Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Anta de Cas-Freires
Designação
DesignaçãoAnta de Cas-Freires
Outras Designações / PesquisasAnta de Casfreires / Orca do Tanque / Anta de Casfreires (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Anta
TipologiaAnta
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViseu/Vila Nova de Paiva/Queiriga
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- - junto à povoação de Cas-Freires- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.828259-7.711603
DistritoViseu
ConcelhoVila Nova de Paiva
FreguesiaQueiriga
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaApesar das estruturas megalíticas povoarem o imaginário popular e a curiosidade de diletantes desde tempos imemoráveis, subsistindo a convicção de que os dolmens corresponderiam às necrópoles dos habitantes dos castros, a verdade é que o annus mirabilis da Arqueologia (1859) acrescentou algumas novidades, sobretudo no respeitante ao olhar sobre a antiguidade humana, remetendo-a para um período bastante anterior ao consagrado nas "Sagradas Escrituras".
Não surpreende, por isso, que a instituição, em meados da mesma centúria, no âmbito do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria (MOPCI), dos Serviços Geológicos evidenciasse, de alguma maneira, a reunião das condições imprescindíveis ao desenvolvimento da ainda incipiente ciência Arqueológica que, nas principais capitais europeias resultara entretanto na formação de sociedades, institutos e espaços museológicos que lhe eram inteiramente consagrados.
Mas apesar de ter sido essencialmente graças aos estudos geológicos que se deram, de forma concertada e sistemática, os primeiros passos no entendimento da pré-historicidade humana no actual território português, o trabalho desenvolvido pela Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portuguezes (RAACAP), formada em 1863, foi decisiva para o reconhecimento definitivo da Arqueologia, nomeadamente ao inventariar testemunhos pré-históricos, a par de outros ilustrativos da diversidade histórico-artística do país.
Na verdade, acreditamos que terá residido na conjugação de dois factores essenciais a institucionalização da política patrimonial entre nós.
Referimo-nos, em concreto, à publicação, a pedido do MOPCI, da primeira lista de estruturas antigas a merecerem a classificação de monumentos nacionaes, levada a cabo, justamente, pela RAACAP. Mas também nos reportamos à realização da Expedição Scientifica à Serra da Estrella, patrocinada pela "Sociedade de Geografia de Lisboa", no início dos anos oitenta, cuja secção de Arqueologia foi atribuída ao conhecido investigador vimarenense Francisco Martins de G. M. Sarmento (1833-1899). Iniciativas que incentivaram o estudo local e regional, ao mesmo tempo que um estudioso da envergadura de José Leite de Vasconcellos (1858-1941) a percorrer, entre outras regiões, a Beira Alta, em demanda de vestígios do passado, dos quais sobressaíam, sem dúvida, os megalíticos, até pela sua utilização política, embora sem a dimensão observada noutros países.
Não estranhará, por consequência, que o registo da tipologia megalítica que mais fascinava estes homens de finais de oitocentos-princípios de novecentos fosse a dolménica, integrando-se perfeitamente nas principais directrizes de trabalho delineadas pela Commissão dos Monumentos Nacionaes, num primeiro momento, e pelo Conselho Superior dos Monumentos Nacionaes, até à reforma dos serviços monumentais decretada pela República.
Alguns dos seus testemunhos acabariam por ser, assim, incluídos na primeira grande listagem dos "monumentos nacionais", decretada em 1910, onde os vestígios arqueológicos assumiram um estatuto legal equiparável às demais construções humanas.
Foi o caso da "Anta de Cas-Freires" (ou "Orca do Tanque"), um monumento funerário com câmara funerária, de planta poligonal, com cerca de dois metros e meio de diâmetro por dois de altura, composta de nove esteios inclinados para o seu interior, seis dos quais exibiam pinturas entretanto desaparecidas, embora ainda se observem, na respectiva laje de cobertura - ou "chapéu" - vestígios do ocre então utilizado, assim como "fossetes" (covinhas), cruzes e datas gravadas, estas últimas cronologicamente bastante mais recentes.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Desenvolvimento da hierarquização social e da metalurgia", Nova História de PortugalJORGE, Susana de OliveiraEdição1990Lisboavol. I - Portugal das Origens à Romanização, pp. 181-187
"A consolidação do sistema agro-pastoril", Nova História de PortugalJORGE, Susana de OliveiraEdição1990Lisboapp. 102-162
Para uma carta arqueológica do Concelho de SatãoVAZ, João Luís da InêsEdição1991Satão
Roteiro Arqueológico da Região de Turismo Dão LafõesVAZ, João Luís da InêsEdição1994Viseup. 206
"Características predominantes do grupo dolménico da Beira Alta", EthnosMOITA, Irisalva NóbregaEdição1966Lisboan.º 5, pp. 189-277
Guia de Portugal, Beira II - Beira Baixa e Beira AltaDIONÍSIO, Sant'AnaEdição1984Lisboa
Roteiro Arqueológico da Região de Turismo Dão LafõesPEDRO, Ivone dos Santos da SilvaEdição1994Viseup. 206
Roteiro Arqueológico da Região de Turismo Dão LafõesADOLFO, JorgeEdição1994Viseup. 206

IMAGENS

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt