Igreja dos Agostinhos | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja dos Agostinhos | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Mosteiro ou Convento de Santo Agostinho ou dos Agostinhos / Igreja de Nossa Senhora da Graça / Seminário de São José / Convento dos Agostinhos / Convento de Santo Agostinho / Panteão dos Duques de Bragança / Seminário de São José e Igreja de Nossa Senhora da Graça da Ordem de Santo Agostinho (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Túmulo | ||||||||||||
Tipologia | Túmulo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Vila Viçosa/Nossa Senhora da Conceição e São Bartolomeu | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||
Concelho | Vila Viçosa | ||||||||||||
Freguesia | Nossa Senhora da Conceição e São Bartolomeu | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 33 587, DG, I Série, n.º 63, de 27-03-1944 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Despacho de 6-01-2014 da diretora-geral da DGPC a devolver o processo à DRC do Alentejo para reanálise Proposta de 18-11-2013 da DRC do Alentejo para alteração da ZEP, no sentido de serem introduzidas restrições Portaria n.º 527/2011, DR, 2.ª série, n.º 88, de 6-05-2011 (com ZNA) (como o Centro Histórico de Vila Viçosa não está classificado, fixou a ZEP conjunta dos imóveis classificados e em vias de classificação do centro histórico de Vila Viçosa e revogou o diploma anterior) (ver Portaria) Portaria n.º 223/2010, DR, 2.ª série, n.º 57, de 23-03-2010 (fixou a ZEP conjunta do Centro Histórico de Vila Viçosa) (ver Portaria) Despacho de homologação de 12-06-2007 da Ministra da Cultura Parecer favorável de 31-05-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR Proposta de alteração de 21-02-2006 da DR de Évora Portaria n.º 214/91, DR 157, de 11-07-1991 (ZEP do conjunto formado pelo Paço Ducal, Igreja dos Agostinhos e Igreja e Claustro do Convento das Chagas) Portaria publicada no DG, 2.ª série, n.º 20, de 24-01-1961 (ZEP da Igreja dos Agostinhos) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria n.º 527/2011, DR, 2.ª série, n.º 88, de 6-05-2011 Portaria n.º 223/2010, DR, 2.ª série, n.º 57, 23-03-2010 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Fundado no reinado de D. Afonso III, o Mosteiro de Santo Agostinho, pertencente à Ordem dos Eremitas Calçados, foi a primeira casa de religiosos a ser instituída em Vila Viçosa. A sua edificação iniciou-se em 1267, e o templo monacal foi dedicado a Nossa Senhora da Graça (ESPANCA, Túlio, 1978). Depois da doação de Vila Viçosa à Casa de Bragança, a comunidade agostinha foi "(...) objecto de grande protecção ducal, concretizada em sucessivas reformas de engrandecimento da casa." (SOROMENHO, Miguel, 1997, p. 39). O primitivo templo de Nossa Senhora da Graça situava-se junto ao designado Terreiro de Santo Agostinho, mais a oeste da actual localização. No entanto, quando em 1502 o duque D. Jaime I deu início a obras de ampliação do Paço Ducal, decidiu que este edifício deveria ser reconstruído no exacto local onde estava implantada a Igreja dos Agostinhos. Desta forma, a estrutura do templo teve que ser alterada, e a sua fachada foi reedificada, passando a estar voltada para o novo Terreiro do Paço. Da estrutura primitiva da igreja subsistem alguns elementos originários da campanha de obras executada no primeiro quartel do século XVI, nomeadamente o refeitório, que indica uma "(...) opção pelo gosto tardo-gótico que informa os restos do paço ducal coevo, e que é patente também no vizinho Convento das Chagas (...)" (Idem, ibidem, p. 39). Ao reestruturar o templo agostinho, edificando a sua fachada em "perfeita correspondência" com o frontispício do paço ducal, a intenção de D. Jaime era transformar a Igreja de Nossa Senhora da Graça num "(...) verdadeiro panteão consagrado à perpetuação da memória dos Bragança." (Idem, ibidem, p. 40). No entanto, o desejo do duque D. Jaime só viria a materializar-se na centúria seguinte, quando em 1635 o duque D. João, futuro rei D. João IV, deu início a uma grande intervenção no espaço do templo, permitindo desta forma a edificação de um novo panteão familiar. Destaca-se no entanto que o mecenato do duque visava apenas "(...) renovar o panteão familiar, pensando-se o resto da obra como um trabalho complementar (...)" (Idem, ibidem, p. 41). Assim, só depois da morte do primeiro monarca da Dinastia de Bragança era concluída a obra da estrutura do templo. Apresentando um modelo inspirado em São Vicente de Fora (KUBLER, G., 1988, pp. 153-154), a igreja da Graça de Vila Viçosa desenvolve-se em planimetria rectangular de nave única, com capelas laterais intercomunicantes, transepto, e um cruzeiro que é rematado por cúpula octogonal. A fachada apresenta um modelo chão em que o corpo central é ladeado por duas robustas torres, possuindo um nártex onde foi edificado o portal principal. No espaço interior, também de linhas chãs muito depuradas, destaca-se o panteão dos Bragança, com os túmulos inseridos em edículas ladeadas por grandes pilastras jónicas. A maior parte dos jazigos está disposta nos lados da capela-mor, mas dois deles foram edificados nos topos do transepto. A estrutura deste panteão deriva evidentemente da obra executada por Jerónimo de Ruão na capela-mor de Santa Maria de Belém, na década de 60 do século XVI, para albergar os túmulos dos últimos monarcas da dinastia de Avis. Embora a corte ducal de Vila Viçosa fosse mecenas de alguns arquitectos, como é caso de Pero Vaz Pereira que trabalhou nas obras do paço, a autoria do projecto do panteão dos Bragança é atribuída a Teodósio de Frias (SOROMENHO, 1997, p. 42). Catarina Oliveira GIF/IPPAR/2005 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | Vila Viçosa, vila ducal renascentista | ||||||||||||
Nº de Imagens | 4 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A Arquitectura Portuguesa Chã - Entre as Especiarias e os Diamantes 1521-1706 | KUBLER, George | Edição | 1988 | Lisboa | |
«Mosteiros de Vila Viçosa», Cidade de Évora, nº 53/54 | ESPANCA, Túlio | Edição | |||
Inventário Artístico de Portugal - vol. IX (Distrito de Évora, Zona Sul, volume I) | ESPANCA, Túlio | Edição | 1978 | Lisboa | O vol. II é totalmente dedicado às ilustrações. |
Memórias de Vila Viçosa, vol. IV | ESPANCA, Pe. Joaquim da Rocha | Edição | 1987 | Vila Viçosa | Cadernos culturais da Câmara Municipal de Vila Viçosa, 32 |
Análise Preliminar das Anómalias Verificadas na Igreja dos Agostinhos em Vila Viçosa | Laboratório Nacional de Engenharia Civil | Edição | 1997 | ||
"Uma miragem real : O panteão dos Duques de Bragança na Igreja de Nossa Senhora da Graça do Convento de Santo Agostinho" , Monumentos, nº 6, pp. 38-43 | SOROMENHO, Miguel | Edição | 1997 | Lisboa |
Igreja dos Agostinhos - Fachada lateral direita: portal
Igreja dos Agostinhos - Fachada lateral direita: portal
Igreja dos Agostinhos - Portaria n.º 214/91, DR 157, de 11-07-1991- Texto e planta do diploma (novo diploma em 2010)
Igreja dos Agostinhos - Portaria publicada no DG, 2.ª série, n.º 20, de 24-01-1961 - Texto e planta do diploma (ver ZEP posteriores)