Castelo de Penas Róias | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Penas Róias | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Penas Róias (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Bragança/Mogadouro/Penas Roias | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Bragança | ||||||||||||
Concelho | Mogadouro | ||||||||||||
Freguesia | Penas Roias | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 34 452, DG, I Série, n.º 59, de 20-03-1945 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12220649 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Apesar do ruinoso estado actual, o castelo de Penas Róias foi uma mais importantes fortaleza medieval de Trás-os-Montes e o papel que desempenhou no século XII (período de afirmação do nascente reino de Portugal perante o Islão mas também face ao seu vizinho leonês) foi fundamental na defesa desta zona raiana. Desconhecemos ainda as origens da sua ocupação e consequente tutela sobre o território envolvente. No local foram identificados numerosos materiais proto-históricos, que poderão ter correspondência com um eventual povoado fortificado (que, por sua vez, parece alargar-se a zonas vizinhas, como a área do Valado, no sopé da encosta onde o castelo se implanta, e o abrigo rupestre da Fraga da Letra) (ipa, on-line, em 31/3/2005). Após esta ocupação (que se pressupõe ter sido relativamente densa), assiste-se a um vazio romano, sintoma de que o local não foi atractivo nesse novo quadro organizativo, ao contrário de muitos outros povoados fortificados proto-históricos, que sabemos terem sido romanizados. A Alta Idade Média continua o vazio e só voltaremos a encontrar referências ao local e vestígios materiais de ocupação no século XII, ou um pouco antes. Em 1145, sabemos que Penas Róias foi doada aos Templários por Fernão Mendes de Bragança, ao tempo tenens da Terra de Bragança, circunscrição na qual a localidade estava inserida. Este facto sugere que, por essa altura, já existiria um reduto defensivo de alguma importância, pois, de outra forma, não se justificaria a doação aos Templários. A ser assim, poderá ganhar nova relevância os vestígios de torreões de planta circular, que ainda se encontram nos vértices do castelo. Estes elementos não são comuns na nossa arquitectura militar medieval setentrional (que optou, na maioria dos casos, por torres de planta quadrangular) e podem estar associados a uma fase construtiva mais ligada à realidade leonesa (lembramos que os castelos da margem direita do rio Côa optaram sistematicamente por esta solução). Os estudos mais recentes de Mário Barroca, apesar de sugerirem uma anterioridade dos torreões circulares de Penas Róias em relação à obra templária (BARROCA, 2000, CD-ROM), não os ligam à arquitectura leonesa, mas sim a uma superior qualidade construtiva, uma vez que só as plantas quadrangulares e rectangulares dispensavam a actividade de um verdadeiro arquitecto (BARROCA, 2003, p.109). A construção templária está confirmada por uma epígrafe datada de 1172 - e não 1166, como tradicionalmente se supõe (GOMES, 2003, p.133). Integrada na torre de menagem, encontra-se em muito mau estado e as regras inferiores apresentam inúmeros problemas de leitura, mas é ainda possível reconhecer a data que pretende comemorar: Era 1210 (ano de 1172) ou Era 1219 (ano de 1182) (BARROCA, 2000, pp.376-378). Francisco Manuel ALVES, 1940 e Cordeiro de SOUSA, 1948, pretenderam ver nela o nome do mestre templário Gualdim Pais, mas tal não é inteiramente verificável. Do que não parecem restar grandes dúvidas é de que a campanha contou com o seu patrocínio directo. A torre insere-se num amplo processo de construção de castelos românicos templários no país, todos comemorados por epígrafes (Tomar, Longroiva, Almourol, entre outros) e todos empreendidos por Gualdim Pais. De planta quadrangular inserida no centro do pátio muralhado, é o único elemento monumental remanescente, e possuía, pelo menos, três pisos, sendo o acesso ao interior efectuado por porta elevada, feito através de escada amovível. Penas Róias teve muralha, ainda desenhada por Duarte d'Armas no início do século XVI. Nessa altura, há muito os Templários haviam trocado a fortaleza por territórios mais a Sul, na Beira Interior (Idanha-a-Velha, em 1197, e uma parcela junto a Vila Velha de Ródão, em 1199), mas o castelo dominava ainda um pequeno povoado, ligeiramente afastado dele. Dois séculos e meio depois, todavia, o panorama era já desastroso, não restando qualquer parede da muralha exterior do recinto (cf. GOMES, 2003, p.135). PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 7 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 18 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
