Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Anta de Couleiros
Designação
DesignaçãoAnta de Couleiros
Outras Designações / PesquisasAnta dos Corleiros / Anta 2 dos Coureleiros / Anta dos Coureleiros II / Anta Grande (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Anta
TipologiaAnta
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPortalegre/Castelo de Vide/Santiago Maior
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Monte dos CoureleirosCoureleiros Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.44403-7.470132
DistritoPortalegre
ConcelhoCastelo de Vide
FreguesiaSantiago Maior
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSítio
A Anta de Couleiros, localiza-se no lugar dos Coureleiros, freguesia de Santiago Maior, concelho de Castelo de Vide. Encontra-se a cerca de 3 km a noroeste da sede de freguesia. Implanta-se em encosta, a uma cota de 420 metros, sensivelmente a 840 metros a oeste da Ribeira de São João.
Integra-se na Necrópole Megalítica dos Coureleiros, constituída por cinco monumentos (Anta dos Coureleiros I, Anta de Couleiros, Anta dos Coureleiros III, Anta dos Coureleiros IV e Anta dos Coureleiros V), divulgada por George e Vera Leisner em 1959. As distintas denominações conferidas às suas antas pelos investigadores podem conduzir a dificuldades na respetiva identificação. Assim, a Anta de Couleiros foi originalmente nomeada pelo casal Leisner como Anta 1 da Herdade dos Coureleiros; Maria Conceição Rodrigues, por sua vez, atribui-lhe a nome de Coureleiros 1; finalmente, Jorge de Oliveira, propõe uma numeração ordenada de sul para norte, designando-a Coureleiros II.
Dista cerca de 100 metros da Anta de Coureleiros, 67 metros da Anta dos Coureleiros III, 180 metros da Anta dos Coureleiros IV e 750 metros da Anta dos Coureleiros V.
Este monumento funerário megalítico, de grandes dimensões, sem paralelo nas restantes antas da necrópole, apresenta câmara e corredor bem diferenciados. A câmara poligonal é delimitada por sete esteios de granito, cinco dos quais faturados. Mede, no seu eixo maior, 4,5 metros e, no menor, 3,75 metros. A laje de cobertura está tombada para o interior. Dispunha de corredor paralelo, longo, orientado a nascente, de 6 metros de comprimento. A escavação realizada revelou quatro alvéolos de fixação na fiada sul da estrutura de acesso e conseguiu reposicionar um ortóstado deslocado que jazia a sul do monumento. Foram detetados vestígios do tumulus envolvente junto ao esteiro de cabeceira.
Foi reutilizada como pocilga.
História
A edificação da Anta de Couleiros baliza-se, entre o final do Neolítico e inícios do Calcolítico, na transição entre o 4º e o 3º milénio a.n.e.. Terá sido intervencionada por António Dias de Deus em meados do século passado. Posteriormente, Jorge de Oliveira dirigiu uma campanha arqueológica no âmbito do projeto Neolítico e Megalitismo no Nordeste Alentejano, em 1990, que possibilitou a recuperação da sua planta, a identificação do corredor e da couraça pétrea. Do espólio recolhido destacam-se pontas de seta, micrólitos geométricos, machados de pedra polida, contas de colar, diversas placas de xisto, e fragmentos cerâmicos.
São conhecidas referências documentais a monumentos megalíticos na bacia hidrográfica do Rio Sever desde 1489, constando nas Ordenanzas del Concejo de Valencia de Alcantara onde assumem a função de marcos territoriais. No entanto, torna-se quase impossível discernir as mencionadas.
A primeira menção publicada relativa à Anta em apreciação surge em 1868 e deve-se a Pereira da Costa no estudo Noções sobre o estado pré-histórico da terra e do homem seguidas da descripção de alguns dolmins ou antas de Portugal. Em 1924 regista-se uma menção na monografia Terras de Odiana da autoria de Possidónio Coelho. Mereceu, igualmente, a atenção de George e Vera Leisner, sendo aludida na publicação de 1959, Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen.Mais tarde, nos finais do século passado, é incluída nos trabalhos da Carta Arqueológica de Castelo de Vide executada por Maria Conceição Rodrigues e no Levantamento Arqueológico do mesmo concelho, elaborado por Jorge de Oliveira. Recentemente, o espólio recolhido foi estudado por Ana Paroleiro no âmbito da sua dissertação de mestrado, Estudo dos Recipientes Cerâmicos dos Monumentos Megalíticos do Concelho de Castelo de Vide, apresentada em 2016.
Ana Vale
DGPC, 2020
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens1
Nº de Bibliografias8

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Carta Arqueológica do Concelho de Castelo de VideRODRIGUES, Maria da Conceição MonteiroEdição1975Lisboa130 est. + 1 mapa, il. Publicado a 1975
"Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen", Madrider ForschungenLEISNER, Georg KlausEdição1959Berlim
"Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen", Madrider ForschungenLEISNER, VeraEdição1959Berlim
Terras de Odiana. Medobriga, Ammaia, Aramenha, Marvão, 2.ª ed.COELHO, Possidónio Mateus LaranjoEdição1988Lisboa
Da notável vila de Castelo de Vide. ApontamentosREPENICADO, António Vicente RaposoEdição1969Castelo de Vide
Monumentos Pré-históricos. Descrição de Alguns Dolmens ou Antas de PortugalCOSTA, Francisco A. Pereira daEdição1868Lisboa
Portugal, 1001 sights an archaeological an historical guide (University of Calgary, Alberta, Canadá)ANDERSON, James M.Edição1994London
Portugal, 1001 sights an archaeological an historical guide (University of Calgary, Alberta, Canadá)LEA, M. SheridenEdição1994London
"O megalitismo no concelho de Castelo de Vide ", Actas das 1ªs Jornadas de Arqueologia do Nordeste Alentejano-Edição1987Coimbra
Anta dos Coureleiros II (Anta Grande). Relatório de Escavação. Texto policopiado.OLIVEIRA, Jorge deEdição1990

IMAGENS

Anta de Couleiros - Vista geral

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