Igreja de Nossa Senhora dos Anjos, compreendendo o túmulo de Diogo de Azambuja, e claustro anexo | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de Nossa Senhora dos Anjos, compreendendo o túmulo de Diogo de Azambuja, e claustro anexo | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja e claustro de Nossa Senhora dos Anjos / Mosteiro de Nossa Senhora dos Anjos / Igreja de Nossa Senhora dos Anjos (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Coimbra/Montemor-o-Velho/Montemor-o-Velho e Gatões | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Coimbra | ||||||||||||
Concelho | Montemor-o-Velho | ||||||||||||
Freguesia | Montemor-o-Velho e Gatões | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto nº 26 461, DG, I Série, n.º 71, de 26-03-1936 (classificou o claustro anexo à igreja) (ver Decreto) Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (classificou a Igreja de Nossa Senhora dos Anjos, compreendendo o túmulo de Diogo de Azambuja) (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Pertencente aos frades eremitas de Santo Agostinho, o Mosteiro de Nossa Senhora dos Anjos foi fundado canonicamente em 1494. No entanto a sua edificação deveu-se em grande parte à iniciativa de Diogo de Azambuja, fidalgo da Casa Real que se notabilizou nas conquistas africanas no final do século XV. Natural de Montemor-o-Velho, o fidalgo regressou à sua terra natal nos últimos anos de vida, patrocinando a edificação do mosteiro agostinho nas primeiras décadas do século XVI (MATOS, João Cunha, pp. 30-32). A estrutura do templo é resultado de diversas campanhas de obras, executadas ao longo das centúrias de Quinhentos e Seiscentos. Com os elementos manuelinos da capela-mor conjugam-se a frontaria e o claustro de gosto chão . A igreja é composta por dois volumes justapostos, que correspondem à nave e à capela-mor, formando um espaço de planimetria longitudinal. A fachada, datada de 1692 (Idem, ibidem, p. 34), é marcada pela disposição dos portais de acesso à igreja, do lado direito, e ao espaço monacal, do lado esquerdo. A porta do templo é delimitada por uma moldura rectangular ladeada por pilastras e encimado por frontão interrompido com nicho, que alberga a imagem de Santo Agostinho. Ao lado foi aberta a portaria do convento, formada por um arco assente sobre colunas toscanas encimado por frontão triangular. O espaço interior, de nave única, possui coro-alto que comunica com a capela construída no piso superior do claustro do convento, e quatro capelas laterais, sendo coberto por uma abóbada de berço executada no século XVII em substituição do abobadamento manuelino. Do lado do Evangelho foi aberta a Capela do Sacramento, datada do início do século XVI, local onde originalmente estava colocado o túmulo de Diogo de Azambuja, trasladado para a capela-mor no século XVIII. O brasão do fundador ainda se mantém sobre o portal. Junto a esta foi edificada em 1535 a capela dos Pinas, ou da Deposição, cujo retábulo é atribuído a João de Ruão (Idem, ibidem, p. 38). Na parede fronteira foram também abertas duas capelas, a primeira edificada no século XVIII, que incluí um retábulo datado do início do século XVI com uma representação da Creche. Ao lado, foi construída a Capela da Anunciação, executada em 1591 por Mateus Roiz, uma capela coberta por abóbada, com um notável programa decorativo de gosto maneirista, repleto de cabeças aladas, cartelas e motivos grotescos de inspiração flamenga. A capela-mor é o elemento que subsiste da edificação original. De estrutura manuelina, este espaço rectangular é coberto por abóbada de nervuras e iluminado por duas janelas de mainel. Ao centro foi colocado um retábulo pétreo, que foi montado com peças oriundas de dois retábulos quinhentistas existentes no convento. Ainda na capela-mor, na parede do lado do Evangelho foi colocado o túmulo de Diogo de Azambuja, atribuído a Diogo Pires-o-Moço. Inserida num arcosólio, a arca tumular, decorada com as armas dos Azambuja, é encimada pela estátua jacente do fundador do convento. Na parede fundeira, ladeada por dois tondi e duas pilastras decoradas com relevos de grotesco , foi colocada uma lápide com inscrição alusiva à vida do fidalgo. Do espaço conventual subsiste o claustro de planta quadrada, executado em meados do século XVII, um conjunto austero dividido em dois pisos, o primeiro com uma arcada toscana, o segundo marcado com a abertura de janelas de sacada a espaços regulares. Catarina Oliveira GIF/IPPAR/2005 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 9 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A arquitectura manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
A Obra Silvestre e a Esfera do Rei | PEREIRA, Paulo | Edição | 1990 | Coimbra | |
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e Santarém | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 2000 | Lisboa | Academia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom |
"Igreja e Convento de Nossa Senhora dos Anjos, Montemor-o-Velho", Portugal. Património, vol. III, pp.253-254 | FERNANDES, Paulo Almeida | Edição | 2007 | Lisboa | |
Concelho de Montemor-o-Velho - A terra e a gente | GÓIS, António Correia de | Edição | 1995 | Montemor-o-Velho | |
Montemor-o-Velho. Sua História. Sua Arte | MATOS, João da Cunha | Edição | 1977 | Coimbra | |
Nossa Senhora dos Anjos de Montemor-o-Velho. Um caso exemplar da evolução do Gótico flamejante ao Maneirismo, dissertação de mestrado da Faculdade de Letras de Coimbra | MATOS, Teresa da Cunha | Edição | 1996 | Coimbra |
Igreja de Nossa Senhora dos Anjos - Fachada principal da igreja
Igreja de Nossa Senhora dos Anjos - Fachada lateral direita da igreja
Igreja de Nossa Senhora dos Anjos - Interior: jacente do túmulo de D. Diogo de Azambuja
Igreja de Nossa Senhora dos Anjos - Claustro
Igreja de Nossa Senhora dos Anjos - Planta com a delimitação e a ZP em vigor
Igreja de Nossa Senhora dos Anjos - Interior
Igreja de Nossa Senhora dos Anjos - Interior: jacente
Igreja de Nossa Senhora dos Anjos - Nicho com imagem religiosa
Igreja de Nossa Senhora dos Anjos - Vista geral