Necrópole pré-histórica do Vale de São Martinho | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Necrópole pré-histórica do Vale de São Martinho | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Necrópole Pré-histórica do Vale de São Martinho (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Tholos | ||||||||||||
Tipologia | Tholos | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Sintra/Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Sintra | ||||||||||||
Freguesia | Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 35 817, DG, I Série, n.º 187, de 20-8-1946 (ver Decreto) Despacho ministerial de homologação de 18-02-1946 Parecer de 16-02-1946 da 2.ª Subsecção da 6.ª Secção da JNE a propor a classificação como IIP Proposta de classificação de 10-12-1945 da CM de Sintra | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Classificada em 1946 como "Imóvel de Interesse Público", a "Necrópole pré-histórica do vale de São Martinho" localiza-se entre Sintra e Ericeira, num terreno actualmente coberto por densa vegetação.
Numa altura em que as entidades culturalmente mais esclarecidas do Mundo Ocidental despertavam para o conhecimento de um passado humano cronologicamente bastante mais remoto do que a Igreja afirmara ao longo dos séculos, reconfiguraram-se projectos de índole nacionalista nessa base, instigou-se a perscrutação das raízes mais profundas de um ser, viver e sentir nacional, regional e/ou local que suportasse teoricamente determinadas linhas de actuação política oitocentista. Mas não só, pois decorreu ao mesmo tempo um amplo movimento de puro conhecimento científico de alicerces positivistas, que, entre nós, ganhou forma nas figuras de individualidades tão marcantes, quanto precursoras da actividade arqueológica, como as de Francisco Martins de G. M. Sarmento (1833-1899), V. do M. Gabriel Pereira (1847-1911), Estácio da Veiga (1828-1891) e Carlos Ribeiro (1813-1882). A partir de então, a investigação assumiu contornos mais sistemáticos, ao permitirem um arrolamento coeso e comparação formal mais sólida, uma abordagem absolutamente essencial ao estabelecimento da sua atribuição cronológica, um dos objectivos centrais destes homens de excepção da intelectualidade oitocentista. Persistia, contudo, o anterior sentido "antiquarista" assumido por representantes das mais diversas profissões e interesses particulares, perfeitamente compreensível numa época em que a Arqueologia começava a conquistar o seu próprio campo disciplinar. Estamos, assim, em presença de um dos arqueossítios que melhor testemunhou esta última condição, ao ter sido explorado na última década de noventa do século XIX por Maximiano Apolinário, uma das personalidades que mais se empenhou na prospecção da região situada entre Sintra e Ericeira. E terá sido ele uma das primeiras (e últimas) individualidades a observar o esmagamento dos esqueletos inumados, depositados em posição fetal, causado pelo abatimento da abóbada de um dos hipogeus (ou tholoi), posteriormente deslocados pelo proprietário do terreno. O conjunto funerário é constituído por dois tholoi de aparente configuração semicircular, com corredor orientado a Este. Datáveis do terceiro milénio a.C., e, por isso mesmo, situado, grosso modo, no entendimento genérico de Calcolítico, o monumento apresenta-se bastante destruído, embora tenha sido possível recolher boa parte do espólio que acompanhava as diversas inumações, cujos componentes são bem característicos desta tipologia sepulcral. Disso são testemunho os fragmentos cerâmicos, as pontas de seta, machados e objectos votivos executados em osso e calcário da região, depositados no Museu Nacional de Arqueologia e no Museu de Vila Nova de Gaia. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"O povoado fortificado neo e eneolítico da Serra das Baútas ( Carenque, Belas)", O Arqueólogo Português | GAMITO, Teresa Júdice | Edição | 1972 | Lisboa | 3.ª série, vol. 6, pp. 119-161 |
Roteiros da Arqueologia Portuguesa I. Lisboa e Arredores. | CORREIA, Susana Helena | Edição | 1986 | Lisboa | p. 64 |
Roteiros da Arqueologia Portuguesa I. Lisboa e Arredores. | LOURENÇO, Fernando Severino | Edição | 1986 | Lisboa | p. 64 |
Sintra | SERRÃO, Vítor | Edição | 1989 | Lisboa | |
"Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen", Madrider Forschungen | LEISNER, Vera | Edição | 1959 | Berlim | |
"Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen", Madrider Forschungen | LEISNER, Georg Klaus | Edição | 1959 | Berlim | |
"O povoado fortificado neo e eneolítico da Serra das Baútas ( Carenque, Belas)", O Arqueólogo Português | ARNAUD, José Eduardo Morais | Edição | 1972 | Lisboa | 3.ª série, vol. 6, pp. 119-161 |
"Sepulturas pré-históricas de caracter mycenense", O Arqueólogo Português | VASCONCELLOS, José de Leite de | Edição | 1902 | Lisboa | 1.º série, vol. 7, pp. 128-134 |
"Castro de Vila Nova de São Pedro XIII. Recipientes de osso e de calcáreo", Conimbriga | PAÇO, Manuel Afonso do | Edição | 1960 | Coimbra | n.ºs 2-3, pp. 167-179 |
Roteiros da Arqueologia Portuguesa I. Lisboa e Arredores. | MARQUES, Maria Teresa Fonseca Correia | Edição | 1986 | Lisboa | p. 64 |
Roteiros da Arqueologia Portuguesa I. Lisboa e Arredores. | ARAÚJO, Ana Cristina Reis da Silva | Edição | 1986 | Lisboa | p. 64 |
"Extensão cultural do Museu Etnológico. A) O Instituto Português de Arqueologia, História e. Etnografia", O Arqueólogo Português | VV. A. A. | Edição | 1953 | Lisboa | nova série, vol. 2, pp. 283-306 |
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