Igreja de São Manços | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de São Manços | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Capela de São Mansos / Igreja Paroquial de São Manços (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Évora/São Manços e São Vicente do Pigeiro | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||
Concelho | Évora | ||||||||||||
Freguesia | São Manços e São Vicente do Pigeiro | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 26-A/92, DR, I Série-B, n.º 126, de 1-06-1992 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | Matriz predial urbana artº nº 628 | ||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A 20 Km de Évora, a pequena aldeia de São Manços evoca a figura lendária do primeiro bispo de Évora e um dos Apóstolos da Lusitânia. Ao que tudo indica, aqui existiu uma propriedade associada a esta importante figura do Cristianismo inicial peninsular, lugar de peregrinação regional durante toda a Alta Idade Média, até à trasladação das suas relíquias para o mosteiro de Sahagún, em Espanha. No século XI, o texto conhecido como Passion de San Mancio dá conta de existência de um templo com baptistério e martirium. Curiosamente, a capela-mor da actual igreja, de planta quadrangular e construída com grandes silhares bem aparelhados, é a parte mais antiga e pode datar desse passado altimedieval. Segundo uns, de época visigótica; de acordo com outros, obra moçárabe, impõe-se como um dos mais importantes vestígios medievais do aro de Évora. No final da Idade Média, a aldeia era pertença da Catedral eborense, com o estatuto de herdade rural, ou quinta, datando, dessa altura, a reforma tardo-gótica do templo mas que, infelizmente, se perdeu nas profundas alterações verificadas na época moderna. Uma pia baptismal, com decoração animalista, e um reutilizado capitel, são os elementos que restam desse período. Provenientes da igreja de São Francisco de Évora, aqui existiam quatro tábuas atribuídas a Francisco Henriques, datáveis dos inícios do século XVI e actualmente na Casa dos Patudos, em Alpiarça, para onde transitaram em 1921. Data de finais do século XVI e inícios do século XVII a principal campanha remodeladora, responsável pela feição que o conjunto hoje ostenta. Sob o governo ibérico de Filipe I, em 1591, foi possível restituir à aldeia as relíquias do seu santo mártir, processo consumado a 20 de Maio de 1624, "com soleníssima pompa e procissão" (ESPANCA, 1966, p.374). Entre estas duas balizas cronológicas deve situar-se a campanha mencionada. A fachada principal é o elemento de maior monumentalidade e cenografismo, não obstante a modéstia das suas partes mais altas. No piso térreo, um narthex de tripla arcada (orientada a Ocidente, Norte e Sul), construído em cantaria e com vãos abatidos contrasta flagrantemente com os registos superiores. Aqui, duas torres quadrangulares pretenderam conferir maior monumentalidade ao monumento, através de uma fachada harmónica, mas a sua pouca altura e, principalmente, a sua reduzida secção planimétrica invalidaram esta pretensão. O interior reforça a singeleza do projecto. De nave única coberta por madeira e capela-mor diminuta, revestida de azulejos tipo tapete, de fábrica lisboeta dos meados do século XVII (ESPANCA, 1966, p.375), apresenta um figurino comum à esmagadora maioria das igrejas do reino, fiel a um dispositivo arquitectónico e espacial conotado com o estilo chão. O recheio artístico é estilisticamente heterogéneo. Os dois retábulos laterais, abertos nas paredes da nave, parecem ser contemporâneos da reforma seiscentista, apesar de se encontrarem cobertos por uma pintura claramente posterior. A ladear o arco triunfal, outros dois retábulos, datados do século XVIII e em estilo rococó. Ainda no interior, destaca-se a imagem de São Manços, tutelar do templo, obra barroca dos inícios do século XVII e contemporânea da reforma moderna. Em 1962, por iniciativa do então pároco, a igreja foi objecto de um restauro selectivo, que comprometeu algumas peças de mobiliário litúrgico e de património integrado. Mais recentemente, uma intervenção arqueológica de emergência possibilitou a identificação de numeroso material romano, que veio provar a ocupação cristã do local sobre uma anterior villa, bem como a continuidade cronológica pela Alta Idade Média. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 5 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 5 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Inventário Artístico de Portugal, vol. VII (Concelho de Évora - volume I) | ESPANCA, Túlio | Edição | 1966 | Lisboa | O vol. II é totalmente dedicado às ilustrações. |
Subsídios para a História da Santa Casa da Misericórdia de Évora, vol. I | GUSMÃO, Armando Nobre de | Edição | 1958 | ||
A Talha em Portugal | SMITH, Robert C. | Edição | 1962 | Lisboa | |
"Inovação e resistência: dados recentes sobre a antiguidade cristã no ocidente peninsular", IV Reunião de Arqueologia Cristã Hispânica (Lisboa, 1992), 1995, pp.17-68 | REAL, Manuel Luís | Edição | 1995 | ||
"Portugal: cultura visigoda e cultura moçárabe", Visigodos y Omeyas. Un debate entre la Antiguedad Tardia y la Alta Edad Media, pp.21-75 | REAL, Manuel Luís | Edição | 2000 | Madrid |
Igreja de São Manços - Fachada lateral e vista parcial da cabeceira
Igreja de São Manços - Interior da capela-mor: retábulo-mor
Igreja de São Manços - Interior: nicho com imagem Virgem e o Menino (séc. XIV)
Igreja de São Manços - Interior: coro-alto
Igreja de São Manços - Interior: azulejos no arco do cruzeiro