Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Padrão de D. João I
Designação
DesignaçãoPadrão de D. João I
Outras Designações / PesquisasPadrão de São Lázaro / Cruzeiro de São Lázaro / Padrão dos Pombais / Padrão de Aljubarrota (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Padrão
TipologiaPadrão
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBraga/Guimarães/Guimarães (São Paio)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua D. João ICreixomil Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.441496-8.301026
DistritoBraga
ConcelhoGuimarães
FreguesiaGuimarães (São Paio)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEPPortaria de 11-04-1958, publicada no DG, II Série, n.º 195, de 21-08-1958 (com ZNA)
Zona "non aedificandi"Portaria de 11-04-1958, publicada no DG, II Série, n.º 195, de 21-08-1958
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181501
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO Padrão de D. João I, na rua do mesmo nome, está situado junto da Capela de São Lázaro, onde existiu um lazareto ou gafaria, motivo pelo qual é por vezes invocado como Padrão de São Lázaro. O monumento teria sido erguido em comemoração da vitória na Batalha de Aljubarrota, ou ainda, segundo versões menos plausíveis, pelo sucesso bastante posterior na tomada de Ceuta. De acordo com alguns autores, D. João I entrou em Guimarães ainda em 1386, imediatamente após o retorno de Aljubarrota, vindo de Lamego (GUIMARÃES, Alfredo, 1953); chegado à vila, rezam as crónicas que o monarca, descalço e rodeado pelo seu séquito, terá realizado uma romagem para cumprir o voto feito a Santa Maria de Guimarães, imagem venerada nas vésperas da contenda, em cuja colegiada entregou parte de sua armadura de combate e alguns valiosos despojos tomados ao inimigo, incluindo um cordão em oiro com comprimento igual à distância que separa o padrão então erguido do já existente Padrão do Salado, também destinado a celebrar uma vitória militar sobre os Castelhanos, e término da peregrinação régia. Nesse mesmo ano, ou no ano seguinte, começar-se-ia a levantar o novo padrão, a par das obras da colegiada de Guimarães, então encetadas, e destinadas a remodelar o importante centro de peregrinação que representava a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira. As obras da colegiadas estão atribuídas ao mestre de pedraria João Garcia de Toledo, antigo vedor das obras do reinado de D. Fernando, e em cuja órbita talvez se pudesse igualmente localizar a obra do padrão de Aljubarrota.
De qualquer forma, não é seguramente o padrão quatrocentista original que podemos admirar hoje ao fundo da rua de D. João I, apesar de não existir qualquer registo conhecido da sua substituição pelo actual, obra formalmente datável da primeira metade do século XVI, e possivelmente elaborada na sequência da confirmação do foral de Guimarães por D. Manuel, em 1517. Está abrigado sob um robusto alpendre quadrangular, composto por um entablamento de estilo dórico, bem adequado ao carácter comemorativo do monumento, apoiado em quatro pilares de fustes lisos, erguidos sobre uma base cujo acesso se faz por degraus deitando para a rua. O cruzeiro consta de um calvário sobre o qual se levanta o crucifixo, com braços oitavados e faces decoradas com motivos proto-renascentistas, sendo as terminações do braço horizontal rematadas por gordos cogulhos vegetalistas de cariz tardo-gótico. Uma das faces da cruz ostenta a figura de Cristo sob baldaquino, e a outra uma Pietá, ou Nossa Senhora da Piedade, invocação relacionada com algumas lendas pitorescas de Guimarães, e particularmente cara a toda a espiritualidade medieval, até à primeira metade de Quinhentos: o ciclo da Paixão da Virgem, oferecido como tema de contemplação a par da Paixão de Cristo. A relação entre este cruzeiro e o do Salado é ainda reforçada pela iconografia, sendo de realçar que ambos estão inseridos em monumentais alpendres, reforçando a sua presença como marcos urbanos e símbolos da cidade. Ainda no caso do Padrão de D. João I, note-se que o citado alpendre é já obra plenamente renascentista, se não mesmo mais tardia; para além da utilização algo erudita da ordem dórica, veja-se o interior desta curiosa micro-arquitectura, semelhante a um tempietto clássico, mas de feição sobretudo civil e militar, com cúpula lisa, e trompas de ângulo compostas por grandes vieiras. SML
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCentro Histórico de Guimarães e Zona de Couros
Outra ClassificaçãoRua de D. João I
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Guimarães - guia de turismoGUIMARÃES, AlfredoEdição1953
Guimarães - roteiro turísticoFONTE, Barroso daEdição1995GuimarãesFotografias de José Bastos
Roteiro de GuimarãesCARVALHO, António Lopes deEdição1923
"Cruzeiros de Portugal" - Separata da Revista Brotéria, vol. XIV, fasc. 2 e 3, Fev-Mar. 1932CHAVES, LuísEdição1932Lisboa

IMAGENS

Padrão de D. João I - Vista geral

Padrão de D. João I - Cruz de remate e cobertura do alpendre

Padrão de D. João I - Cruz de remate

Padrão de D. João I - Pormenor da cruz de remate com imagem de Cristo crucificado

Padrão de D. João I - Vista geral lateral

MAPA

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