Fortificações da Praça de Valença do Minho | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Fortificações da Praça de Valença do Minho | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Fortificações da Praça de Valença do Minho (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Forte | ||||||||||||
Tipologia | Forte | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Valença/Valença, Cristelo Covo e Arão | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||||||||||
Concelho | Valença | ||||||||||||
Freguesia | Valença, Cristelo Covo e Arão | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 15 178, DG, I Série, n.º 60, de 14-03-1928 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 65/2010, DR, 2.ª Série, n.º 12, de 19-01-2010 (alterou a delimitação da ZNA) (ver Portaria) Edital de 29-01-2008 da CM de Valença Despacho de homologação de 22-10-2007 da Ministra da Cultura Edital de 16-07-2007 da CM de Valença Despacho de concordância de 16-05-2007 do presidente do IPPAR Parecer favorável de 16-05-2007 do Conselho Consultivo do IPPAR. Informação favorável de 8-05-2007 da DR do Porto Proposta de 23-03-2007 da CM de Valença para desafectação de uma área incluída na ZNA, para construção de um parque de estacionamento Portaria publicada no DG, II Série, n.º 290, de 13-12-1958 | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria n.º 65/2010, DR, 2.ª Série, n.º 12, de 19-01-2010 Portaria publicada no DG, II Série, n.º 290, de 13-12-1958 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12737527 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Valença do Minho é, por circunstâncias várias, a mais importante fortaleza do Alto Minho. No século XVII, no contexto das Guerras da Restauração da Independência Portuguesa, construiu-se uma impressionante fortificação abaluartada, de patamares sobrepostos para melhor aproveitar as condições topográficas do local, projecto grandioso que se assumiu como obra de propaganda e de ameaça face à vizinha Espanha. As origens da cidade são, contudo, anteriores. Elas remontam à viragem para o século XIII e ao reinado de D. Sancho I, monarca que coutou a povoação e a entregou a Paio Carramundo, com a obrigação de a povoar e organizar. Face à natureza expansionista do bispo de Tui e do mosteiro de Ganfei, a fundação da localidade insere-se no processo de reconhecimento da autoridade régia no Alto Minho, que percorre grande parte da política real durante a primeira dinastia. Imediatamente se terá construído um primitivo reduto defensivo, sucessivamente reformado ao longo dos séculos seguintes. Com foral a partir de 1217, e com cintura de muralhas datadas, muito provavelmente, da mesma época, Valença foi assumindo uma importância estratégica no contexto das relações do Minho com a Galiza, estatuto reforçado por ser o principal ponto de passagem entre as duas regiões. O que resta da fortaleza medieval data do reinado de D. Afonso III. Em 1262, o rei ordenou uma grande reforma do sistema militar da vila, cujas muralhas passaram a abarcar toda a povoação. Desconhecemos, em grande parte, a sua configuração, pelas múltiplas transformações posteriores, mas restam ainda alguns vestígios que podemos atribuir a essa época. Na Porta do Açougue, virada a Norte, é ainda possível verificar a existência de um escudo medieval na pedra de fecho. A porta da Gabiarra, voltada a nascente, era a principal entrada na fortaleza, dando para a zona ribeirinha e para a barca que fazia a travessia do Minho. Assumia-se como uma entrada triunfal, de grande impacto cenográfico e onde se concentravam os elementos identificativos do patrocínio régio, compondo-se por uma passagem ladeada harmonicamente por duas imponentes torres quadrangulares. No final da Idade Média, como desenhou Duarte d'Armas, a fortaleza afonsina foi complementada por barbacãs e por uma couraça, elementos que revelam a sua importância no período de transição para a guerra de pólvora. Chegados ao século XVII, Valença era uma das localidades mais expostas aos ataques espanhóis, cujas tropas a tentaram tomar em 1643 e 1657. A localização privilegiada no curso do Minho e as condições do terreno possibilitaram a construção de uma das mais significativas realizações militares da História de Portugal. O projecto ficou a dever-se a Miguel de l'Escole, engenheiro militar com outros trabalhos documentados em fortalezas do Alto Minho, arrancando as obras em 1661. Estas, só ficaram formalmente concluídas em 1713, ano em que uma planta do seu último arquitecto, Manuel Pinto de Vilalobos, a dá como concluída, embora existam referências à construção de baluartes nos anos seguintes. Meio século de trabalhos alteraram radicalmente a fisionomia de Valença e a relação da localidade com o rio, separados, a partir daí, por uma gigantesca malha de baluartes e de patamares comunicantes entre si através de fossos e de passagens superiores. Planimetricamente, a nova fortaleza dividia-se em duas áreas, ainda hoje bem vincadas, inter-ligadas pela Porta do Meio: a Norte, abrangendo o velho núcleo medieval, a "Vila", onde se concentrava o grosso da população e os principais equipamentos sociais; a Sul, correspondendo a uma área menor, mas praticamente desimpedida de construções, a "Coroada". A rodear os dois espaços urbanos, uma densa malha de baluartes, revelins e fossos isolava a cidade e permitia uma ampla área de visibilidade e de fogo. Obra maior da nossa História, Valença foi restaurada ao longo do século XX e prepara-se, na actualidade, para se candidatar a Património da Humanidade. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Pelourinho de Valença | ||||||||||||
Outra Classificação | Pelourinho de Valença | ||||||||||||
Nº de Imagens | 5 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 10 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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O Minho Pittoresco | VIEIRA, José Augusto | Edição | 1887 | Lisboa | |
Valença na História e na Lenda | NEVES, Manuel Augusto A. Pinto | Edição | 1990 | Valença do Minho | |
Valença do Minho | OLIVEIRA, A. Lopes de | Edição | 1978 | Póvoa do Varzim | |
Castelos do Distrito de Viana | GUERRA, Luís Figueiredo da | Edição | 1926 | Coimbra | Separata de O Instituto |
A praça forte de Valença do Minho, 2ªed. | CASTRO, Alberto Pereira de | Edição | 1995 | Valença do Minho | |
Valença nas Guerras da Restauração | CASTRO, Alberto Pereira de | Edição | 1995 | Valença do Minho | |
Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa | |
Manuel Pinto de Vilalobos - da engenharia militar à arquitectura. Dissertação de Mestrado em História da Arte apresentada à Universidade Nova de Lisboa | SOROMENHO, Miguel | Edição | 1991 | Lisboa | |
"Do gótico ao manuelino no Alto Minho : monumentos civis e militares", Caminiana, nº12 | ALVES, Lourenço | Edição | 1986 | Caminha | |
"O património cultural do Alto Minho (civil e eclesiástico). Sua defesa e protecção", Caminiana, ano IX, nº14, pp.9-80 | ALVES, Lourenço | Edição | 1987 | Caminha |
Fortificações da Praça de Valença do Minho - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor
Fortificações da Praça de Valença do Minho - Planta da Praça, por Champalimaud Nussane, 1766
Fortificações da Praça de Valença do Minho - Planta do imóvel e da zona especial de protecção de 1958 (já substituidaem 2010)
Fortificações da Praça de Valença do Minho - Planta da Praça, por Manuel Pinto de Vilalobos, 1691
Fortificações da Praça de Valença do Minho - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 290, de 13-12-1958 - Texto e planta do diploma (ver Portaria de 2010)
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