Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Fábrica Lusitana de Vidros Angolana
Designação
DesignaçãoFábrica Lusitana de Vidros Angolana
Outras Designações / PesquisasFábrica "Angolana"
Fábrica do Armindo
Fábrica do Emílio Gallo / Fábrica Lusitana de Vidros Angolana / Fábrica Angolana / Fábrica do Armindo / Fábrica do Emílio Gallo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Fábrica
TipologiaFábrica
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLeiria/Marinha Grande/Marinha Grande
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua Eng.º André NavarroMarinha Grande Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.748693-8.927784
DistritoLeiria
ConcelhoMarinha Grande
FreguesiaMarinha Grande
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 306/2014, DR, 2.ª série, n.º 92, de 14-05-2014 (ver Portaria)
Despacho de homologação de 3-06-2003 do Ministro da Cultura
Parecer favorável de 7-05-2003 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 20-01-2003 da DR de Coimbra do IPPAR para a classificação como IIP
Despacho de abertura de 25-02-1999 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de 24-02-1999 do Departamento de Estudos do IPPAR
ZEPEnviado em 8-09-2014 à DRC do Centro para rever a proposta de ZEP, nos termos do art.º 43.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma)
Anúncio n.º 18/2013, DR, 2.ª série, n.º 12, de 17-01-2013
(ver Anúncio)
Parecer favorável de 28-10-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Proposta de 11-09-2009 da DRC do Centro
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
CadastroNº 34.891, folhas 148 verso livro B 102, artº 2943
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaEmbora o território correspondente, na actualidade, ao concelho de Marinha Grande encerre estruturas que evidenciam uma ocupação humana desde a mais alta antiguidade, a região é sobejamente conhecida pelo vasto parque industrial que possui, designadamente no que à indústria vidreira se refere, ao ponto de se ter transformado na sua verdadeira referência, e em torno da qual se desenvolveu um modo de vida muito específico.
Uma particularidade que resultou, certamente, de um conjunto de factores que terão favorecido a concentração deste tipo de indústria justamente naquele que é o seu termo administrativo.
E, na verdade, a razão principal da escolha, em meados do século XVIII, da Marinha Grande para implementação da indústria vidreira residiu no combustível, ou seja, na lenha retirada do Pinhal do Rei, localizado nas suas proximidades, como adjacentes estavam as abundantes areias. Uma facilidade acrescida, já em finais de oitocentos, do lançamento do caminho-de-ferro da Linha do Oeste, até que os anos trinta da centúria seguinte abriria as portas às facilidades conferidas pelo transporte rodoviário (MENDES, J. M. A., 1993, pp. 58-59).
Embora o primeiro período do desenvolvimento da indústria videira concelhia se balize entre 1747 e 1889, período fortemente dominado pela transferência da "Real Fábrica de Vidros de Coina" para a Marinha Grande (Cf. BARROS, C. V. da S., 1998) - convertendo-a na "Manchester portuguesa" - e pela instalação da fábrica de Stephens, a "Fábrica Lusitana de Vidros "Angolana"" insere-se já no segundo momento, limitado entre 1889 e 1930.
Foi nesta segunda fase que se transformou profundamente a indústria vidreira da Marinha Grande, nomeadamente com a instalação de inúmeras unidades fabris, o melhoramento do sector dos fornos, e a utilização da electricidade, enquanto se assistia, paulatinamente, a uma certa especialização geográfica (MENDES, J. M. A., Ibidem, p. 65).
Fundada em 1920 pela "Sociedade Vidreira Lusitana", a fábrica é constituída por um conjunto de estruturas distribuídas consoante as funções técnicas e produtivas atribuídas a cada uma delas, erguidas em tijolo, alvenaria e madeira, tendo produzido cristalaria, nomeadamente chaminés para candeeiros a petróleo, notabilizando-se pelo fabrico de lustres de estilo austríaco.
Entretanto, com a primeira grande movimentação da classe operária contra o regime de Oliveira Salazar (1889-1970), registada em 1934, em resposta à entrada em vigor do "Estatuto do Trabalho Nacional", originando uma greve de características insurgentes, deu-se o encerramento da fábrica, então de posse de Emílio Gallo.
Quando retomou a laboração, já em 1942, em grande parte graças à iniciativa de um novo associado emigrado em Angola (daí a designação pela qual é conhecida), celebrou-se novo arrendamento firmado pela "Sociedade Emílio Gallo Lda.", ainda que encerrasse as suas portas logo em meados dos anos cinquenta, funcionado, desde então, como armazém de várias empresas vidreiras e, mais recentemente, de oficina de restauro de objectos destinados ao Museu do Vidro (instalado no Palácio Stephens), devendo-se à "Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial" a identificação, no local, de importantes estruturas industriais atribuídas à primeira metade do século XX.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens9
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
O irlandês João Beore introdutor da indústria do vidro na Marinha GrandeGÂNDARA, AlfredoEdição1977Lisboa
História do Concelho da Marinha Grande: introdução e perspectivasMENDES, J. M. AmadoEdição1993Marinha Grande
Cidade da Marinha Grande: subsídios para a sua históriaAZAMBUJA, João RosaEdição1998Marinha Grande
Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande. II centenário (1769-1969)BARROS, Carlos Vitorino da SilvaEdição1998LeiriaEdição-reprodução da edição original, publicada em 1969 pela Fábrica-Escola Irmãos Stephens, sob o Alto Patrocínio do Instituto Nacional de Investigação Industrial.
"Marinha Grande", Tesouros Artísticos de PortugalALMEIDA, José António Ferreira deEdição1976Lisboa
A Real Fábrica de Vidros de Coina (1719-1747) e o vidro em Portugal nos séculos XVIII e XIX. Aspectos históricos, tecnológicos, artísticos e arqueológicosCUSTÓDIO, JorgeEdição2002Lisboa

IMAGENS

Fábrica Lusitana de Vidros Angolana - Vista lateral

Fábrica Lusitana de Vidros Angolana - Vista parcial

Fábrica Lusitana de Vidros Angolana - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor

Fábrica Lusitana de Vidros Angolana - Vista geral

Fábrica Lusitana de Vidros Angolana - Zona do gasómetro

Fábrica Lusitana de Vidros Angolana - Cobertura do gasómetro

Fábrica Lusitana de Vidros Angolana - Embasamento da chaminé da forja

Fábrica Lusitana de Vidros Angolana - Planta com a delimitação e a ZEP proposta pela DRCC e o CC (já foi publicada)

Fábrica Lusitana de Vidros Angolana - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor

MAPA

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