Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castro da Cola
Designação
DesignaçãoCastro da Cola
Outras Designações / PesquisasCidade de Marrachique / Castelo da Cola (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Povoado Fortificado
TipologiaPovoado Fortificado
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBeja/Ourique/Ourique
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Estrada a cerca de 12 km a S de Ourique, próximo da Alcaria de Fernäo Vaz- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
37.579067-8.300582
DistritoBeja
ConcelhoOurique
FreguesiaOurique
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEPPortaria n.º 589/97, DR, II Série, n..º 178, de 4-08-1997 (sem restrições)
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914631
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA presente classificação refere-se ao importante sítio arqueológico do Castro da Cola, nas proximidades de Ourique.
Desde há largos séculos que este Castro tem sido objecto da curiosidade e estudo por parte de diversos investigadores, alguns dos quais chegaram, mesmo, a realizar o seu levantamento cartográfico. Na verdade, a primeira referência de que há memória em relação à existência destes vestígios arqueológicos, encontramo-la na obra do humanista português, André de Resende, que teria estado neste Castro no ano de 1573. Seria, no entanto, Abel Viana a dar início a um estudo sistemático destes vestígios arqueológicos, já em pleno século XX, com base em todo um imaginário popular da região eivado de lendas e tradições referentes à possível existência de tesouros das denominadas "mouras encantadas". As campanhas arqueológicas começaram, então, em 1958, tendo sido, infelizmente, interrompidas em 1964, no seguimento do falecimento deste nosso arqueólogo.
Embora tivesse tido uma ocupação desde o Neolítico até à época medieva, a parte mais significativa do espólio exumado na altura permite concluir que os períodos de maior actividade humana neste sítio terão decorrido ao longo da Idade do Ferro (representada pelos resquícios de uma curta espada de antenas, urnas cerâmicas e pela presença de diversas contas de colar realizadas, quer em vidro - de tipo fenício ou púnico -, quer em ouro) e, sobretudo, na Idade Média, com especial destaque para o período islâmico, do qual abundam inúmeros exemplos, tendo-se encontrado apenas dois fragmentos de lucernas relativos à ocupação romana, mas que não bastam para se falar de romanização deste povoado.
Quer pela análise do espólio encontrado durante as escavações correspondente ao período islâmico, quer pelo estudo da sua localização no terreno, e, sobretudo, pelo numeroso conjunto de artefactos conectados com a actividade da tecelagem (cujos padrões parecem obedecer a uma gramática decorativa aproximada à do mundo islâmico), poder-se-á concluir que o Castro da Cola constituiu um importante complexo comunitário, cuja base económica deveria repousar sobre uma economia essencialmente agro-pastoril, a condizer com o potencial da região envolvente.
Na realidade, estas potencialidades naturais explicarão o facto de serem conhecidas nesta vasta área geográfica diversas estações arqueológicas com vestígios ocupacionais desde o Neolítico até à Idade Média, numa evidência da sua ocupação contínua por parte de agricultores, pastores e mineiros, que aí encontraram as condições essenciais ao exercício das suas actividades e à sobrevivência das povoações onde viviam.
Do período islâmico fará, ainda, parte um conjunto bem representativo de cerâmica de variadísimas espécies, numerosas agulhas de fusos de fiação e cossoiros de chumbo, entre outros materiais. Além disso, reportar-se-á também a esta época, ou ao período imediatamente a seguir à Reconquista Cristã, a existência de um complexo sistema defensivo, do qual faziam parte uma fortificação principal e fortificações secundárias, bem como uma ampla área de habitat e diversas necrópoles.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens6
Nº de Bibliografias8

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Guia - Circuito Arqueológico da ColaCORREIA, Susana HelenaEdição2000Data do Editor : 2000
"A arqueologia militar muçulmana", História das Fortificações Portuguesas no MundoGOMES, Rosa M. Mendonça VarelaEdição1989Lisboa
Notas d'ArcheologiaPEREIRA, GabrielEdição1879Évora
"Excursões pelo Baixo Alentejo - 1897", O Archeologo PortuguêsVASCONCELOS, José Leite deEdição1933Lisboa
Notas históricas, arqueológicas e etnográficas do Baixo Alentejo IIVIANA, AbelFascículoPublicado a 1954 Volume : 11 Número : 1-4 Tipo : Revista
Nossa Senhora da ColaVIANA, AbelEdiçãoPublicado a 1961
Cerâmica muçulmana do Castro de Nossa Senhora da ColaMESTRE, Joaquim FerreiraEdição1992
"A Cerâmica de Verde e Manganés do Castro da Cola (Ourique)", Actas das 2ª Jornadas de Cerâmica Medieval e Pós Medieval. Métodos e resultados para o seu estudoMARTINEZ, Susana GomesEdição1998Data do Editor : 1998

IMAGENS

Castro da Cola - Muralha e vista do Santuário da Cola

Castro da Cola - Necrópole de Fernão Vaz, vista de um dos núcleos

Castro da Cola - Centro de Acolhimento e Interpretação

Castro da Cola - Interior do Centro de Acolhimento e Interpretação

Castro da Cola - Portaria n.º 589/97, DR, II Série, n..º 178, de 04-08-1997 - Texto e planta do diploma

Castro da Cola (DGEMN, 1964)

MAPA

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