Gruta artificial da época calcolítica, aberta em argila compacta, existente no lugar de Ermejeira | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Gruta artificial da época calcolítica, aberta em argila compacta, existente no lugar de Ermejeira | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Gruta Artificial da Época Calcolítica em Ermigeira (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Gruta Artificial | ||||||||||||
Tipologia | Gruta Artificial | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Torres Vedras/Maxial e Monte Redondo | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Torres Vedras | ||||||||||||
Freguesia | Maxial e Monte Redondo | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 32 973, DG, I Série n.º 175, de 18-08-1943 (ver Decreto) Decreto n.º 30 838, DG, I Série, n.º 254, de 1-11-1940 (ver Decreto) (suspendeu o diploma anterior quanto aos imóveis que fossem propriedade particular, até que se cumprisse o disposto no art.º 25.º do Decreto n.º 20 985, DG, I Série, n.º 56, de 7-03-1932 (ver Decreto)) Decreto n.º 30 762, DG, I Série, n.º 225, de 26-09-1940 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O território correspondente ao actual concelho de Torres Vedras tem-se revelado particularmente abundante em vestígios arqueológicos denunciadores de uma ocupação humana na zona que remonta à mais alta antiguidade. Uma procura que terá sido, certamente, facilitada pela diversidade dos recursos cinegéticos essenciais à fixação de comunidades humanas ao longo dos tempos, numa evidência demonstrada pelo próprio número de arqueossítios identificados até ao momento, não sendo, por conseguinte, surpreendente que avultem sítios tumulares, nomeadamente dos atribuídos ao Calcolítico, revelando-se alguns exemplares fundamentais "[...] para o estudo da cultura do vaso campaniforme [...]." (FERREIRA, O. da V., 1970, p. 180) no actual território português.
Na verdade, "Desde os primórdios da actividade arqueológica em Portugal que a Estremadura foi uma área bastante investigada, tanto a partir da iniciativa de arqueólogos regionais como também através da acção das primeiras instituições interessadas na actividade arqueológica." (SOUSA, A. C., 1998, p. 43). A estação arqueológica, conhecida por "Gruta artificial da época calcolítica em Ermigeira", foi descoberta já em finais dos anos trinta, num momento assaz propício ao desenvolvimento da investigação arqueológica entre nós, depois de um longo percurso rasgado pelos pioneiros da Geologia e da Pré-história portuguesa, ainda no século XIX, de algum modo culminado no reconhecimento académico da nova disciplina, a par de publicação de legislação específica sobre o valor arqueológico e a formação, no seio das pastas ministeriais directamente relacionadas com a instrução pública, de uma "Junta de Escavações e Antiguidades", poucos anos antes da identificação do sítio em epígrafe (Cf. MARTINS, A. C., 2005). A importância da estação foi de imediato reconhecida pela comunidade arqueológica da época, suscitando a pronta intervenção de Manuel Heleno, na qualidade, tanto de director do "Museu Etnológico do Dr. Leite de Vasconcelos", quanto de membro da mencionada "Junta" (vide supra), ao mesmo tempo que exercia funções de docente na Universidade de Lisboa, não estranhando, por isso, que os materiais recolhidos na altura fossem conduzidos ao espaço museológico que geria (Cf. HELENO, M., 1942). Uma situação que era, ademais, contemplada nos documentos legais entretanto publicados pelos sucessivos governos, desde o dealbar do regime republicano. Estrutura funerária colectiva executada durante o Calcolítico definido para a região, esta gruta artificial (ou "hipogeu") foi rasgada em argila compacta, apresentando, contudo, "[...] uma morfologia arquitectónica semelhante a outras necrópoles desta época (com câmara, corredor [...]) como as antas e, mais tarde, os tholoi." (SOUSA, A. C., Idem, p. 140), embora sem o destaque na paisagem característico destes últimos tipos. Neste caso particular, remanescem, contudo, apenas a câmara com abóbada e a parte lateral Norte, ainda que alguns indícios observados no terreno permitam especular sobre a eventual existência de um corredor primitivo, constituindo, no entanto, o único exemplo de uma gruta artificial (Id., Idem, p. 143) em toda a área da Península de Lisboa e Setúbal. Do espólio recolhido durante as escavações, e para além de fragmentos de cerâmica campaniforme (JORGE, V. de O., 1990, p. 216), salienta-se, pela excelência e singularidade, um par de brincos ovalados executados em chapa de ouro (aluvial, local) espalmada, também ele presentemente exposto no Museu Nacional de Arqueologia. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Complexificação das sociedades e sua inserção numa vasta rede de intercâmbios", Nova História de Portugal | JORGE, Vítor de Oliveira | Edição | 1990 | Lisboa | pp. 213-255 |
"A gruta da Cova da Moura (Torres Vedras)", Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal | BELO, Aurélio Ricardo | Edição | 1961 | Lisboa | vol. 45, pp. 391-418 |
"Gruta artificial da Ermegeira", Ethnos | HELENO, Manuel | Edição | 1942 | Lisboa | nova série, vol. 2, pp. 449-459 |
"A gruta da Cova da Moura (Torres Vedras)", Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal | FERREIRA, Octávio da Veiga | Edição | 1961 | Lisboa | vol. 45, pp. 391-418 |
"Grutas artificiais da Quinta das Lapas (Torres Vedras)", Boletim Cultural da Junta Distrital de Lisboa | FERREIRA, Octávio da Veiga | Edição | 1970 | Lisboa | pp. 177-187 |
"A gruta da Cova da Moura (Torres Vedras)", Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal | TRINDADE, Leonel | Edição | 1961 | Lisboa | vol. 45, pp. 391-418 |
O Neolítico Final e o Calcolítico na área da Ribeira de Cheleiros. Trabalhos de Arqueologia, vol. 11 | SOUSA, Ana Catarina | Edição | 1998 | Lisboa | II |
A Associação dos Arqueólogos Portugueses na senda da salvaguarda patrimonial. Cem anos de transformação (1863-1963). Texto policopiado. Tese de Doutoramento em Letras. | MARTINS, Ana Cristina | Edição | 2005 | Lisboa | Tese de Doutoramento defendida na Reitoria da Universidade de Lisboa em Junho de 2006. Tese impressa em dois volumes: - I - aparato crítico; - II - aparato iconográfico. |
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