Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Liceu Alexandre Herculano
Designação
DesignaçãoLiceu Alexandre Herculano
Outras Designações / PesquisasLiceu Central de Alexandre Herculano / Liceu Nacional Alexandre Herculano / Escola Secundária Alexandre Herculano (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Edifício
TipologiaEdifício
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Porto/Bonfim
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Avenida de CamiloPorto Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.148267-8.594365
DistritoPorto
ConcelhoPorto
FreguesiaBonfim
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 226/2011, DR, 2.ª Série, n.º 12, de 18-01-2011 (ver Portaria)
Procedimento prorrogado até 31-12-2011 pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Despacho de homologação de 25-10-2010 do Secretário de Estado da Cultura
Parecer favorável de 20-12-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 19-05-2006 da DR do Porto para a classificação como IIP
Despacho de abertura de 6-12-2005 do presidente do IPPAR
Proposta de abertura de 29-10-2005 da DR do Porto
ZEPPortaria n.º 226/2011, DR, 2.ª Série, n.º 12, de 18-01-2011 (sem restrições) (ver Portaria)
Despacho de homologação de 25-10-2010 do Secretário de Estado da Cultura
Parecer favorável de 20-12-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 19-05-2006 da DR do Porto
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12737527
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaCom o aumento demográfico verificado em finais de oitocentos e, em especial, o acréscimo das exigências sociais do alvor da nova centúria, especialmente emanadas dos círculos republicanos, as entidades competentes viram-se na necessidade de fundar novos estabelecimentos liceais, ao mesmo tempo que desdobravam as zonas escolares entretanto definidas.
Neste panorama traçado para a generalidade do território português, a cidade do Porto seria dividida em duas grandes zonas pedagógicas, instalando-se em cada uma delas um liceu central, por decreto de 4 de Janeiro de 1906. O que ocorreria de imediato, para o caso que nos interessa, em instalações provisórias e pouco apropriadas aos requisitos de um ensino desta natureza, até que, passados dois anos, em 1908, e já ostentando a denominação de "Liceu Central de Alexandre Herculano", se procedeu à sua transferência para a Rua de Sto. Ildefonso, onde ocuparia um prédio arrendado para o efeito.
Mas foi somente com o advento republicano e, mais propriamente, em 1911, que o Parlamento aprovou a proposta apresentada pelo médico e deputado pelo Porto na legislatura das Constituintes desse mesmo ano, Ângelo Vaz, controverso defensor e divulgador do polémico movimento neomalthusiano, emergido entre nós, justamente, no início desta centúria, que mudaria, radicalmente, a História do Liceu. Referimo-nos, em concreto, ao empréstimo governamental de 150 contos para construção de um edifício de raiz.
Não obstante, e depois de ter sido lançada a primeira pedra em 1916, em cerimónia oficial testemunhada pelo presidente da República Bernardino Machado (1851-1944), a conclusão do projecto verificou-se apenas em 1934, da autoria do conhecido arquitecto José Marques da Silva (1869-1947), que viveu em Paris, entre 1889 e 1896, depois de ter cursado na Academia de Belas-artes do Porto, e antes de ter obtido vários prémios de reconhecimento internacional, designadamente no âmbito das Exposições Universais de Paris (1900) e do Rio de Janeiro (1908).
Um longo período pautado por diversas adversidades, não apenas económicas, como, sobretudo, políticas, ditadas, quer pelo envolvimento do país na I Grande Guerra, quer pelos sucessivos tumultos registados entre finais da segunda década, inícios da terceira, culminando no estabelecimento da Ditadura Militar e do Estado Novo, no início do qual seria finalizado, ainda que já fosse frequentado desde o ano lectivo de 1921-1922.
Contemplando de início 28 salas de aula, com áreas específicas destinadas ao ensino de Física, Química, Geografia, Desenho e Música, a par de uma biblioteca, anfiteatro para apresentação de teatros e, já num segundo momento, de cinema, cinco pátios de recreio, um de desporto, três ginásios, piscina, cozinha e refeitórios, sanitários, gabinetes médicos, sala de professores, gabinete do médico escolar e três cómodos para o reitor, o projecto denunciava um conhecimento assaz profundo das mais recentes teorias e práticas pedagógicas, designadamente das implementadas além-fronteiras, assim como, certamente, uma colaboração estreita e verdadeiramente exemplar entre arquitecto e pedagogos. As alterações verificadas, desde então, resumiram-se à construção de 8 novas salas de aula e de uma capela, já nos anos sessenta, perante o aumento do número de alunos entretanto registado, amplamente frequentado por destacados membros da sociedade portuense, nomeadamente das suas Artes e Letras.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Liceus de Portugal. Histórias. Arquivos. Memórias.NÓVOA, AntónioEdição2003Porto
Liceus de Portugal. Histórias. Arquivos. Memórias.SANTA-CLARA, Ana TeresaEdição2003Porto

IMAGENS

Liceu Alexandre Herculano - Fachada principal

Liceu Alexandre Herculano - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor

Liceu Alexandre Herculano - Planta com a delimitação e a ZP que esteve em vigor antes de ser fixada a ZEP em 18-11-2011

Liceu Alexandre Herculano - Pátio

Liceu Alexandre Herculano - Pátio

MAPA

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