"O Abrigo do Buraco da Pala (Mirandela) no contexto da Pre-Historia Recente de Tras-osMontes e Alto Douro", Trabalhos de Antropologia e Etnologia | SANCHES, Maria de Jesus | Edição | 1997 | Porto | |
O Leste do Território Bracarense | NETO, Joaquim Maria | Edição | 1975 | Torres Vedras | p. 363 |
Apontamentos arqueológicos | LOPO, Albino dos Santos Pereira | Edição | 1987 | Lisboa | |
Castelos da Raia Vol. II:Trás-os-Montes | GOMES, Rita Costa | Edição | 2003 | Lisboa | Tipo : Colecção - Arte e Património Roteiro sistemático das fortalezas raianas do Nordeste português e das circunstâncias da sua construção, análise enriquecida pelo cotejo como seu registo gráfico quinhentista, realizado por Duarte de Armas. O processo de destruição de muitos destes castelos de que Herculano deixou revoltado testemunho, e que se tem prolongado até tempos recentes, faz também parte das reflexões desenvolvidas nesta obra. |
Castelos Portugueses | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelos Portugueses | PONTES, Maria Leonor | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Roteiro dos castelos de Trás-os-Montes | VERDELHO, Pedro | Edição | 2000 | Chaves | |
Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental, 6 vols., Dissertação de Doutoramento apresentada à Universidade do Minho | LEMOS, Francisco Sande | Edição | 1993 | Braga | 6 Vols. |
Epigrafia medieval portuguesa (862-1422) | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Lisboa | |
"O castelo de Algoso. Do domínio régio ao senhorio hospitalário", Património - Estudos, nº7, pp.178-191 | TEIXEIRA, Ricardo Jorge Coelho Marques Abrantes | Edição | 2004 | Lisboa | |
Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança: arqueologia, etnografia e arte | ALVES, Francisco Manuel | Edição | 1934 | Porto | vol. 9, p. 718 |
"Pinturas esquemáticas de Penas Róias", Arqueologia, nº3, pp.43-48 | MOURINHO, António Maria | Edição | 1981 | Porto | |
"Pinturas esquemáticas de Penas Róias", Arqueologia, nº3, pp.43-48 | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1981 | Porto | |
"Catálogo dos monumentos e sítios arqueológicos do Planalto Mirandês (Pré-História)", Brigantia, vol. 13, nº3/4, pp.193-233 | MARCOS, Domingos dos Santos | Edição | 1993 | Bragança | |
Pré-História recente no Planalto Mirandês (Leste de Trás-os-Montes) | SANCHES, Maria de Jesus | Edição | 1992 | Porto | n.º 3, p. 170. |
"A Ordem do Templo e a arquitectura militar portuguesa do século XII", Portugália, vol. XVII-XVIII, pp.171-209 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 1997 | Porto | |
"O castelo de Penas Róias, fundado pelos Templários nos inícios da nacionalidade portuguesa", Anais da Academia Portuguesa de História, vol. 3, pp.55-61 | ALVES, Francisco Manuel | Edição | 1940 | Lisboa | |
"Castelo de Penas Róias", Do Douro Internacional ao Côa. As raízes de uma fronteira, CD-ROM | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Porto | |
"Inscrições dos séculos VII a XII existentes em Portugal", Ethnos, vol. III | SOUSA, J. M. Cordeiro de | Edição | 1948 | Lisboa | |
"Da Reconquista a D. Dinis", Nova História Militar de Portugal, vol. I, pp.21-161 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2003 | Lisboa |
Castelo de Penas Roias - Vista geral e paisagem envolvente
Castelo de Penas Róias - Vista geral (DGEMN)
Castelo de Penas Róias - Vista geral e do conjunto urbano (IPPC)
Castelo de Penas Róias - Torre (DGEMN)
Castelo de Penas Róias - Torre (DGEMN)
Castelo de Penas Roias - Vista geral da povoação
Castelo de Penas Roias - Vista geral e paisagem envolvente
Palacete Vilar de Allen
Rua António Cardoso, nº 175
4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920
Tel. +351 226 000 454
geral@patrimoniocultural.gov.pt