Villa romana do Alto do Cidreira | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Villa romana do Alto do Cidreira | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Villa Romana do Alto da Cidreira / Villa Romana do Alto do Cidreira (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Villa | ||||||||||||
Tipologia | Villa | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Cascais/Alcabideche | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Cascais | ||||||||||||
Freguesia | Alcabideche | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Em 12-01-2023 a CM de Cascais informou que concordava com a proposta Em 14-06-2022 foi solicitado parecer à CM de Cascais Despacho de concordância de 31-05-2022 do diretor-geral da DGPC Proposta de 27-05-2022 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para a alteração da classificação para SIP Decreto n.º 26-A/92, DR, I Série-B, n.º 126, de 1-06-1992 (ver Decreto) Edital de 2-11-1984 da CM de Cascais Despacho ministerial de homologação de 10-07-1984 Despacho de concordância de 18-07-1984 do vice-presidente do IPPC Parecer favorável de 2-07-1984 da CNPA Proposta de classificação de 23-05-1984 do arqueóçogo José d' Encarnação | ||||||||||||
ZEP | Em 12-01-2023 a CM de Cascais informou que concordava com a proposta Em 14-06-2022 foi solicitado parecer à CM de Cascais Despacho de concordância de 31-05-2022 do diretor-geral da DGPC Proposta de 27-05-2022 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC Despacho de 10-11-2011 do diretor regional da DRC de Lisboa e Vale do Tejo para elaborar nova proposta, de acordo com o Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de outubro (com restrições) Em 6-03-2009 a CM de Cascais enviou elementos sobre os proprietários Em 25-11-2008 foram solicitados à CM de Cascais elementos sobre os proprietários Despacho de concordância de 28-06-2008 da subdiretora do IGESPAR, I.P. Parecer favorável de 11-06-2008 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. Proposta de 14-05-2008 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo concordante com a proposta camarária Nova proposta de 10-12-2007 da CM de Cascais Proposta de 5-02-2007 da CM de Cascais, na sequência da aprovação em reunião camarária de 2-10-2006 | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Sítio A Villa Romana do Alto da Cidreira localiza-se em contexto urbano, a uma cota relativamente elevada e implantada junto a um marco geodésico. Nas suas imediações encontram-se algumas habitações, estando uma delas infelizmente sobre a área arqueológica. No local foi identificada a pars rustica (zona ligada à atividade agrícola) de uma villa edificada no século I d. C., correspondendo a três estruturas de armazenamento e, a pars urbana (zona de residência dos proprietários), composta por uma domus (habitação) que teria dois andares em que alguns compartimentos eram pavimentados com mosaicos polícromos. Como sucede com outros complexos habitacionais semelhantes, Alto da Cidreira era dotada de um complexo termal, tendo sido identificadas no local algumas condutas de água, o hipocausto (sistema de aquecimento sob o pavimento), um tanque semicircular pertencente ao frigidarium (compartimento frio), bem como o praefurnium (local das fornalhas de aquecimento). Próximo da estrutura habitacional, a alguns metros para sudeste, foram identificadas onze inumações e três sepulturas de criança que fariam parte de uma necrópole do séc. III-IV d. C. Igualmente nas proximidades foi detetado um importante sector de um aqueduto romano com quarenta e seis metros de comprimento, apresentando ainda a respetiva caixa de decantação. Na área foi igualmente registada a presença de um poço supostamente do período romano. Na área intervencionada foram também reconhecidos elementos atribuídos a períodos de ocupação humana anteriores, nomeadamente vestígios de uma cabana do Calcolítico Final. O espaço terá também sido reutilizado ao longo dos séculos subsequentes, como demonstram os cinco silos e a elevada presença de cerâmica de época medieval encontrados nas imediações da estrutura romana. No que diz respeito ao espólio exumado, foram detetados fragmentos de terra sigilatta, um considerável número de fragmentos de cerâmica comum, tanto de época romana como medieval, alfinetes em osso, pesos de tear, botões, uma pequena máscara de terracota bem como alguns numismas em bronze. Muito abundante em toda a área da villa é o material de construção de período romano, nomeadamente as tegulae (telha lisa com rebordo de cada lado) e os imbrices (telha de canudo). O espólio encontra-se à guarda da Câmara Municipal de Cascais. História A estação arqueológica do Alto da Cidreira foi identificada pela primeira vez em finais dos anos noventa do século XIX pelo geólogo Francisco de Paula Oliveira. No ano de 1915, Félix Alves Pereira da Associação dos Arqueólogos Portugueses visitou o local e verificou que o terreno tinha sido afetado por trabalhos agrícolas, tendo no entanto conseguido identificar algumas estruturas, nomeadamente três tanques, revestidos a opus signinum que acabariam por ser destruídos nos anos sessenta pela construção de uma moradia. É apenas no final da década de setenta e inícios de oitenta (1977 a 1982), que este arqueossítio é sistematicamente escavado pelos arqueólogos Guilherme Cardoso e José d'Encarnação, possibilitando a identificação da maior parte das estruturas habitacionais e termais da villa, bem como a maioria do espólio. Nos anos de 2007 e 2008 o local volta a ser intervencionado, desta vez pela empresa Neoépica, devido à construção de moradias na zona envolvente. Esta escavação permitiu ficar a conhecer novas realidades arqueológicas, nomeadamente vestígios do Calcolítico, um aqueduto e um sector de uma necrópole romana, bem como vários silos medievais. Ana Teresa Henriques e Maria Ramalho/DGPC/2018 | ||||||||||||
Processo | Estrada Cascais-Lisboa, indo para Carrascal do Alvide. Junto ao marco geodésico do Alto da Cidreira, a Norte de Alvide | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 10 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 9 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"A Villa romana de Freiria (S. Domingos de Rana)", Arqueologia | ENCARNAÇÃO, José d' | Edição | 1988 | Porto | 18, pp. 179-181 |
"Cascais no tempo dos romanos", Revista de Arqueologia | ENCARNAÇÃO, José d' | Edição | 1990 | Lisboa | 1, pp. 59-74 |
"Alto do Cidreira", Informação Arqueológica | ENCARNAÇÃO, José d' | Edição | 1983 | Lisboa | n.º 3, pp. 39-40 |
Notas sobre alguns vestígios romanos no concelho de Cascais. | ENCARNAÇÃO, José d' | Edição | Publicado a 1968 | ||
Cascais no tempo dos Romanos | ENCARNAÇÃO, José d' | Edição | 1986 | Cascais | |
"Descoberta de uma mini-máscara de terra cota na estação Lusitano-romana do Alto da Cideira, Cascais", Estudos Italianos em Portugal | CARDOSO, Guilherme | Edição | 1972 | Lisboa | n.ºs 33-34, pp. 101-104 |
"A Villa romana de Freiria (S. Domingos de Rana)", Arqueologia | CARDOSO, Guilherme | Edição | 1988 | Porto | 18, pp. 179-181 |
"Cascais no tempo dos romanos", Revista de Arqueologia | CARDOSO, Guilherme | Edição | 1990 | Lisboa | 1, pp. 59-74 |
"Alto do Cidreira", Informação Arqueológica | CARDOSO, Guilherme | Edição | 1983 | Lisboa | n.º 3, pp. 39-40 |
Cascais no tempo dos Romanos | CARDOSO, Guilherme | Edição | 1986 | Cascais | |
Carta arqueológica do Concelho de Cascais | CARDOSO, Guilherme | Edição | 1991 | Cascais | |
"Descoberta de uma mini-máscara de terra cota na estação Lusitano-romana do Alto da Cideira, Cascais", Estudos Italianos em Portugal | FERREIRA, Octávio da Veiga | Edição | 1972 | Lisboa | n.ºs 33-34, pp. 101-104 |
"A villa romana do Alto do Cidreira (Cascais). Os materiais", Conimbriga | NOLEN, Jeannette U. Smith | Edição | 1988 | Conimbriga | n.º 27, pp. 61-140 |
"Antiquités préhistóriques et romaines des environs de Cascaes", Comunicações da Comissão de Trabalhos Geológicos | OLIVEIRA, Francisco de Paula e | Edição | 1889 | Lisboa | 2:1, pp. 82-108 |
"Descoberta de uma mini-máscara de terra cota na estação Lusitano-romana do Alto da Cideira, Cascais", Estudos Italianos em Portugal | CASTELO BRANCO, António de | Edição | 1972 | Lisboa | n.ºs 33-34, pp. 101-104 |
Villa romana do Alto da Cidreira - Planta do conjunto com indicação de ZP e proposta de ZEP
Villa romana do Alto da Cidreira - Planta com delimitação do conjunto da ZP e da ZEP
Villa romana do Alto da Cidreira - Vista geral, 1980.
Villa romana do Alto da Cidreira - Vista geral, 1980.
Villa Romana do Alto do Cidreira - estruturas da zona habitacional. Ana Henriques, 2017.
Villa Romana do Alto do Cidreira - estruturas da zona habitacional. Ana Henriques, 2017.
Villa Romana do Alto do Cidreira - estruturas da zona habitacional. Ana Henriques, 2017.
Villa Romana do Alto do Cidreira - estruturas da zona habitacional. Ana Henriques, 2017.
Villa Romana do Alto do Cidreira - estruturas da zona habitacional. Ana Henriques, 2017.
Villa Romana do Alto do Cidreira - estruturas da zona habitacional. Ana Henriques, 2017.
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