Villa romana de Pisões | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Villa romana de Pisões | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | (delimitada a noroeste pela linha férrea, a sueste pelo barranco de Pisões, a nordeste por uma linha que vai da barragem romana até à linha férrea, a sudoeste por uma linha que vai de um ponto situado a 50 m para sudoeste da casa da guarda da linha férrea até ao barranco de Pisões) / Villa Romana de Pisões, na Herdade de Algramaça (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Villa - Itinerários Arqueológicos do Alentejo E Algarve | ||||||||||||
Tipologia | Villa - Itinerários Arqueológicos do Alentejo E Algarve | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | Itinerários Arqueológicos do Alentejo e Algarve | ||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Beja/Beja/Beja (Santiago Maior e São João Baptista) | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Beja | ||||||||||||
Concelho | Beja | ||||||||||||
Freguesia | Beja (Santiago Maior e São João Baptista) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 251/70, DG, I Série, n.º 129, de 3-06-1970 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181505 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O sítio arqueológico da uilla romana de Pisões situa-se na Herdade da Almagrassa, a cerca de 10 km a Sudoeste da cidade de Beja.
Acidentalmente descoberta em 1967 durante a realização de alguns trabalhos agrícolas, deu-se de imediato início à sua investigação arqueológica, sendo classificado como "Imóvel de Interesse Público" (IIP), em 1970. Ocupada no período romano entre os séculos I a.C. e IV d.C., principalmente devido à riqueza cinegética da região, viabilizadora de uma acentuada exploração agrícola, pecuária e mineira, cujos produtos se destinariam ao abastecimento de diversos mercados, a uilla encontra-se parcialmente escavada, sobretudo na área correspondente à residência dos proprietários. Apresentando mais de quarenta divisões centradas num peristilo, acedia-se a este edifício através de um longo corredor. Estes compartimentos eram essencialmente caracterizados pela sua riqueza decorativa, designadamente na denominada pars urbana, cuja fachada porticada virada a sul abriria para um tanque de dimensões assinaláveis, o natatio. A proximidade da barragem de Pisões em articulação com o conjunto edificado da uilla, teria como principal finalidade abastecer de água os tanques, piscina e termas existentes na propriedade. Na verdade, o edifício termal constitui um dos mais relevantes exemplares de termas privadas romanas encontrados no actual território português, tendo sido construído em duas fases, certamente de modo a concretizar a edificação de todas as estruturas a ele inerentes: o apodyterium (onde os frequentadores se untavam e praticavam exercícios físicos); o laconicum (sauna); o strigilus (onde procediam à raspagem da gordura dos seus corpos); o alveus do caldarium (onde tomavam banho num tanque de água quente) e, finalmente, as zonas do tepidarium e do frigidarium. A par da pars urbana, encontravam-se a pars rustica e a pars fructuaria, abrangendo as estruturas habitacionais dos serviçais, armazéns, lagares, celeiros e de transformação dos produtos agrícolas e frutíferos. No entanto, este sítio arqueológico será, provavelmente, mais conhecido pelo conjunto de mosaicos encontrados, verdadeiramente assinalável no panorama nacional, tanto pelo eclectismo e riqueza da sua iconologia, apresentando composições geométricas e naturalistas, como pela qualidade da sua execução, desde os mais antigos, monocromáticos, até aos mais recentes, já policromados. No âmbito do programa de valorização em curso pelo IPPAR, procedeu-se à requalificação da vedação da área arqueológica e iniciaram-se trabalhos de conservação e restauro da pintura mural e mosaicos, prevendo-se igualmente o restauro da piscina. Por outro lado, decorrem negociações com vista à celebração de um acordo entre o IPPAR e a Universidade de Évora relativamente à gestão dos terrenos anexos ao sítio arqueológico, bem como à assinatura de um outro de comodato com a CP para instalação da casa do guarda num antigo edifício de cheminot, no âmbito da filosofia de intervenção nos monumentos arqueológicos visitáveis, tendente a criar infra-estruturas imprescindíveis à valorização estética da sua envolvente. Entretanto, já foi inaugurado o Centro Interpretativo e de Acolhimento de visitantes, assim como a instalação de sinalética e a valorização do percurso de visita e arranjo paisagístico. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | Situa-se nas proximidades de Beja, na saída para Aljustrel pela EN 18. | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 27 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 10 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
Inscrições romanas do «Conventus Pacensis». Subsidios para o estudo da Romanização | ENCARNAÇÃO, José d' | Edição | Coimbra Publicado a 1984 Data do Editor : 1984 | ||
Roman Portugal | ALARCÃO, Jorge Manuel N. L. | Edição | 1988 | Warminster | Publicado a 1988 |
A villa romana de Pisões | RIBEIRO, Fernando Nunes | Edição | Publicado a 1972 | ||
Sobre a economia rural do Alentejo na epoca romana | ALARCÃO, Jorge Manuel N. L. | Fascículo | Publicado a 1976 Volume : 15 Tipo : Revista | ||
Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Beja, Vol. XII | ESPANCA, Túlio | Edição | 1992 | Lisboa | |
"Um ídolo calcolítico proveniente da sala 38 da Villa de Pisões", Vipasca | SOARES, António Manuel Monge | Edição | 1994 | Aljustrel | |
"Um prato de terra sigillata encontrado na Villa Romana de Pisões", Arquivo de Beja | SOARES, José Luís | Edição | 1971 | Beja | |
Aproveitamentos Hidráulicos Romanos a Sul do Tejo. Contribuição para a sua inventariação e caracterização | CARDOSO, João | Edição | 1986 | Lisboa | |
"Barragens romanas do distrito de Beja - contribuição para a sua inventariação e caracterização", Arquivo de Beja | QUINTELA, António de Carvalho | Edição | 1986 | Beja | |
"Alguns subsídios para o estudo dos mosaicos de Pisões", Arquivo de Beja | SARDICA, João Mário Lopes | Edição | 1975 | Beja |
Villa romana de Pisões - Vista parcial da área residencial (pormenor do mosaico do peristilo)
Villa romana de Pisões - Hipocausto das termas sob o "caldarium"
Villa romana de Pisões - Pormenor da área residencial
Villa romana de Pisões - Pormenor de mosaico
Villa romana de Pisões - Peristilo
Villa romana de Pisões - Planta de localização
Villa romana de Pisões - Escadaria
Villa romana de Pisões - Pormenor de mosaico
Villa romana de Pisões - Aspecto das escavações (1967)
Villa romana de Pisões - Aspecto do átrio
Villa romana de Pisões - Pormenor da suspensura
Villa romana de Pisões - Vista parcial da zona escavada (1967)
Villa romana de Pisões - Pátio lageado a mármore
Villa romana de Pisões - Vista geral das escavações (1967)
Villa romana de Pisões - Hipocausto das termas
Villa romana de Pisões - Vista geral das escavações (1967)
Villa romana de Pisões - Aspecto das escavações (1967)
Villa romana de Pisões - Aspecto das escavações (1967)
Villa romana de Pisões - Hipocausto
Villa romana de Pisões - Hipocausto
Villa romana de Pisões - Aspecto das escavações (1967)
Villa romana de Pisões - Hipocausto
Villa romana de Pisões - Conduta de água
Villa romana de Pisões - Pavimento de mosaico do vestíbulo
Villa romana de Pisões - Pavimento de mosaico do átrio
Villa romana de Pisões - Pavimento de mosaico
Villa romana de Pisões - Pavimento de mosaico polícromo