Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo de Belmonte
Designação
DesignaçãoCastelo de Belmonte
Outras Designações / PesquisasCastelo de Belmonte (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCastelo Branco/Belmonte/Belmonte e Colmeal da Torre
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo do CasteloBelmonte Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.359259-7.348055
DistritoCastelo Branco
ConcelhoBelmonte
FreguesiaBelmonte e Colmeal da Torre
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 14 425, DG, I Série, n.º 228, de 15-10-1927 (ver Decreto)
ZEPPortaria de 15-11-1965, publicada no DG, II Série, n.º 179, de 3-08-1966 (com ZNA)
Zona "non aedificandi"Portaria de 15-11-1965, publicada no DG, II Série, n.º 179, de 3-08-1966
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913229
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaConstruído num inselberg, no extremo Norte da Cova da Beira, o Castelo de Belmonte é uma imponente construção em granito mandada edificar por D. Sancho I entre os finais do século XII e os inícios do século XIII, em pleno processo de consolidação da fronteira oriental do reino. As informações acerca da sua maior antiguidade (em particular a que relacionava uma primeira fase de povoamento com um oppidum romano), foram rejeitadas pelas recentes escavações arqueológicas, que não identificaram qualquer vestígio dessa época (MARQUES, 2001,pp. 485 e 494, nota 4).
O castelo românico implantou-se, muito provavelmente, sobre um primitivo povoado pré-românico, periférico e de escassa relevância política, mas que poderá ter sido dotado de muralha, como parece provar-se pelos vestígios de um alicerce e pela referência duocentista a um muro pré-existente (IDEM, pp.487-488).
Em 1199, no mesmo ano em que D. Sancho I transferiu a diocese da Egitânia para a Guarda, Belmonte foi dotado de foral régio, documento fundacional em que o monarca reconhece os direitos do bispo de Coimbra sobre a localidade. Em 1223, D. Sancho II confirmou este foral, devendo datar dessa época uma renovada atenção às obras de fortificação. António da Cunha Marques aponta para os meados do século XIII a definição do plano geral do castelo (IDEM, p.489), mas a verdade é que os resultados das escavações não são claros a respeito da cronologia exacta de algumas parcelas. Ou seja, permanece uma relativa dificuldade em identificar o que pertenceu ao castelo românico e o que, por ser já gótico, se deve atribuir à reforma dionisina, na viragem para o século XIV. O facto de a investigação ter encontrado uma extensa zona de aterro, que terá levado, mesmo, ao despovoamento parcial da área intra-muros (IDEM, p.489), é um indicador seguro da maior amplitude das obras góticas aqui realizadas. E o mesmo se poderá vir a concluir acerca do traçado oval do conjunto, mais característico da arquitectura militar gótica que da românica.
A torre de menagem é a principal estrutura dionisina do conjunto. Assente sobre uma sapata (ao contrário das muralhas) e realizada com grandes silhares bem aparelhados e siglados, ela adossa-se do lado Sul e protege a entrada principal no recinto. Ainda hoje, a sua imponência constitui uma das mais cenográficas panorâmicas da vila, com a sua planta quadrangular e um desenvolvimento vertical de três andares (marcados exteriormente por frestas e por duas portas na face voltada ao interior do castelo) e coroamento ameado.
Deslocada a fronteira mais para nascente, com o Tratado de Alcanices, Belmonte perdeu parte da sua importância estratégica. A nova ordem proporcionada pela dinastia de Avis, todavia, encarregou-se de dotar o castelo de renovada relevância. Seguindo uma prática comum à nobreza quatrocentista, parte do antigo recinto foi transformada em paço senhorial. Logo em 1397 ou 1398, D. João I nomeou como alcaide Luís Álvares Cabral. Foram diversas as obras então efectuadas. Do lado Sul, reconstruiu-se a actual entrada, em forma de cotovelo. Do lado oposto, reformou-se parte da muralha, adossando-se-lhe um torreão e deu-se nova forma à porta setentrional, nomeadamente através da inclusão de uma troneira (IDEM, p.491).
No reinado de D. Afonso V, criada a alcaidaria-mor de Belmonte e doado o título a Fernão Cabral, este nobre empreendeu a construção do seu paço. As obras deverão ter começado pela ala nascente, ao longo da muralha. Num segundo momento, edificou-se o corpo ocidental, mais regular e de duplo piso (IDEM, p.492). Desse período, data a janela manuelina mainelada, aberta no lado Sul, junto à torre de menagem, que se encontra encimada pelo brasão da família.
Alvo de um incêndio no final do século XVII, e perdida a função militar nos séculos seguintes, o castelo foi parcialmente restaurado na década de 40 do século XX. Recentemente, o IPPAR, em colaboração com a autarquia, adaptou-o a equipamento cultural.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens70
Nº de Bibliografias18

