Estação arqueológica do Cabeço do Vouga | |||||||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||||||
Designação | Estação arqueológica do Cabeço do Vouga | ||||||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelium Marnelis / Estação arqueológica de Cabeço do Vouga / Castelium Marnelis (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Povoado Fortificado | ||||||||||||||||||||
Tipologia | Povoado Fortificado | ||||||||||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Aveiro/Águeda/Trofa, Segadães e Lamas do Vouga | ||||||||||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||||||||||
Distrito | Aveiro | ||||||||||||||||||||
Concelho | Águeda | ||||||||||||||||||||
Freguesia | Trofa, Segadães e Lamas do Vouga | ||||||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||||||||||
Cronologia | Rectificou o concelho para Águeda no DG, I Série, n.º 170, de 25-07-1947 (ver Decreto) Decreto n.º 36 383, DG I Série, n.º 147, de 28-06-1947 (inclui a estação no concelho de Albergaria-a-Velha) (ver Decreto) | ||||||||||||||||||||
ZEP | |||||||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||||||
AFECTACAO | 9913730 | ||||||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A presença romana nas actuais fronteiras físicas portuguesas pautou-se, tal como nos demais recantos do Império, pela implementação de uma política administrativa assente em dois vectores vitais para a sua perduração no tempo, estreitamente relacionada com o (re)ordenamento territorial, como parte fundamental de uma estratégia de domínio a impor sobre uma determinada área, mais ou menos vasta. Referimo-nos, em concreto, à definição de unidades político-administrativas, e ao traçado de vias que assegurassem uma ligação permanente e célere entre os principais centros populacionais, ao mesmo tempo que a sua renovação, face às exigências assomadas com o desenrolar dos acontecimentos registados em Roma.
A primeira destas traves mestras assentou essencialmente na definição territorial de civitates, as normais unidades político-administrativas romanas, aproximadas, no respeitante à área abrangida, aos actuais distritos, com a sua cidade capital, à qual se subordinavam outras unidades urbanas, assim como a respectiva população rural. Mas o reordenamento territorial implicou de igual modo a constituição de outras unidades político-administrativas, como os oppida, que designariam aglomerados urbanos de alguma relevância, sendo possível que correspondessem a categorias jurídico-administrativas mais precisas, a partir das quais se organizaria hierarquicamente todo um sistema económico-político. Neste contexto, tem-se sugerido a identificação de Talabriga, uma das capitais das três civitates nas quais se repartia o território de Scallabis e Eurobrittium até ao Mondego, com a mais vulgarmente conhecida por "Estação arqueológica do Cabeço do Vouga", situada nas proximidades de Lameiras do Vouga, erguida no cimo de um cabeço sobranceiro ao rio Mondego e à própria via que ligava Olisipo a Bracara Augusta, evidenciando, por conseguinte, um forte domínio sobre a paisagem circundante. Parcialmente escavada ao longo do segundo quartel do século XX, por António Gomes da Rocha Madahil (1893-), um verdadeiro entusiasta e profundo conhecedor do passado de Ílhavo, sua terra natal, a estação tem sido objecto de sucessivas intervenções, sobretudo nos últimos anos, abrindo caminho a uma melhor compreensão da sua configuração original. Estamos, por conseguinte, em presença de um povoado fortificado de altura erguido durante a Idade do Ferro da região (confirmada pela presença de uma habitação de configuração circular), reutilizado já durante o período romano, a exemplo de tantos outros exemplares da mesma tipologia, e numa clara asseveração da pertinência da sua localização em termos geo-estratégicos. As investigações conduzidas até ao momento permitem caracterizar o sítio como possuindo um complexo sistema defensivo formado por linhas de muralha, uma das quais contrafortada, para além de estruturas situadas no recinto interior de planta predominantemente rectangular, ocupando uma área total com ca de quatro hectares. Esta presença romana encontra-se, aliás, bem representada nos característicos materiais de construção, como tegulae e imbrices, a par de fragmentos cerâmicos, com especial relevo para as sigillata sudgálica e hispânica (cronologicamente balizadas entre os séculos I e IV d. C.), para além de ânforas. [AMartins] | ||||||||||||||||||||
Processo | Da E.N. Lisboa-Porto sai uma estradinha vicinal, bifurcada para Sul num pequeno caminho pelo qual se ascende, em curvas mais ou menos apertadas e irregulares, à plataforma oriental do cabeço. | ||||||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
"O Reordenamento Territorial", Nova História de Portugal: Portugal das origens à romanização | ALARCÃO, Jorge Manuel N. L. | Edição | 1990 | Lisboa | Nova Historia de Portugal, 1, pp. 352-382 |
Estação luso-romana do Cabeço do Vouga : terraço subjacente á Ermida do Espírito Santo, ou da Vitória | MADAHIL, António Gomes da Rocha | Edição | 1941 | Coimbra | |
"Estação luso-romana do Cabeço do Vouga", Arquivo do Distrito de Aveiro | MADAHIL, António Gomes da Rocha | Edição | 1941 | Aveiro | n.º 7, pp. 227-258 e 313-369 |
Estação arqueológica do Cabeço do Vouga - vista geral
Autor: David Machado, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Estação arqueológica do Cabeço do Vouga - vista parcial do Castelium Marnelis
Autor: David Machado, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Palacete Vilar de Allen
Rua António Cardoso, nº 175
4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920
Tel. +351 226 000 454
geral@patrimoniocultural.gov.pt