Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Grutas da Quinta do Anjo
Designação
DesignaçãoGrutas da Quinta do Anjo
Outras Designações / PesquisasGrutas do Casal do Pardo / Covas da Moura (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Gruta Artificial
TipologiaGruta Artificial
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaSetúbal/Palmela/Quinta do Anjo
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Sítio da Cova dos MourosQuinta do Anjo Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.564127-8.938666
DistritoSetúbal
ConcelhoPalmela
FreguesiaQuinta do Anjo
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 23 740, DG, I Série, n.º 79, de 5-04-1934 (ver Decreto)
ZEPPortaria n.º 886/2013, DR, 2.ª série, n.º 240, de 11-12-2013 (com ZNA) (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 7-09-2012 do diretor-geral da DGPC
Anúncio n.º 13251/2011, DR, 2.ª série, n.º 183, de 22-09-2011 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 4-01-2007 do director do IGESPAR, I.P.
Parecer favorável de 12-12-2007 do Conselho Consultivo do IGESPAR,I.P.
Proposta de 13-07-2007 da DR de Lisboa
Zona "non aedificandi"Portaria n.º 886/2013, DR, 2.ª série, n.º 240, de 11-12-2013
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181501
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaLocalizado numa zona rural, a classificação deste sítio arqueológico corresponde a quatro grutas independentes, orientadas no sentido E. / O., e escavadas no interior de uma pequena colina bastante alongada. Trata-se de grutas inseridas na tipologia das denominadas "grutas-necrópole artificiais", de índole megalítica, utilizadas entre o Neolítico Final e o Calcolítico Final, com correspondentes formais nas sepulturas colectivas dos tholoi.
Estas grutas começaram a suscitar maior interesse por parte dos estudiosos a partir de meados do século XIX, tendo António Mendes e Agostinho da Silva iniciado a sua escavação por volta de 1876, sob coordenação geral de Carlos Ribeiro. Estas investigações foram retomadas logo nos inícios da centúria seguinte, na figura de Marques da Costa.
Os dois monumentos melhor conservados deste conjunto apresentam uma planta composta de câmara funerária circular de maiores dimensões, com cerca de 4 a 5 m de diâmetro, abobadada, com uma pequena abertura no topo, ante-câmara ovalada e corredor rectilínio. Quanto ao significado dos cordões salientes observados no solo das câmaras - quase ao nível do terreno envolvente, com acentuado desnível entre a entrada e o fundo de cada gruta -, ele terá possivelmente a ver com a delimitação que se pretendeu conceder entre os diversos espaços de inumação aí existentes.
Durante as sucessivas escavações efectuadas neste conjunto funerário foi encontrado um ecléctico e numeroso espólio, como no caso de micrólitos, pontas de seta e lâminas de sílex, além de variados artefactos de pedra polida, bem como um conjunto considerável de alguns dos mais característicos objectos das grutas desta zona do nosso território. Inserem-se neste último caso alguns dos denominados "objectos de carácter ritual" e os "ídolos de calcário", além de outros exemplares executados em xisto e osso, estes últimos representados nos conhecidos botões e alfinetes.
Para além destes artefactos de uso mais quotidiano e relacionado com todo um mundo mágico-religioso, foram encontrados outros exemplares conotados a valores de algum prestígio social, como no caso de determinados objectos que poderemos considerar de adorno: contas de colar e pendentes de calaíte e objectos em ouro. Entre o variadíssmo espólio funerário foram ainda encontradas diversas pontas de seta executadas em cobre com espigão típico do "universo campaniforme", cerâmica lisa com diferentes tipos decorativos, com especial destaque para as predominantes taças e os característicos vasos campaniformes com decoração incisa.
[AMartins]
ProcessoEste sítio arqueológico encontra-se no "Sítio da Cova dos Mouros", no arruamento transversal à Rua do Matadouro, na Quinta do Anjo.
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias7

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Tesouros Artísticos de PortugalALMEIDA, José António Ferreira deEdição1976Lisboa
"Estações Pré-históricas dos arredores de Setúbal", O Archeólogo PortuguêsCOSTA, Marques daEdição1907Data do Editor : 19/07/1908
"La ceramica prehistoria decorada - los vasos de las grutas de Palmella", O Arqueólogo PortuguêsMELIDA, José RamonEdição1920Data do Editor : 1920
"O Megalitismo e os primeiros metalurgistas", História de PortugalSILVA, Carlos Manuel Lindo Tavares daEdição1984Data do Editor : 1984
"A Idade dos Metais em Portugal", História de PortugalSILVA , Armando Coelho Ferreira daEdição1984Data do Editor : 1984
"Cronologia absoluta para o Campaniforme da Estremadura e do Sudoeste de Portugal", O Arqueólogo PortuguêsCARDOSO, JoãoEdição1992Lisboa4ª série: 8-10, p. 203-228
"Cronologia absoluta para o Campaniforme da Estremadura e do Sudoeste de Portugal", O Arqueólogo PortuguêsSOARES, António Manuel MongeEdição1992Lisboa4ª série: 8-10, p. 203-228
"Necrópole pré-histórica da Quinta do Anjo em livro", +Museu, nº1, Maio, p.14SOARES, Maria Joaquina CoelhoEdição2004Palmela

IMAGENS

Grutas da Quinta do Anjo - Vista geral

Grutas da Quinta do Anjo - Vista geral de uma das grutas

Grutas da Quinta do Anjo - Vista geral de uma das grutas

Grutas da Quinta do Anjo - Planta com a delimitação e a ZP que esteve em vigor até ser fixada em ZEP, em 2013

Grutas da Quinta do Anjo - Planta anexa à portaria que fixou a ZEP, com a delimitação e a ZEP, incluindo uma zona non aedificandi, em vigor

MAPA

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