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Castelos da Raia Vol. I: BeiraGOMES, Rita CostaEdição1996Lisboa Tipo : Colecção - Arte e Património
Roteiro dos Monumentos Militares PortuguesesALMEIDA, João deEdição1948Lisboa
A gloriosa história dos mais belos castelos de PortugalPERES, DamiãoEdição1969Barcelos
Elementos para um inventário artístico do Distrito de Castelo BrancoSALVADO, AntónioEdição1976Castelo Branco
Levantamento arqueologico do Concelho de Belmonte.FRADE, Maria Helena SimõesEdiçãoPublicado a 1979
"Da Reconquista a D. Dinis", Nova História Militar de Portugal, vol. I, pp.21-161BARROCA, Mário JorgeEdição2003Lisboa
"Aspectos da evolução da arquitectura militar da Beira Interior", Beira Interior - História e Património, pp.215-238BARROCA, Mário JorgeEdição2000Guarda
Os castelos portugueses dos finais da Idade Média: presença, perfil, conservação, vigilância e comandoMONTEIRO, João GouveiaEdição1999Coimbra
Os mais belos castelos e fortalezas de PortugalGIL, JúlioEdição1986Lisboa
"Subsídios para a Carta Arqueológica do concelho de Belmonte", Beira Interior - História e Património, Actas das I Jornadas de Património da Beira Interior (1998), pp.351-359MARQUES, António Augusto da CunhaEdição2000Guarda
"Escavações arqueológicas no Castelo de Belmonte", Beira Interior - História e Património, Actas das I Jornadas de Património da Beira Interior (1998), pp.253-285MARQUES, António Augusto da CunhaEdição2000Guarda
"O castelo de Belmonte (Castelo Branco): resultados arqueológicos", Mil anos de fortificações na Península Ibérica e no Magrebe (500-1500), pp.485-495MARQUES, António Augusto da CunhaEdição2001Lisboa
Concelho de Belmonte - Memória e História. Estudo monográfico do concelho de BelmonteVARGAS, José ManuelEdição2001Belmonte
Forais de Belmonte. 1190-1510VARGAS, José ManuelEdição2001Belmonte
Subsídios para uma monografia da vila de BelmonteTAVARES, Joaquim CardosoEdição1982Belmonte
Subsídios para uma monografia da vila de BelmonteMARQUES, ManuelEdição1982Belmonte
Forais de Belmonte. 1190-1510MARQUES, ManuelEdição2001Belmonte
Belmonte. Terras de CabralMARQUES, ManuelEdição2001Belmonte
Concelho de Belmonte - Memória e História. Estudo monográfico do concelho de BelmonteMARQUES, ManuelEdição2001Belmonte
Os mais belos castelos e fortalezas de PortugalCABRITA, AugustoEdição1986Lisboa
Os castelos da Beira-Interior na defesa de Portugal (séculos XII-XVI)GONÇALVES, Luís Jorge RodriguesEdição1995Lisboa
Castelos em Portugal. Retrato do seu Perfil ArquitectónicoCORREIA, Luís Miguel Maldonado de VasconcelosEdição2010Coimbra

