Luzia - Citânia de Santa Luzia
Ruínas da Cidade Velha de Santa Luzia - Citânia de Santa Luzia
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