Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Necrópole pré-histórica do Vale de São Martinho
Designação
DesignaçãoNecrópole pré-histórica do Vale de São Martinho
Outras Designações / PesquisasNecrópole Pré-histórica do Vale de São Martinho (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Tholos
TipologiaTholos
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Sintra/Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- junto da EN 247, Sintra - Ericeira, nos terrenos do antigo Casal conhecido pelo nome de José Antunes- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.807039-9.382415
DistritoLisboa
ConcelhoSintra
FreguesiaSintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 35 817, DG, I Série, n.º 187, de 20-8-1946 (ver Decreto)
Despacho ministerial de homologação de 18-02-1946
Parecer de 16-02-1946 da 2.ª Subsecção da 6.ª Secção da JNE a propor a classificação como IIP
Proposta de classificação de 10-12-1945 da CM de Sintra
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaClassificada em 1946 como "Imóvel de Interesse Público", a "Necrópole pré-histórica do vale de São Martinho" localiza-se entre Sintra e Ericeira, num terreno actualmente coberto por densa vegetação.
Numa altura em que as entidades culturalmente mais esclarecidas do Mundo Ocidental despertavam para o conhecimento de um passado humano cronologicamente bastante mais remoto do que a Igreja afirmara ao longo dos séculos, reconfiguraram-se projectos de índole nacionalista nessa base, instigou-se a perscrutação das raízes mais profundas de um ser, viver e sentir nacional, regional e/ou local que suportasse teoricamente determinadas linhas de actuação política oitocentista.
Mas não só, pois decorreu ao mesmo tempo um amplo movimento de puro conhecimento científico de alicerces positivistas, que, entre nós, ganhou forma nas figuras de individualidades tão marcantes, quanto precursoras da actividade arqueológica, como as de Francisco Martins de G. M. Sarmento (1833-1899), V. do M. Gabriel Pereira (1847-1911), Estácio da Veiga (1828-1891) e Carlos Ribeiro (1813-1882). A partir de então, a investigação assumiu contornos mais sistemáticos, ao permitirem um arrolamento coeso e comparação formal mais sólida, uma abordagem absolutamente essencial ao estabelecimento da sua atribuição cronológica, um dos objectivos centrais destes homens de excepção da intelectualidade oitocentista. Persistia, contudo, o anterior sentido "antiquarista" assumido por representantes das mais diversas profissões e interesses particulares, perfeitamente compreensível numa época em que a Arqueologia começava a conquistar o seu próprio campo disciplinar.
Estamos, assim, em presença de um dos arqueossítios que melhor testemunhou esta última condição, ao ter sido explorado na última década de noventa do século XIX por Maximiano Apolinário, uma das personalidades que mais se empenhou na prospecção da região situada entre Sintra e Ericeira. E terá sido ele uma das primeiras (e últimas) individualidades a observar o esmagamento dos esqueletos inumados, depositados em posição fetal, causado pelo abatimento da abóbada de um dos hipogeus (ou tholoi), posteriormente deslocados pelo proprietário do terreno.
O conjunto funerário é constituído por dois tholoi de aparente configuração semicircular, com corredor orientado a Este. Datáveis do terceiro milénio a.C., e, por isso mesmo, situado, grosso modo, no entendimento genérico de Calcolítico, o monumento apresenta-se bastante destruído, embora tenha sido possível recolher boa parte do espólio que acompanhava as diversas inumações, cujos componentes são bem característicos desta tipologia sepulcral. Disso são testemunho os fragmentos cerâmicos, as pontas de seta, machados e objectos votivos executados em osso e calcário da região, depositados no Museu Nacional de Arqueologia e no Museu de Vila Nova de Gaia.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias7

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen", Madrider ForschungenLEISNER, VeraEdição1959Berlim
"Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen", Madrider ForschungenLEISNER, Georg KlausEdição1959Berlim
"O povoado fortificado neo e eneolítico da Serra das Baútas ( Carenque, Belas)", O Arqueólogo PortuguêsGAMITO, Teresa JúdiceEdição1972Lisboa3.ª série, vol. 6, pp. 119-161
Roteiros da Arqueologia Portuguesa I. Lisboa e Arredores.CORREIA, Susana HelenaEdição1986Lisboap. 64
Roteiros da Arqueologia Portuguesa I. Lisboa e Arredores.LOURENÇO, Fernando SeverinoEdição1986Lisboap. 64
SintraSERRÃO, VítorEdição1989Lisboa
"O povoado fortificado neo e eneolítico da Serra das Baútas ( Carenque, Belas)", O Arqueólogo PortuguêsARNAUD, José Eduardo MoraisEdição1972Lisboa3.ª série, vol. 6, pp. 119-161
"Sepulturas pré-históricas de caracter mycenense", O Arqueólogo PortuguêsVASCONCELLOS, José de Leite deEdição1902Lisboa1.º série, vol. 7, pp. 128-134
"Castro de Vila Nova de São Pedro XIII. Recipientes de osso e de calcáreo", ConimbrigaPAÇO, Manuel Afonso doEdição1960Coimbran.ºs 2-3, pp. 167-179
Roteiros da Arqueologia Portuguesa I. Lisboa e Arredores.MARQUES, Maria Teresa Fonseca CorreiaEdição1986Lisboap. 64
Roteiros da Arqueologia Portuguesa I. Lisboa e Arredores.ARAÚJO, Ana Cristina Reis da SilvaEdição1986Lisboap. 64
"Extensão cultural do Museu Etnológico. A) O Instituto Português de Arqueologia, História e. Etnografia", O Arqueólogo PortuguêsVV. A. A.Edição1953Lisboanova série, vol. 2, pp. 283-306

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