Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Conjunto megalítico da Herdade do Xerez
Designação
DesignaçãoConjunto megalítico da Herdade do Xerez
Outras Designações / PesquisasCromeleque do Xarez / Conjunto Megalítico da Herdade do Xerez (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Conjunto
TipologiaConjunto
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Reguengos de Monsaraz/Monsaraz
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- a N da Herdade do Xerez, na EN 256, Reguengos de Monsaraz - Mourão- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.45341-7.370988
DistritoÉvora
ConcelhoReguengos de Monsaraz
FreguesiaMonsaraz
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 1/86, DR, I Série, n.º 2, de 3-01-1986 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSítio
O cromeleque do Xerez localizava-se, originalmente, a aproximadamente de 5 km a Sul de Monsaraz, em frente ao monte do Xerez, no centro de um pequeno vale, limitado por duas linhas de água, muito próximo do rio Guadiana e a cerca de 300 m da anta do Xerez de Baixo.
Identificado em 1969, este cromeleque apresenta uma planta algo singular no denominado "universo megalítico eborense".
De facto, a planta deste recinto é problemática, uma vez que os menires, com exceção do central, foram identificados tombados e deslocados da sua posição original. Assim, a morfologia subquadrangular ou retangular com menir central de grandes dimensões (cerca de 3,60 m de altura) que o recinto atualmente apresenta resulta de uma interpretação de alguns dos investigadores que estudaram o sítio.
Os cinquenta e cinco menires que atualmente constituem este monumento encontram-se bastante fraturados e foram talhados em diferentes tipos de granitos de proveniência local, apresentando morfologias muito variadas (ovoides, ligeiramente achatados, cilíndricas, subquadrangulares, cónicas ou poliédricas) e comprimentos que oscilam entre 0,37 m e 2,10 m, com predomínio para os elementos de pequena dimensão (altura inferior a 1,20 m). Um conjunto de sete menires, no qual se inclui o elemento central, foram decorados com diferentes motivos, nomeadamente covinhas, báculos e formas geométricas circulares, com fortes semelhanças aos motivos identificados noutros monumentos do mesmo tipo na região.

História
O monumento foi descoberto em 1969 tendo sido sujeito a uma intervenção que visou a sua reconstituição original. No entanto, esta intervenção não terá seguido critérios propriamente científicos, baseando-se o autor - José Pires Gonçalves -, no pressuposto de que as "covinhas" presentes num dos menires representariam a sua disposição primitiva.
Actualmente, e na sequência da criação da barragem do Alqueva que causou a inundação dos terrenos da área arqueológica, o cromeleque foi deslocado para outra zona do concelho de Monsaraz, próximo do Convento da Orada (aldeia do Telheiro) um imóvel igualmente classificado. Refira-se que em 1998, no âmbito da minimização de impactes patrimoniais decorrentes da construção da Barragem do Alqueva, Mário Varela Gomes procedeu à escavação da área de implantação do cromeleque, tendo identificando um conjunto diversificado de materiais arqueológicos muito fragmentados, nomeadamente artefactos líticos (trapézios, furadores, lamelas e lascas em sílex, xisto silicioso, quartzo e quartzito), percutores, moventes, dormentes e alguns fragmentos de recipientes cerâmicos como taças decoradas com impressões.
A complexidade arquitetónica do recinto, as decorações dos menires e os materiais arqueológicos recolhidos, colocam a hipótese das primeiras fases de construção se enquadrarem no Neolítico antigo e médio, com remodelações no Neolítico final (colocação do grande menir central) e eventuais reutilizações ao longo do Calcolítico.

Sílvia Leite/DIDA-IGESPAR/2009, atualizado por Maria Ramalho/DGPC/2019.
ProcessoEste conjunto megalítico situa-se a c. de 300 m a Norte da Herdade do Xerez, à qual se acede pela EN 256 que parte de Reguengos de Monsaraz para Mourão.
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Roteiro de Alguns Megálitos da Região de Evora", A Cidade de ÉvoraGONCALVES, José PiresFascículo1975ÉvoraPublicado a 1975 Volume : 32 Número : 58 Data do Editor : 1975 Tipo : Revista
"Menires de Monsaraz", Arqueologia e HistóriaGONCALVES, José PiresEdição1970Data do Editor : 1970
"Monumentos Megalíticos do Distrito de Évora", Actas do II Congresso Nacional de ArqueologiaPINA, Henrique LeonorEdição1971Data do Editor : 1971
Cromeleque do Xerez. A ordenação do caos. Memórias d'Odiana, Das pedras do xerez às novas terras da luz, Beja, vol 2, pp 17 a 190.GOMES, Mário VarelaEdição2000Beja
Cromeleque do Xerez. O grande náufrago do Alqueva. Almadan, 2ª série, nº 11, p. 172-175GOMES, Mário VarelaEdição2002Almada
Salvamento arqueológico no Guadiana. In Memórias d' Odiana, nº 1, p. 416.SILVA, António CarlosEdição1999Beja

IMAGENS

Conjunto megalítico da Herdade do Xerez - Vista geral. CMÉvora, 2008.

Conjunto megalítico da Herdade do Xerez (Reguengos de Monsaraz).DRCA-Elsa Caeiro, 2018.

Conjunto megalítico da Herdade do Xerez (Reguengos de Monsaraz).DRCA-Elsa Caeiro, 2018.

Conjunto megalítico da Herdade do Xerez (Reguengos de Monsaraz).DRCA-Elsa Caeiro, 2018.

Conjunto megalítico da Herdade do Xerez (Reguengos de Monsaraz).DRCA-Elsa Caeiro, 2018.

MAPA

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