Igreja de São Francisco | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de São Francisco | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Convento de São Francisco de Évora (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Évora/Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||
Concelho | Évora | ||||||||||||
Freguesia | Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | Abrangido por conjunto inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, que, ao abrigo do n.º 7 do art.º 15.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, se encontra classificado como MN | ||||||||||||
Património Mundial Designação | Centro Histórico de Évora | ||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A construção do convento de São Francisco de Évora remonta a meados do século XIII, depois de instalada a Ordem nesta cidade por volta de 1326 (ESPANCA, 1993, p.49). Desse primeiro impulso construtivo resta o portal Norte, com três arquivoltas inscrito num gablete, um formulário estilístico que se filia no Gótico inicial do ciclo de Santarém e das igrejas paroquiais da Estremadura de inícios do século XIV. Um pouco depois de terminada esta primeira igreja, deu-se início à construção do claustro, também ele muito modificado nos séculos seguintes. Foi uma obra patrocinada pelo comendador da Ordem de Santiago, D. Fernando Afonso de Morais, e dirigida por Mestre João de Alcobaça, "muito provavelmente um artista educado naquela vila e certamente no estaleiro cisterciense" (DIAS, 1994, p.147). A actual igreja do convento de São Francisco data do século XV, mais propriamente do reinado de D. Afonso V, na medida em que está documentada a acção de Mestre Pero à frente do estaleiro em 1443. No entanto, o processo construtivo foi bastante mais lento, tendo-se arrastado as obras durante muito tempo e arrancando definitivamente apenas na década de 70. À primeira fase corresponde a capela-mor e os braços do transepto, espaços definidos a partir da experiência da igreja da Conceição de Beja (PEREIRA, 1995, vol. II, p.35). Posteriormente, as dificuldades de abobadamento da nave e as deficiências orçamentais para a sua continuidade determinaram um período de paragem, apenas retomado já no reinado de D. Manuel. Nestes princípios do século XVI, aproveitaram-se materiais da primitiva construção gótica e reforçaram-se as paredes da nave com contrafortes interiores, sintoma claro da desconfiança dos novos arquitectos em relação ao lançamento da abóbada. Nesta altura, conhecemos relativamente bem os arquitectos envolvidos, nomeadamente Afonso Pallos, um andaluz que trabalhou na Catedral de Sevilha e que terá sido o responsável pela introdução dos elementos mudejares na obra eborense (PEREIRA, 1995, vol. II, p.36), e Martim Lourenço, arquitecto militar também envolvido na construção do Palácio Real de Évora. A divisão tripartida dos alçados das naves, o duplo portal principal separado por mainel torso - em cujo tímpano se ostentaram as armas de D. João II e de D. Manuel - e o inédito nartex - adossado à fachada principal e com quatro arcos de ferradura a ladear um aco central de volta perfeita - marcam singularmente este edifício como uma das mais importantes obras góticas do nosso país. Um estatuto estilístico único explicado ainda pelo canal de influência Portugal-Catalunha amplamente referido por José Custódio Vieira da Silva (SILVA, 1989) e que teve continuidade regional nas opções planimétricas de outros templos da cidade e do concelho, como São Bento de Cástris ou a igreja Matriz de Borba. No Convento quinhentista trabalharam alguns dos mais importantes artistas do país, destacando-se as campanhas retabulares dirigidas pelo pintor Francisco Henriques. Diogo de Arruda e Diogo de Torralva também estiveram presentes à frente de obras de arquitectura, assim como Nicolau de Chanterenne, Olivier de Gand e Garcia Fernandes em outras encomendas de escultura e de pintura. No século XVIII o esplendor barroco também se fez sentir, na talha dourada de Lisboa (composição do entalhador Manuel Nunes da Silva datada de 1727), no revestimento azulejar de paredes a cargo de Oliveira Bernardes e, anteriormente, de Gabriel del Barco, ou no tecto que Bacarelli pintou para a capela da Ordem Terceira. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 9 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 17 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A arquitectura manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
A Arquitectura Manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 1988 | Porto | |
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa | |
A arquitectura gótica portuguesa | DIAS, Pedro | Edição | 1994 | Lisboa | |
O Tardo-Gótico em Portugal, a Arquitectura no Alentejo | SILVA, José Custódio Vieira da | Edição | 1989 | Lisboa | |
"As grandes edificações", História da Arte Portuguesa, vol. II, pp.11-113 | PEREIRA, Paulo | Edição | 1995 | Lisboa | |
A Arquitectura Gótica em Portugal | CHICÓ, Mário Tavares | Edição | 1981 | Lisboa | |
El mudejarismo en la arquitectura portuguesa de la epoca manuelina | PEREZ EMBID, Florentino | Edição | 1955 | Madrid | |
O Convento e a Igreja de São Francisco | MONIZ, Manuel Carvalho | Edição | 1959 | ||
Análise Preliminar das Anómalias Verificadas na Igreja de S. Francisco em Évora | Laboratório Nacional de Engenharia Civil | Edição | 1997 | ||
Relatório da Intervenção na Pintura do Portal da Sala do Capítulo | Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra | Edição | 1998 | A intervenção foi efectuada por Ana Filipa Vaz Teixeira. | |
Relatório da Intervenção na Pintura da Abóbada | Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra | Edição | 1998 | A intervenção foi realizada por Rui santos. | |
Análise Estrutural da Abóbada da Igreja de S. Francisco em Évora - Relatório do ICIST | AZEVEDO, João; GAGO, António; LAMAS, António | Edição | 2001 | ||
Évora | ESPANCA, Túlio | Edição | 1993 | Lisboa | Col. Cidades e Vilas de Portugal |
Inventário Artístico de Portugal, vol. VII (Concelho de Évora - volume I) | ESPANCA, Túlio | Edição | 1966 | Lisboa | O vol. II é totalmente dedicado às ilustrações. |
A Arquitectura do Renascimento em Portugal | HAUPT, Albrecht | Edição | 1986 | Lisboa | |
"Igreja e Convento de São Francisco de Évora: A sua conservação", A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (2ª Série), nº 6, 2002, pp. 113 - 139 | TERENO, Maria do Céu Simões | Edição | 2002 | Évora |
Igreja de São Francisco - Fachada principal: arcaria da galilé
Igreja de São Francisco - Fachada principal: registo superior
Igreja de São Francisco - Fachada principal: portal central
Igreja de São Francisco - Fachada principal: arquivoltas do portal central
Igreja de São Francisco - Fachada principal: galilé
Igreja de São Francisco - Fachada principal (arcaria da galilé)
Igreja de São Francisco - Fachada principal: gárgula da galilé
Igreja de São Francisco - Cabeceira (capela-mor) e envolvente urbanística
Igreja de São Francisco - Fachada lateral norte: registo superior do portal
Palacete Vilar de Allen
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