Palácio Bivar | |||||||||||||||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||||||||||||||
Designação | Palácio Bivar | ||||||||||||||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Palácio Bívar (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Palácio | ||||||||||||||||||||||||||||
Tipologia | Palácio | ||||||||||||||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Faro/Faro (Sé e São Pedro) | ||||||||||||||||||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||||||||||||||||||
Distrito | Faro | ||||||||||||||||||||||||||||
Concelho | Faro | ||||||||||||||||||||||||||||
Freguesia | Faro (Sé e São Pedro) | ||||||||||||||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||||||||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 5/2002, DR, I Série-B. n.º 42, de 19-02-2002 (ver Decreto) | ||||||||||||||||||||||||||||
ZEP | |||||||||||||||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Ocupa o gaveto das Ruas Conselheiro Bivar (antes Rua Direita), 1.º de Maio e Travessa de Arcos; constitui o melhor exemplar da arquitectura Neo-Clássica no Algarve. Em 1740, e nas duas décadas seguintes, no local onde ele hoje se ergue, ao princípio da rua que então se chamava "Direita", havia uns armazéns que o terremoto arruinou. Em 1775 o "Rol dos confessados da freguesia de São Pedro" regista o nome do Capitão Manuel José Gomes (de seu nome completo Manuel José Gomes da Costa); no ano seguinte regista-o com 11 pessoas em casa: 3 caixeiros, 3 criados, 2 criadas, uma ama e sua filha e um hortelão. Em 1793, sendo já Marechal de Campo, Coronel de Milícias e Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo, aparece no Rol sua Mulher, D. Maria Francisca da Paz de Bivar Albuquerque de Mendonça e Weinholtz, com 15 criadas e criados e o assistente José Maria. Em 1794 o mesmo Manuel José Gomes da Costa compra a João Lamprière e sua mulher D. Ana Isabel "várias propriedades sitas na Rua do Arco e a do Pocinho" (actuais Travessa dos Arcos e Rua do Prior), nomeadamente "um armazém com uma adega e potes de azeite, um fumeiro e quintal com suas árvores e poço e sua casas arrimadas", conjunto que partia do Nascente com a rua do Pocinho e Sul com a Rua do Arco, pelo que seria a parte que veio a ser incorporada no Palácio, para além dos arcos ou passadiços mandados fazer pelo novo proprietário, como consta de documentos existente no Arquivo da Casa. Do que precede se conclui que o corpo principal do palácio já nessa época estaria construído, possivelmente a partir de cerca de 1775/6, ano da referência acima no rol de confessados. O Palácio propriamente dito está ligado nas traseiras a uma série de casas incluídas na propriedade, abrangendo todo o quarteirão; faziam também parte dele as referidas casas que estão para além da Travessa dos Arcos. As informações disponíveis indicam também que, no dia 21 de Dezembro de 1815, o tenente coronel de milícias, reformado, D. Fernando Maria de Mendonça Pessanha Mascarenhas, então casado com D. Maria da Paz de Bivar (de quem foi o segundo marido), contratou com José António Vidal, mestre canteiro, "toda a cantaria que preciso fosse para a obra que o mesmo pretende fazer constante do risco que se acha na mão do mesmo, sendo lavrada com a melhor perfeição possível à excepção do dito pórtico, porque este não fica na conta dele" por 748$000 réis. Curiosamente, no ano seguinte, o casal pede emprestado 1.400$000 destinando-se, possivelmente, esta verba a concluir os melhoramentos no Palácio. Já nessa altura a casa seria conhecida por "Palácio de D. Maria da Paz", como figura em documentos e plantas da época, sendo posteriormente fixada a designação "Palácio Bivar", nome que mais correntemente identifica a família até hoje proprietária do imóvel, descendente de D. Maria da Paz e do seu primeiro Marido. Este edifício de dois pisos, de composição simétrica, regista, no andar nobre, treze janelas de sacada com molduras rematadas por frontões triangulares. O eixo apresenta um exuberante portal, janela de sacada e uma torre-mirante, construída posteriormente. De realçar, ainda, o vestíbulo, com um pátio de calçada à portuguesa, reconstruída em 1863, em que, na cobertura dos lanços das escadas que conduzem ao andar nobre, se ostenta o brasão dos Bivar, cuja pintura foi executada por um dos descendentes dos primeiros proprietários, o Dr. Justino de Bivar Weinholtz. Uma parte do edifício continua a servir de residência aos descendentes dos primeiros proprietários e a restante é ocupada por diversos serviços. (Adaptado de: Francisco Lameira, Faro Edificações Notáveis, Câmara Municipal de Faro,1997, p.62,63; José António Pinheiro e Rosa, Monumentos e edifícios notáveis do Concelho de Faro, Câmara Municipal de Faro, 1985, A Família Bivar de Faro e o seu Palácio, separata de "O Algarve", Faro, 1986) | ||||||||||||||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Café AliançaEdifício na Rua São Pedro, 12 | ||||||||||||||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||||||||||||||
Nº de Imagens | 4 | ||||||||||||||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 1 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
Faro. Edificações Notáveis | LAMEIRA, Francisco | Edição | 1995 | Faro |
Palácio Bivar - Fachada principal
Palácio Bivar - Fachada principal: portal
Palácio Bivar - Interior: escadaria e átrio de entrada
Palácio Bivar - Pintura do tecto da entrada principal do palácio, representando as armas da família, gentilmente cedida por António de Bivar Weinholz