Jardim Botânico de Lisboa | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Jardim Botânico de Lisboa | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Jardim Botânico da Faculdade de Ciências / Jardim Botânico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / Observatório Astronómico da Faculdade de Ciências (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Jardim | ||||||||||||
Tipologia | Jardim | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/Santo António | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||
Freguesia | Santo António | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 18/2010, DR, 1.ª série, n.º 250, de 28-12-2010 (ver Decreto) Despacho de homologação de 2-11-1999 do Ministro da Cultura Despacho de concordância de 13-10-1999 do vice-presidente do IPPAR Proposta de 8-10-1999 da DR de Lisboa do IPPAR para ampliação da área a classificar, de forma a abranger o "jardim mexicano" Edital N.º 21/73 de 1-02-1973 da CM de Lisboa Despacho de homologação de 7-08-1970 do Subsecretário de Estado da Administração Escolar Proposta de 31-07-1970 da 4.ª Subsecção da 2.ª Secção da JNE a propor a classificação como MN | ||||||||||||
ZEP | Em 4-01-2019 foi solicitado à CM de Lisboa o envio de parecer sobre a proposta Despacho de concordância de 7-12-2018 da diretora-geral da DGPC Proposta de 23-11-2018 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para a ZEP do Núcleo principal da antiga Escola Politécnica - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, do jardim Botânico de Lisboa e do Picadeiro do antigo Colégio dos Nobres Portaria n.º 221/2013, DR, 2.ª série, n.º 72, de 12-04-2013 (sem restrições) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 24-10-2012 do diretor-geral da DGPC Declaração de retificação n.º 812/2012, DR, 2.ª série, n.º 123, de 27-06-2012 (retificou a data da classificação) (ver Declaração) Anúncio n.º 12828/2012, DR, 2.ª série, n.º 114, de 14-06-2012 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 20-04-2012 do diretor-geral da DGPC Parecer favorável de 26-03-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 5-03-2012 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913329 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Jardim O Jardim Botânico de Lisboa implanta-se em cerca de 4ha da encosta nascente do Monte do Olivete, numa zona consolidada como urbana. Destinado ao "ensino da Botânica" e "princípios da Agricultura" insere-se no complexo que abrange o edifício da antiga Escola Politécnica, laboratórios, herbário, biblioteca, portarias, estufas, anexos e ainda os observatórios meteorológico e astronómico. Regia-se pelas correntes científicas de oitocentos integrando a Classe que ocupou a antiga quadra centrada por um lago, em torno do qual se desenvolvem os canteiros da coleção, e o Arboretum que desce pela encosta e se distingue da anterior por um muro de suporte, vencido por uma elegante escadaria dupla. É dominado por árvores de grande porte, organizadas em canteiros biomórficos contornados por caminhos sinuosos de macadame, delimitados por valetas e interrompidos por escadas calcetadas a vidraço e basalto. Minas e galerias abastecem riachos, cascatas e lagos artificiais. Reconhecido pelas alamedas de exóticas e pelos cenários românticos, nele estão representadas cerca de 1500 espécies, destacando-se as coleções de palmeiras, araucárias, cicadáceas, catos e bambus, além de exemplares da Nova Zelândia, Austrália, China, Japão e América do Sul. História O jardim inscreve-se na cerca do extinto Colégio dos Nobres, que sucedeu em 1761 ao noviciado jesuíta da Cotovia. A lei de 1837 advertia a necessidade da Escola Politécnica ter um jardim botânico. A afetação do Jardim Botânico da Ajuda não se revelou prática, admitindo-se em 1840 a urgência da construção de um novo. Em 1842 José Maria Grande, lente de Botânica e Princípios de Agricultura, realizou a previsão dos trabalhos para a sua instalação na cerca, adiada pelas vicissitudes que ultrapassaram o seu sucessor, João de Andrade Corvo. A comissão responsável por este plano foi nomeada em 1854. Em 1873 o Conde de Ficalho, lente substituto, deu novo impulso ao projeto confrontando-se com os "obstáculos que havia a vencer para implantar num terreno quasi inculto um jardim botânico", referidos por Andrade Corvo, diretor interino da escola. Edmond Goeze, botânico então contratado, ocupou-se da organização da Classe, onde estavam representadas dicotiledóneas e gimnospérmicas, ordenadas criteriosamente pelos Prodromus de Candolle e Genera Plantarum de Bentham e Hooker, remetendo as monocotiledóneas para um talhão inferior. Programou a ocupação da restante cerca. Data desta fase a escadaria dupla e uma sofisticada estufa, concluída em 1877. Jules Daveau, jardineiro-chefe entre 1876-92, centrou-se na organização do Arboretum e respetivo sistema de rega, na construção das peças de água e na troca de sementes e plantas com jardins nacionais e internacionais. Elaborou o primeiro Index Seminum. O jardim foi inaugurado a 1878, continuando as obras. A violência das explosões na abertura do Túnel do Rossio (1887) teve graves repercussões no jardim. Nas indemnizações incluiu-se a construção do lago grande. Henri Cayeux, jardineiro-chefe de 1892 a 1909, introduziu e cultivou ornamentais, difundidas em exposições periódicas. Ao longo do séc. XX a gestão do jardim foi condicionada sobretudo pela falta de recursos, encerrando temporariamente ao público. Sob a direção de António Pereira Coutinho construiu-se a Casa das Sementes e, por decisão aprovada a 1917, substituíram-se os plátanos das entradas por palmeiras de leque do México (Washingtonia robusta H. A. Wendland). Sucedeu no cargo Rui Telles Palhinha, professor a quem se atribui a construção do palmário (1926) e a reforma da coleção botânica, privilegiando conjuntos ecológicos. O edifício do herbário foi concluído em 1941, ano em que um ciclone devastou o jardim. Sendo diretor Flávio Pinto Resende, substituiu-se a antiga estufa arruinada por outra, finalizada em 1966. Rita Basto (estágio curricular AP), Mário Fortes e Teresa Portela Marques (orientadores de estágio) DGPC, 2015. | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Núcleo principal da antiga Escola Politécnica - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 13 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 1 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"História do Jardim Botânico da Universidade de Lisboa", Separata do Guia do Jardim Botânico da Faculdade de Ciências de Lisboa | TAVARES, C. N. | Edição | 1967 | Porto |
Jardim Botânico da Faculdade de Ciências - Vista parcial do jardim formal com o lago
Jardim Botânico da Faculdade de Ciências - Vista parcial com a escadaria
Jardim Botânico da Faculdade de Ciências - Vista parcial da zona de separação entre o Jardim e o arboreto
Jardim Botânico da Faculdade de Ciências - Zona de acesso
Jardim Botânico da Faculdade de Ciências - Observatório Astronómico: vista geral
Jardim Botânico da Faculdade de Ciências - Observatório Astronómico: vista parcial
Jardim Botânico da Faculdade de Ciências - Terraço do Observatório Astronómico
Jardim Botânico da Faculdade de Ciências - Estufa de madeira (pavilhão existentes no Jardim)
Jardim Botânico da Faculdade de Ciências - Edifícios existentes junto ao lago principal
Jardim Botânico da Faculdade de Ciências - Edifício localizado junto ao lago principal
Jardim Botânico da Faculdade de Ciências - Planta com delimitação do conjunto e outras servidões do património cultural
Jardim Botânico da Faculdade de Ciências - Planta com a delimitação e a ZEP proposta pela DRCLVT e a SPAA do CNC (a ZEP só entra em vigor após a publicação da portaria no DR)
Jardim Botânico de Lisboa - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor
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