Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja e Convento de Nossa Senhora do Espinheiro / Hotel Convento do Espinheiro (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Évora/Canaviais | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||
Concelho | Évora | ||||||||||||
Freguesia | Canaviais | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | No ano de 1412, o cónego Luís Gonçalves, tesoureiro-mor da Catedral de Évora, fundou a primitiva ermida gótica dedicada a Nossa Senhora do Espinheiro, em consequência de uma aparição da Virgem sobre um espinheiro. Os relatos dos milagres patrocinados por Nossa Senhora do Espinheiro atraíram grande número de peregrinos, e em 1547 o oratório foi aumentado, fruto das doações de João Afonso e Leonor Rodrigues, um nobre casal eborense. A crescente devoção a Nossa Senhora conduziu à fundação de uma igreja no ano seguinte e no mesmo local. Igreja à qual o bispo da diocese D. Vasco Perdigão associou, pouco depois, um convento de frades Jerónimos. Desde sempre protegido pela Casa Real, o convento sofreu múltiplas intervenções durante os reinados de D. Afonso V, D. João II, D. Manuel, D. João III e D. Sebastião. Simultaneamente, foi palco de muitos acontecimentos políticos de singular importância. A arquitectura da igreja reflecte, exactamente, o gosto das diferentes épocas e dos constantes melhoramentos impostos pelos monarcas, nomeadamente das campanhas do período gótico e maneirista. Assim, e da primeira edificação, subsistem os absidíolos do transepto e alguns vestígios da ábside poligonal, totalmente transformada no último quartel do século XVII; da campanha de 1566 resta a balaustrada e cadeiral do coro, e o pórtico exterior, este último de características renascentistas, com a representação de São João Baptista, São Jerónimo e Nossa Senhora do Leite. A nave é de estilo chão, característico da arquitectura eborense de transição (século XVI - século XVII), e os painéis de azulejos que a revestem, alusivos à vida de São Jerónimo, são provenientes da Fábrica do Rato. Estes, remontam à década de 1760 (SIMÕES, Santos), data da campanha de obras de D. Maria I, que muito modificou a igreja. No corpo da nave, distribuem-se altares de diversas invocações, sendo que a Capela dos Reis ou do Fundador, ocupa o primitivo braço fundeiro do transepto (ESPANCA, Túlio, 1966). Muitas das capelas são monumentos funerários de famílias e de indivíduos ilustres de Évora e do reino, como o bispo fundador da igreja e do convento; ou o cónego André de Sande, cuja capela se reveste de azulejos historiados atribuídos ao monogramista P.M.P. e retábulo barroco. No convento, os elementos originais conservam-se na antiga Sala do Capítulo, adega e cisterna, estes últimos compartimentos com três naves e outras características do gótico final; e no claustro, de transição manuelino-renascentista, segundo projecto de João Álvares e Álvaro Anes (1520-22), e cujo exame foi efectuado por Diogo de Arruda. Uma última referência ao pintor Frei Carlos, monge professo no Convento de Nossa Senhora do Espinheiro, onde pintou muitas das suas tábuas, tão significativas no contexto da denominada pintura primitiva portuguesa. À época da extinção dos conventos, algumas das pinturas de Frei Carlos encontravam-se na nave da igreja, tendo então sido remetidas para o Depósito dos Conventos, sito em São Francisco da Cidade de Lisboa. Em 1834 o convento foi secularizado, tendo sido adquirido no ano 2000, pela Sociedade de Promoção de Projectos Turísticos e Hoteleiros, para aí instalar uma Pousada. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 36 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 10 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A Arquitectura do Renascimento em Portugal | HAUPT, Albrecht | Edição | 1986 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal, vol. VII (Concelho de Évora - volume I) | ESPANCA, Túlio | Edição | 1966 | Lisboa | O vol. II é totalmente dedicado às ilustrações. |
Évora | ESPANCA, Túlio | Edição | 1993 | Lisboa | Col. Cidades e Vilas de Portugal |
Património Artístico do Concelho de Évora | ESPANCA, Túlio | Edição | 1957 | Évora | |
As Sepulturas do Espinheiro | FREIRE, Anselmo Braancamp | Edição | 1901 | ||
«O Mosteiro de Nossa Senhora do Espinheiro», Archivo Hist. Portuguez | FREIRE, Anselmo Braancamp | Edição | 1905 | ||
«O Testamento de Garcia de Resende», A Cidade de Évora | GROMICHO, António Bartolomeu | Edição | 1947 | ||
«O Convento de Nossa Senhora do Espinheiro», Boletim da Junta Distrital de Évora, nº6 | LOPES, Maria Hortense | Edição | 1965 | ||
«Garcia de Resende», A Cidade de Évora nº 53-54 | BAPTISTA, Júlio César | Edição | |||
A Arquitectura "ao Romano" | CRAVEIRO, Maria de Lurdes | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia |
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior: porta e guarda-vento
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior da nave: pormenor dos embrechados de frontal de altar lateral
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior: pormenor da parede da nave com embechados e painéis de azulejos
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior: órgão de tubos (parede da nave do lado do Evangelho)
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior da capela-mor: pintura do tecto com medalhão central representando a Virgem com o Menino
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior: órgão de tubos (parede lateral do lado do evangelho)
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior: capela lateral
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior da capela-mor: tecto com pintura representando a Virgem com o Menino
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior: púlpito na parede da nave e capela lateral
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior: púlpito na parede da nave
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior: capela lateral
Convento de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior: capela com retábulo dedicado a Santo António
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior da capela-mor: pormenor do revestimento azulejar com janela falsa
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior: capela lateral
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior: capela do Santíssimo Sacramento
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior da capela-mor: túmulo na parede do lado do Evangelho
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior: nave e coro-alto
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior: nave e capela-mor
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Interior: capela lateral com embrechados
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Fachada lateral (cabeceira)
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Fachada lateral: acesso à igreja e zona conventual
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Fachada lateral: arco de acesso à igreja e zona conventual
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Fachada lateral: acesso à igreja e zona conventual
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Fachada lateral: corpo da capela-mor
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Zona envolvente: acesso e cruzeiro
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Fachada lateral
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Fachada lateral: corpo da capela-mor
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Fachada posterior: cabeceira da capela-mor
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Fachada lateral: vista parcial
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Vista geral das coberturas e torre sineira
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Fachada lateral: arco de acesso à igreja e zona conventual
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Zona envolvente: acesso com cruzeiro
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Fachada principal: portal
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Fachada principal: portal
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Fachada posterior: cabeceira da capela-mor
Igreja de Nossa Senhora do Espinheiro - Torre sineira