Igreja matriz de São Julião | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja matriz de São Julião | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja matriz de Setúbal / Igreja Paroquial de São Julião / Igreja de São Julião (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Setúbal/Setúbal/Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Setúbal | ||||||||||||
Concelho | Setúbal | ||||||||||||
Freguesia | Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Sem efeito, face ao despacho de arquivamento do procedimento de classificação do Edifício dos Paços do Concelho de Setúbal Proposta de 4-08-2011 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo para a fixação de uma ZEP conjunta do Edifício dos Paços de Concelho de Setúbal e da Igreja de São Julião | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Da primitiva igreja dedicada a S. Gião ou Julião, datada da segunda metade do século XIII e atribuída pela tradição ao empenho dos pescadores locais (PORTELA, M. Maria, 1882), apenas se sabe que esteve ligada através de uma tribuna aos paços contíguos de D. Jorge de Lencastre, Duque de Aveiro e Coimbra e Mestre da Ordem de Santiago, funcionando quase como sua capela privativa, até c. 1510. Em 1513 determina D. Manuel a ampliação desta igreja, bem como da igreja de Santa Maria da Graça, ambas paroquiais, obra a ser paga em parte pela população local, embora no caso presente o Mestre de Santiago tenha contribuído com 500$000 réis para os trabalhos. A ampliação veio a revelar-se de facto uma reconstrução total, não sem terem surgido vários imprevistos: durante os trabalhos deu-se a derrocada de uma nave, e houve necessidade de rebaixar outra (SILVA, J. Custódio Vieira, 1990, p. 70). O templo manuelino assim erguido sofreu por sua vez os efeitos do terramoto de 1531, não completamente conhecidos, mas que terão conduzido à segunda reconstrução do edifício, terminada por volta de 1570; alterada já boa parte da sua feição original, veio ainda a conhecer nova e extensa destruição aquando do cataclismo de 1755. É já no reinado de D. Maria que a igreja é reconstruída, pouco conservando hoje do templo quinhentista, à excepção dos dois portais manuelinos (o principal, a Ocidente, e o portal Norte), bem como a estreita porta que dá acesso à torre sineira. A igreja matriz de Setúbal é actualmente um edifício maneirista, com fachada principal rematada por simples mas elegante frontão contracurvado, sob o qual se rasga o portal principal manuelino, em arco conopial, muito mais simples do que o lateral. Este último, colocado na parede Norte como provavelmente estaria na disposição original, é um importante exemplo da arquitectura coeva, sendo inclusivamente comparado ao trabalho de Diogo de Boitaca na igreja setubalense do Mosteiro de Jesus e na Igreja do Mosteiro dos Jerónimos (SILVA, J. Custódio Vieira, 1990, p. 70). No interior, e segundo se pode deduzir das palavras de alguns cronistas, as três naves da igreja quinhentista estariam divididas por arcos ogivais assentes em pilares oitavados (SILVA, J. Custódio Vieira, 1990, p. 72); da reformulação maneirista resultaram os actuais arcos redondos sobre severas colunas de secção quadrada, com capiteis jónicos. As naves são cobertas por tecto de madeira. A capela-mor, oitocentista, é coberta por abóbada de lunetas e conserva o retábulo barroco, da mesma época dos azulejos que formam silhares nas naves laterais, retábulo esse que substituiu um anterior, realizado em 1716 por José Rodrigues Ramalho e destruído pelo terremoto, e que sucedera por sua vez ao retábulo manuelino, do qual resta a belíssima tábua Criação do Homem, atribuída à oficina de Gregório Lopes. Para além desta tábua, a igreja guarda ainda uma grande tela de Pedro Alexandrino, e várias peças de ourivesaria, incluindo um cofre dos Santos Óleos com o brasão de D. Jorge de Lencastre, evocando a antiga situação de proximidade deste templo, como já vimos, com o palácio do Duque de Aveiro e Mestre de Santiago. É mesmo provável que o retábulo quinhentista tenha sido encomenda da Ordem de Santiago. SML | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 10 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 8 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias... | PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de | Edição | 1990 | Lisboa | |
Monumentos de Portugal | BARBOSA, Inácio de Vilhena | Edição | 2000 | ||
Setúbal | SILVA, José Custódio Vieira da | Edição | 1990 | Lisboa | |
"Sobre o Manuelino de Setúbal", separata da revista Setúbal na História | PEREIRA, Fernando António Baptista | Edição | 1990 | ||
Noticia dos monumentos nacionaes e edificios e logares notaveis do concelho de Setubal | PORTELA, Manuel Maria | Edição | 1882 | ||
Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, IPPAR, vol. III | LOPES, Flávio | Edição | 1993 | Lisboa | |
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa | |
A arquitectura manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias... | FERREIRA, Pedro Augusto | Edição | 1990 | Lisboa |
Igreja de São Julião de Setúbal - Vista geral (fachadas lateral esquerda e principal)
Igreja de São Julião de Setúbal - Fachada principal
Igreja de São Julião de Setúbal - Fachada lateral esquerda: portal manuelino
Igreja de São Julião de Setúbal - Interior: nave central e capela-mor
Igreja de São Julião de Setúbal - Interior da capela-mor: retábulo-mor
Igreja de São Julião de Setúbal - Interior: nave central e coro-alto
Igreja de São Julião de Setúbal - Interior: arcaria da nave lateral do lado da Epístola
Igreja de São Julião de Setúbal - Interior: painel de azulejo representando o martírio dos santos proto-mártires
Igreja de São Julião de Setúbal - Planta com a delimitação, a ZP em vigor e a ZEP conjunta proposta pela DRCLVT
Igreja de São Julião de Setúbal - Fachada lateral esquerda
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