Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Palácio Bivar
Designação
DesignaçãoPalácio Bivar
Outras Designações / PesquisasPalácio Bívar (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Palácio
TipologiaPalácio
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaFaro/Faro/Faro (Sé e São Pedro)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua 1.º de MaioFaro Número de Polícia: 1
Rua do PriorFaro Número de Polícia: 11-19
Rua Conselheiro BivarFaro Número de Polícia: 2-14
Travessa José CoelhoFaro Número de Polícia: 2
Travessa dos ArcosFaro Número de Polícia: 2-11
LATITUDE LONGITUDE
37.016893-7.93533
DistritoFaro
ConcelhoFaro
FreguesiaFaro (Sé e São Pedro)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 5/2002, DR, I Série-B. n.º 42, de 19-02-2002 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaOcupa o gaveto das Ruas Conselheiro Bivar (antes Rua Direita), 1.º de Maio e Travessa de Arcos; constitui o melhor exemplar da arquitectura Neo-Clássica no Algarve. Em 1740, e nas duas décadas seguintes, no local onde ele hoje se ergue, ao princípio da rua que então se chamava "Direita", havia uns armazéns que o terremoto arruinou. Em 1775 o "Rol dos confessados da freguesia de São Pedro" regista o nome do Capitão Manuel José Gomes (de seu nome completo Manuel José Gomes da Costa); no ano seguinte regista-o com 11 pessoas em casa: 3 caixeiros, 3 criados, 2 criadas, uma ama e sua filha e um hortelão. Em 1793, sendo já Marechal de Campo, Coronel de Milícias e Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo, aparece no Rol sua Mulher, D. Maria Francisca da Paz de Bivar Albuquerque de Mendonça e Weinholtz, com 15 criadas e criados e o assistente José Maria. Em 1794 o mesmo Manuel José Gomes da Costa compra a João Lamprière e sua mulher D. Ana Isabel "várias propriedades sitas na Rua do Arco e a do Pocinho" (actuais Travessa dos Arcos e Rua do Prior), nomeadamente "um armazém com uma adega e potes de azeite, um fumeiro e quintal com suas árvores e poço e sua casas arrimadas", conjunto que partia do Nascente com a rua do Pocinho e Sul com a Rua do Arco, pelo que seria a parte que veio a ser incorporada no Palácio, para além dos arcos ou passadiços mandados fazer pelo novo proprietário, como consta de documentos existente no Arquivo da Casa.
Do que precede se conclui que o corpo principal do palácio já nessa época estaria construído, possivelmente a partir de cerca de 1775/6, ano da referência acima no rol de confessados. O Palácio propriamente dito está ligado nas traseiras a uma série de casas incluídas na propriedade, abrangendo todo o quarteirão; faziam também parte dele as referidas casas que estão para além da Travessa dos Arcos.
As informações disponíveis indicam também que, no dia 21 de Dezembro de 1815, o tenente coronel de milícias, reformado, D. Fernando Maria de Mendonça Pessanha Mascarenhas, então casado com D. Maria da Paz de Bivar (de quem foi o segundo marido), contratou com José António Vidal, mestre canteiro, "toda a cantaria que preciso fosse para a obra que o mesmo pretende fazer constante do risco que se acha na mão do mesmo, sendo lavrada com a melhor perfeição possível à excepção do dito pórtico, porque este não fica na conta dele" por 748$000 réis. Curiosamente, no ano seguinte, o casal pede emprestado 1.400$000 destinando-se, possivelmente, esta verba a concluir os melhoramentos no Palácio. Já nessa altura a casa seria conhecida por "Palácio de D. Maria da Paz", como figura em documentos e plantas da época, sendo posteriormente fixada a designação "Palácio Bivar", nome que mais correntemente identifica a família até hoje proprietária do imóvel, descendente de D. Maria da Paz e do seu primeiro Marido.
Este edifício de dois pisos, de composição simétrica, regista, no andar nobre, treze janelas de sacada com molduras rematadas por frontões triangulares. O eixo apresenta um exuberante portal, janela de sacada e uma torre-mirante, construída posteriormente. De realçar, ainda, o vestíbulo, com um pátio de calçada à portuguesa, reconstruída em 1863, em que, na cobertura dos lanços das escadas que conduzem ao andar nobre, se ostenta o brasão dos Bivar, cuja pintura foi executada por um dos descendentes dos primeiros proprietários, o Dr. Justino de Bivar Weinholtz.
Uma parte do edifício continua a servir de residência aos descendentes dos primeiros proprietários e a restante é ocupada por diversos serviços.
(Adaptado de: Francisco Lameira, Faro Edificações Notáveis, Câmara Municipal de Faro,1997, p.62,63; José António Pinheiro e Rosa, Monumentos e edifícios notáveis do Concelho de Faro, Câmara Municipal de Faro, 1985, A Família Bivar de Faro e o seu Palácio, separata de "O Algarve", Faro, 1986)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCafé AliançaEdifício na Rua São Pedro, 12
Outra Classificação
Nº de Imagens4
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Faro. Edificações NotáveisLAMEIRA, FranciscoEdição1995Faro

IMAGENS

Palácio Bivar - Fachada principal

Palácio Bivar - Fachada principal: portal

Palácio Bivar - Interior: escadaria e átrio de entrada

Palácio Bivar - Pintura do tecto da entrada principal do palácio, representando as armas da família, gentilmente cedida por António de Bivar Weinholz

MAPA

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