IMAGENS

Castelo de Belmonte - Vista geral de sul

Castelo de Belmonte - Fachada poente: janela manuelina do paço

Castelo de Belmonte - Fachada poente: vista geral

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: caminho da ronda do lado norte

Castelo de Belmonte - Focos de iluminação do anfiteatro

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação com protecção (interior do recinto)

Castelo de Belmonte - Fachada poente: janela manuelina do paço

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação

Castelo de Belmonte - Zona envolvente: poste de iluminação

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação com protecção

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação com protecção

Castelo de Belmonte - Medição de foco de iluminação encastrado no pavimento

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação com protecção

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação com protecção

Castelo de Belmonte - Interior: foco de iluminação

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação com protecção (interior do recinto)

Castelo de Belmonte - Central eléctrica (dijuntores)

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação encrastado no pavimento

Castelo de Belmonte - Focos de iluminação do anfiteatro

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação com protecção (interior do recinto)

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação com protecção

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação com protecção

Castelo de Belmonte - Fachada poente: pormenor do paramento junto da janela manuelina

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação com protecção

Castelo de Belmonte - Interior: foco de iluminação

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação encastrado no pavimento

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação com protecção

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação encastrado no pavimento

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação com protecção

Castelo de Belmonte - Caixa de electricidade

Castelo de Belmonte - Zona envolvente: poste de iluminação

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação encastrado no pavimento

Castelo de Belmonte - Interior: foco de iluminação

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação encastrado no pavimento

Castelo de Belmonte - Foco de iluminação com protecção (interior do recinto)

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: foco de iluminação

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: troneira (seteira)

Castelo de Belmonte - Fachada sul: balcão do paço

Castelo de Belmonte - Fachada poente: mataçães e janela manuelina do paço

Castelo de Belmonte - Vista da zona norte (entre ameias)

Castelo de Belmonte - Terraço: pedra de armas da família Cabral (sobre a porta voltada a sul)

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: caminho da ronda e torre de menagem (vista de norte)

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: intradorso da janela manuelina

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: anfiteatro e torre de menagem (vista de norte)

Castelo de Belmonte - Fachada sul: vista geral

Castelo de Belmonte - Zona envolvente a norte

Castelo de Belmonte - Terraço: porta sul com pedra de armas da família Cabral

Castelo de Belmonte - Fachada poente: vista geral

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: passagem descoberta do paço

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: pormenor da janela manuelina do paço

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: porta de passagem a sul

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: janela manuelina do paço

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: vista parcial a partir da passagem descoberta a sul

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: janela poente do paço

Castelo de Belmonte - Interior do paço: arco na zona de recepção

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: passagem descoberta e torre de menagem

Castelo de Belmonte - Fachada sul: ombreira de janela quinhentista

Castelo de Belmonte - Torre de menagem: arco da porta de acesso

Castelo de Belmonte - Vista poente da vila (a partir do castelo)

Castelo de Belmonte - Fachada sul: balcões do paço

Castelo de Belmonte - Pedra de armas

Castelo de Belmonte - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 179, de 03-08-1966 - Texto e planta do diploma

Castelo de Belmonte - Vista geral de sul (DGEMN, 1959)

Castelo de Belmonte - Fachada poente: torre de menagem e janela manuelina (DGESBA, 1970)

Castelo de Belmonte - Fachada poente: janela manuelina do paço (DGESBA, 1970)

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: torre de menagem e janela manuelina do paço (DGESBA, 1970)

Castelo de Belmonte - Interior do paço: passagem descoberta a sul (DGESBA, 1970)

Castelo de Belmonte - Interior do recinto: torre de menagem vista da passagem descoberta a sul (DGESBA, 1970)

Castelo de Belmonte - Interior: pedra de armas da família Cabral (DGESBA, 1970)

MAPA

Abrir

Palacete Vilar de Allen
Rua António Cardoso, nº 175
4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920

Tel. +351 226 000 454
geral@patrimoniocultural.gov.pt