Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Forte da Meia Praia
Designação
DesignaçãoForte da Meia Praia
Outras Designações / PesquisasForte de São Roque de Lagos / Forte da Meia Praia / Forte de São Roque (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Forte
TipologiaForte
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaFaro/Lagos/São Gonçalo de Lagos
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Estrada da Meia Praia, junto à EN 125, ao km 3Lagos Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
37.117471-8.647347
DistritoFaro
ConcelhoLagos
FreguesiaSão Gonçalo de Lagos
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 182/2015, DR, 2.ª série, n.º 52, de 16-03-2015 (voltou a classificar o imóvel) (ver Portaria)
Portaria n.º 116/2015, DR, 2.ª série, n.º 35, de 19-02-2015 (revogou a portaria anterior, por o preâmbulo conter algumas imprecisões topográficas e arquitetónicas) (ver Portaria)
Portaria n.º 41/2014, DR, 2.ª série, n.º 14, de 21-01-2014 (ver Portaria)
Procedimento (indevidamente) prorrogado até 31-12-2011 pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Novo despacho de homologação de 31-05-1973 do Secretário de Estado da Instrução e Cultura
Novo parecer de 4-05-1973 da JNE a confirmar a proposta de clasificação como IIP
Despacho de homologação de 13-10-1956 do Subsecretário de Estado da Educação Nacional
Parecer de 12-10-1956 da JNE a propor a classificação como IIP
ZEPDevolvido à DRC do Algarve por despacho de 2.-04-2014 do diretor-geral da DGPC, para reanálise
Parecer favorável de 7-11-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 2-02-2011 da DRC do Algarve
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914629
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Implantado num pequeno monte sobre a Meia Praia, em plena baía de Lagos, o Forte de São Roque da Meia Praia apresenta um esquema planimétrico simples, de desenho quadrangular formado por paredes autoportantes cujas cantarias são percorridas, a toda a volta, por um cordão de cantaria. Na cortina orientada a norte foram implantados dois meios baluartes nas extremidades, os únicos da fortificação, e ao centro rasga-se o portal principal, que permite o acesso ao interior. No interior resta apenas uma dependência, de dois pisos, que atualmente ultrapassa a altura das muralhas.
O plano aqui adotado aproxima-se do desenho da fortificação quadrangular da Ponta da Bandeira, localizada na praia de Lagos, sendo de dimensões mais modestas.
História
O Forte de São Roque da Meia Praia foi erigido entre 1671 e 1675, durante o período de regência do futuro D. Pedro II, quando era governador do Reino do Algarve o 1.º Conde de Pontével D. Nuno da Cunha de Ataíde. Sobre o portal existia originalmente uma lápide alusiva a esta obra, mencionando o Conde de Pontével como seu promotor, que até ao ano de 1945 ainda era visível.
A construção desta fortaleza decorreu certamente da longa reforma da defesa da costa portuguesa que foi encetada depois de 1640, durante a qual o Algarve foi guarnecido com a edificação de numerosos fortes ao longo de toda a linha marítima, de Castro Marim à ponta de Sagres.
A escolha da sua implantação, elevado e ao centro da baía, prendeu-se com a relativa proximidade da ribeira de Odiáxere e, sobretudo, com a imediação em relação a Lagos. Deste modo, a pequena fortaleza complementava o dispositivo militar da cidade.
A estrutura do forte sofreu graves danos provocados pelo terramoto de 1 de Novembro de 1755, que segundo os relatos da época levaram à ruína de uma "quarta parte da sua extensão" (CALIXTO, Carlos: 1992, p. 45). A reconstrução foi-se arrastando pelas décadas seguintes, e em consequência a pequena fortaleza nunca mais terá atingido a importância que teria quando da sua edificação; de facto, dez anos depois do sismo regista-se que ainda não haviam sido reconstruídos os aquartelamentos e o armazém da pólvora. Somente em 1795, quarenta anos depois do cataclismo, se dava por concluída a recuperação da estrutura.
No entanto, de pouco terá valido a finalização da obra já que ao tempo das Guerras Liberais o forte estava destruído e abandonado. Um levantamento de obras necessárias no local executado na década de 1840 dá conta que os trabalhos de reconstrução a realizar seriam de grande vulto, sendo necessário proceder à desobstrução de grande parte das muralhas, o que indicia que o abandono da fortaleza era já estrutural.
Nos anos finais do século XIX o espaço passou para a Alfândega de Faro, que aqui instalou um ponto de fiscalização da sua Guarda. Ao longo do século XX verificaram-se várias tentativas para rentabilizar e preservar o espaço, que acabariam por não se concretizar.
A própria classificação do imóvel, reconhecendo o seu valor patrimonial, cultural e de memória foi atribulada, com um longo processo administrativo iniciado em 1956 que conheceu avanços e recuos. Finalmente, em 2015 o Forte da Meia Praia foi classificado como de interesse público.
Catarina Oliveira
DGPC, 2022
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens4
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Roteiro dos Monumentos Militares PortuguesesALMEIDA, João deEdição1948Lisboa
Dinâmica defensiva da costa do Algarve. Do período islâmico ao século XVIIICOUTINHO, ValdemarEdição2001Portimão
Castelos, fortalezas e torres da região do AlgarveCOUTINHO, ValdemarEdição1997Faro
Algarve - Castelos, Cercas e FortalezasMAGALHÃES, NatérciaEdição2008Faro
História das fortificações marítimas da Praça de Guerra de LagosCALLIXTO, Carlos PereiraEdição1992Lagos

IMAGENS

Forte da Meia Praia - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor

Forte da Meia Praia - Planta com a delimitação e a ZP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP

Forte da Meia Praia - Vista geral

Forte da Meia Praia - Planta com a delimitação e a ZEP proposta pela DRCA e a SPAA do CNC (a ZEP só entra em vigor após a publicação da portaria no DR)

MAPA

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