Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Ponte romana sobre a ribeira de Odivelas
Designação
DesignaçãoPonte romana sobre a ribeira de Odivelas
Outras Designações / PesquisasPonte de Vila Ruiva (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Ponte
TipologiaPonte
CategoriaArqueologia
Inventário TemáticoPontes Históricas do Alentejo
Localização
Divisão AdministrativaBeja/Alvito; Cuba/Alvito; Vila Ruiva
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- a cerca de 1 km de Vila Ruiva- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.259753-7.946027
DistritoBeja
ConcelhoAlvito; Cuba
FreguesiaAlvito; Vila Ruiva
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 47 984, DG, I Série, n.º 233, de 6-10-1967 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
CadastroPrédios rúst. denominados estacas e herdade das Estacas, artº1 S-B e 2 S-C
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaPonte ainda afecta ao uso rodoviário, tomando-se a EN 258.1, entre Cuba e Vila Ruiva, encontrando-se a cerca de 1,5 km desta última localidade, junto do Monte Novo da Ponte, já na estrada que dá acesso à localidade de Albergaria dos Fusos e que faz ligação a Alvito (EM 1004-1).
Composta por 36 aberturas, entre 20 arcos de várias tipologias e 16 olhais de descarga de superfície, a maioria em forma de arco redondo, onde se estende um tabuleiro ao longo de 116 m, com uma largura entre 4,90 e 5.60 m, protegido por guardas que se desenvolvem logo acima dos olhais.
Cria assim uma plataforma que permite o atravessamento não só do leito da Ribeira de Odivelas, sobre o qual se localizam 11 dos maiores arcos, mas que também regulariza a passagem sobre todo o vale, adaptada ao regime torrencial regional, encontrando-se inclusivamente assinaladas, no seu alçado montante, as cotas máximas de várias das cheias ocorridas durante o século XX.
São 13 as arcadas de volta perfeita, de diferentes vãos, e 7 as restantes, irregulares, a maioria em arco abatido, tanto nas arquivoltas como na corda máxima, encontrando-se 7 dos arcos dentro do leito normal da ribeira. Estes são intervalados por olhais rasgados na parte superior dos pegões, que não apresentam a protecção de talhamares. Três destes últimos são constituídos por grandes silhares graníticos regulares, com cinco fieiras desde a base até à cota do lançamento dos arcos. Refira-se que devido ao assoreamento cerca de 15 dos arcos e olhais estão parcialmente soterrados.
Este imóvel foi objecto de várias intervenções de reconstrução, denotando-se as mesmas pelos acrescentos, que revelam pouco cuidado técnico e falta de coerência arquitectónica. Nos séculos XV e XVI terão sido refeitos os arcos da margem Norte, que apresentam diferentes tamanhos, utilizando-se então as placas de xisto para servirem como aduelas nos mesmos e nos respectivos olhais. Em 1964 encontrava-se abatido parte da abóbada do 1.º arco do lado Norte e já em Janeiro de 1993, há notícia da derrocada parcial de um dos arcos menores.
Os arcos de volta perfeita, a horizontalidade do tabuleiro e os pegões quadrangulares, cuja regularidade original é visível nos três primeiros da rampa Sul, permitem caracterizá-la como romana. No entanto, sofreu várias reconstruções, visíveis, por exemplo, nos diferentes materiais utilizados, como calcário da região, aduelas de pedra e silhares de granito, sendo alguns almofadados, além do xisto e do tijolo. Na base de um dos pegões (do 6.º arco no sentido Sul/Norte) é visível o reaproveitamento de uma inscrição funerária romana com a seguinte legenda: ANIVS/ARCONIS.F/HEIC. SITV (Ânio filho de Arcónio encontra-se aqui está sepultado).
Parece constituir parte integrante do itinerário da antiga via romana que de Faro (Ossónoba) e Beja (Pax Iulia) seguia para Évora (Ebora Liberalitas Iulia) e Mérida (Emerita Augusta).
Em 1745 servia de marco na paisagem na divisão geográfica entre o então concelho de Vila Ruiva e o concelho de Alvito, onde se encontraria um marco de pedra referido em 1807 no Tombo deste último concelho.
(JAM)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens8
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Pontes Históricas do AlentejoMARQUES, João Antonio FerreiraEdição2005Lisboa

IMAGENS

Ponte romana sobre a ribeira de Odivelas - Vista geral

Ponte romana sobre a ribeira de Odivelas - Vista dos arcos

Ponte romana sobre a ribeira de Odivelas - Vista parcial dos arcos

Ponte romana sobre a ribeira de Odivelas - Vista geral dos arcos (DGEMN)

Ponte romana sobre a ribeira de Odivelas - Vista parcial (DGEMN)

Ponte romana sobre a ribeira de Odivelas - Planta de localização (DGEMN)

Ponte romana sobre a ribeira de Odivelas - Vista geral (DGEMN)

Ponte romana sobre a ribeira de Odivelas - Vista geral (DGEMN)

MAPA

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