Casa da «Sempre Noiva» | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Casa da «Sempre Noiva» | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Solar de Sempre Noiva (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Casa | ||||||||||||
Tipologia | Casa | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Évora/Nossa Senhora da Graça do Divor | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||
Concelho | Évora | ||||||||||||
Freguesia | Nossa Senhora da Graça do Divor | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (o decreto localizou incorretamente o imóvel no concelho de Arraiolos, quando o mesmo se localiza no concelho de Évora), apesar de a cerca de 4 km de Arraiolos) (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A casa solarega da Sempre Noiva terá sido edificada na transição entre os séculos XV e XVI, por D. Afonso de Portugal, bispo eborense, que adquirira por escambo os terrenos antes pertencentes ao bispado. Ergue-se junto à vila de Arraiolos, na tranquilidade da ampla planície alentejana, mas suficientemente perto do centro de atracção da corte que representava então a cidade de Évora. A filha natural de D. Afonso, D. Beatriz ou Brites de Portugal, instituiu em 1531 o morgadio da Herdade da Sempre Noiva, encabeçado por seu irmão D. Francisco de Portugal, 1º Conde de Vimioso, razão porque o palácio foi também conhecido como solar dos Vimiosos. Quando D. Afonso aí mandou erguer a sua habitação, preciosa declinação mudéjar-manuelina do Tardo-gótico alentejano, terá aproveitado parte de uma edificação mais antiga, talvez mesmo datando ainda do século XIV. Este núcleo primitivo, centrado em torno de um torreão de dois pisos, constituiria apenas mais um capítulo da história do local, onde se encontram igualmente vestígios de uma ocupação romana de relevo. O palácio possui planta relativamente simples, constituída por um pavilhão rectangular de boas dimensões, que incluía os dois pisos inferiores de um torreão de três andares, e por um corpo alongado em ângulo com o primeiro, formado por uma pequena capela e por um alpendre abobadado de dois pisos, na fachada principal, prolongando-se em dois tramos para além do pavilhão de habitação. O alpendre abriga uma escadaria que dá acesso, no andar superior, à singela porta de entrada do piso nobre, em estilo manuelino. A capela, no extremo sul da galeria, abre para o exterior através de uma porta com dintel polilobado e decoração de boleados, cujo interior, de espaço unificado e coberto com abóbadas nervuradas, possui como elemento de interesse o facto de se elevar até ao piso habitacional do torreão contíguo, permitindo que a partir deste fosse possível assistir aos serviços religiosos. O piso térreo do pavilhão principal era ocupado por dependências de serviço, sendo todos os compartimentos (inclusivamente no piso nobre) cobertos com tectos de madeira. A excepção respeita aos dois pisos altos do torreão, cobertos por abóbadas estreladas. Mas o Paço da Sempre Noiva é particularmente interessante pelos elementos arquitectónicos do exterior, muito embora estes tenham sido, em boa parte, arrasados ou desvirtuados por obras realizadas no século XIX. Em termos estruturais, assistiu-se à demolição de uma torre, das ameias, e dos pináculos cilíndricos que rematavam a capela, ao modo de tantos outros exemplos alentejanos da época, e ainda à mutilação de várias janelas e revestimentos; em termos decorativos perdeu-se a rara ornamentação de frisos esgrafitados, que percorriam os cunhais do edifício. SML | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Palácios e solares portuguezes (Col. Encyclopedia pela imagem) | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 1900 | Porto | |
A Arquitectura do Renascimento em Portugal | HAUPT, Albrecht | Edição | 1986 | Lisboa | |
El mudejarismo en la arquitectura portuguesa de la epoca manuelina | PEREZ EMBID, Florentino | Edição | 1955 | Madrid | |
Solares Portugueses | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1988 | Lisboa | |
A Obra Silvestre e a Esfera do Rei | PEREIRA, Paulo | Edição | 1990 | Coimbra | |
A arquitectura manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia |
Casa da Sempre Noiva - Vista geral
Casa da Sempre Noiva - Vista parcial