Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Antas da Coutada de Alcogulo
Designação
DesignaçãoAntas da Coutada de Alcogulo
Outras Designações / PesquisasAnta 1 do Alcogulo / Anta do Alcogulo I / Porto dos Pinheiros/ Anta da Borda da Coutada do Porto dos Pinheiros (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Anta
TipologiaAnta
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPortalegre/Castelo de Vide/Santa Maria da Devesa
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Coutada de AlcoguloAlcogulo Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.41398-7.533158
DistritoPortalegre
ConcelhoCastelo de Vide
FreguesiaSanta Maria da Devesa
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO22051577
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSítio
As Antas da Coutada do Alcogulo referem-se apenas a um monumento, localizado na Coutada do Alcogulo, freguesia de Santa Maria da Devesa, concelho de Castelo de Vide. Encontra-se sensivelmente a 7 km a oeste de Castelo de Vide e 1 km a norte da Coutada, junto à linha de caminho de ferro. Implanta-se numa zona de vale aplanado, entre as Ribeiras de Nisa, 650 metros a nascente, e a de Cogulo, 900 metros a poente.
Integra a designada Necrópole Megalítica do Alcogulo constituída por três monumentos (ver Alcogulo II e III), mas que, no século XIX, ainda conservava um conjunto de cinco antas. Este monumento funerário megalítico apresenta câmara e corredor bem diferenciados. A câmara sepulcral é poligonal, com cerca de três metros de diâmetro, formada por sete esteios de granito, dos quais cinco estão preservados in situ. O chapéu mantém-se na sua posição original. Ostenta uma altura de 1,8 metros, valor este inferior à largura, o que lhe confere pouca visibilidade na paisagem circundante. Foi reutilizada como abrigo de pastores, que acediam ao interior por um vão criado com a remoção de um dos seus esteios. O corredor, paralelo, orientado a nascente, é bastante longo, com uma dimensão que ronda os quatro metros, dispondo-se três ortóstatos de cada lado e três lajes de cobertura. São percetíveis vestígios da mamoa, embora de uma forma residual.
História
A edificação da Anta da Coutada do Alcogulo remonta ao Neolítico Final, entre 3750 e 3125 a.n.e., atendendo à sua tipologia construtiva, apesar do espólio exumado indicar, igualmente, uma persistência de utilização durante o Calcolítico. Destaca-se a presença de pontas de seta, machados de pedra polida, fragmentos cerâmicos, contas de colar e placas de xisto.
São conhecidas referências documentais a monumentos megalíticos na bacia hidrográfica do Rio Sever desde 1489, constando nas Ordenanzas del Concejo de Valencia de Alcantara onde assumem a função de marcos territoriais. No entanto, torna-se quase impossível identificar as mencionadas.
A primeira menção publicada relativa à Anta em apreciação deve-se a Pereira da Costa no estudo Noções sobre o estado pré-histórico da terra e do homem seguidas da descripção de alguns dolmins ou antas de Portugal, de 1868. Mereceu, igualmente, a atenção de George e Vera Leisner, sendo referida na publicação de 1959, Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen. O referido casal conduziu trabalhos arqueológicos numa das antas da necrópole. Foram realizadas escavações, em 1981, pelo Grupo de Arqueologia de Castelo de Vide, cujo espólio recolhido foi recentemente estudado por Ana Paroleiro no âmbito da sua dissertação de mestrado, Estudo dos Recipientes Cerâmicos dos Monumentos Megalíticos do Concelho de Castelo de Vide, apresentada em 2016.
Ana Vale
DGPC, 2020
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias8

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Carta Arqueológica do Concelho de Castelo de VideRODRIGUES, Maria da Conceição MonteiroEdição1975Lisboa130 est. + 1 mapa, il. Publicado a 1975
Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel. Der Westen (2)LEISNER, VeraEdiçãoPublicado a 1959
Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel. Der Westen (2)ALMEIDA, Carlos Alberto Brochado deEdiçãoPublicado a 1959
"Monumentos megalíticos da bacia hidrográfica do Rio Sever", IBN MARUÁNOLIVEIRA, Jorge deEdição1997Marvãon.º 7, p. 774
Terras de Odiana. Medobriga, Ammaia, Aramenha, Marvão, 2.ª ed.COELHO, Possidónio Mateus LaranjoEdição1988Lisboa
Da notável vila de Castelo de Vide. ApontamentosREPENICADO, António Vicente RaposoEdição1969Castelo de Vide
Monumentos Pré-históricos. Descrição de Alguns Dolmens ou Antas de PortugalCOSTA, Francisco A. Pereira daEdição1868Lisboa
"Antas-capelas e capelas junto a antas no território português: elementos para o seu estudo", A Cidade de Évora, 2ª série, nº1, pp.287-329OLIVEIRA, Jorge deEdição1996Évora2.ª série: 1, p. 287-329
"Antas-capelas e capelas junto a antas no território português: elementos para o seu estudo", A Cidade de Évora, 2ª série, nº1, pp.287-329SARANTOPOULOS, PanagiotisEdição1996Évora2.ª série: 1, p. 287-329
"Antas-capelas e capelas junto a antas no território português: elementos para o seu estudo", A Cidade de Évora, 2ª série, nº1, pp.287-329BALESTEROS, CarmenEdição1996Évora2.ª série: 1, p. 287-329
Estudo dos Recipientes Cerâmicos dos Monumentos MegalíticosPAROLEIRO, Ana Emília BarrosEdição2016Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em Pré-história, Faculdade de letras da Universidade do Porto

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