Cruz de Portugal | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Cruz de Portugal | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Cruz de Portugal (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Cruzeiro | ||||||||||||
Tipologia | Cruzeiro | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Silves/Silves | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Silves | ||||||||||||
Freguesia | Silves | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | São ainda muitas as dúvidas acerca da data de construção e da localização original do padrão conhecido como Cruz de Portugal. Muittas foram já as sugestões sobre a sua origem remota, desde a data de 1025, que alguns leram na base do cruzeiro, o que a faria uma construção em plena época de domínio islâmico, até ao reinado de D. João I, em inícios do século XIV, por este monarca ter determinado a substituição de muitos cruzeiros de madeira, dispersos pelo país, por outros de pedra (Cfr. DOMINGUES, 2ªed., 2002, p.86). Estamos, contudo, perante um padrão devocional característico dos primeiros anos do século XVI, construído em tempo do rei D. Manuel. Uma das opiniões mais consensuais, mas ainda carecendo de validação, aponta para uma intervenção deste monarca na realização da cruz, que teria oferecido à cidade de Silves aquando da trasladação do corpo de seu antecessor, D. João II, da catedral do Algarve para o Mosteiro da Batalha (RAMOS). Fosse como fosse, o certo é que este padrão possui características comuns a outros construídos pela mesma altura. Uma delas diz respeito à iconografia representada: numa das faces, uma pietá, ou Lamentação sobre Cristo morto, com Nossa Senhora amparando o corpo de seu filho; na outra face, Cristo crucificado. Este tipo de representação foi tremendamente utilizado no período manuelino, de que restam numerosas obras entre pintura e escultura, e muitas mais, que se perderam, aparecem referidas na documentação da época, a ornamentar retábulos e capelas privadas. Por estas duas vias simbólicas realçava-se a essência humana de Cristo, fazendo confluir numa única peça dois dos ciclos mais importantes da religiosidade tardo-gótica: as Paixões de Cristo e da Virgem Mas são mais as características que permitem equacionar estarmos perante uma obra do século XVI. A mais importante é a feição estilística dos elementos que compõem o padrão. Assistimos, nesta cruz, a um tratamento de micro-arquitectura do espaço , não apenas na base que serve de apoio à cruz e às figuras (uma espécie de púlpito profusamente decorado), mas na própria cruz (cujos braços e terminações são ornamentadas por elementos vegetalistas e geométricos). Mais difícil de chegar a conclusões precisas são as questões de autoria. Manuel Castelo Ramos notou já a diferença de qualidade entre o trabalho escultórico do padrão e as obras remanescentes do ciclo manuelino algarvio, o que favorece a opinião acerca de uma possível importação desta obra. Daqui poderá também advir o seu nome: Cruz de Portugal, precisamente por ter sido levada do Norte (com grande probabilidade da zona de Lisboa) para o reino do Algarve. Este facto, a comprovar-se, ajudará ainda a compreender que o acto de importação e de colocação da cruz foi revestido de alguma solenidade, a ponto de diferenciar claramente o âmbito político dos reinos que constituiam o Portugal continental de então. A discussão acerca da sua localização original levou a que, já nos meados do século XX, por ocasião do restauro da Sé de Silves, tenha sido deslocada para a praça principal da cidade, entre o Castelo e a Catedral. No entanto, acabou por regressar ao seu local anterior - que não significa ser esse o original -, onde já estaria no século XIX, uma vez que a data de 1824 se encontra assinalada no plinto que suporta toda a estrutura. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 3 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa | |
Silves. Guia turístico | DOMINGUES, José Domingos Garcia | Edição | 1958 | Silves | |
Silves. Guia turístico da cidade e do concelho | DOMINGUES, José Domingos Garcia | Edição | 2002 | Silves | 2ªed. |
Cruz de Portugal - Vista geral do cruzeiro
Cruz de Portugal - Pormenor da cruz
Cruz de Portugal - Vista geral do cruzeiro