Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

OLIVA
Designação
DesignaçãoOLIVA
Outras Designações / PesquisasDesignação inicial - Oliveira, Filhos & Ca / Última designação empresarial: OLIVACAST, Fundição Ferrosa, S. A. / Fábrica Oliva (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaPatrimónio Industrial /
Tipologia
CategoriaPatrimónio Industrial
Inventário TemáticoArquitectura Industrial Moderna (1925-1965)
Localização
Divisão AdministrativaAveiro/São João da Madeira/São João da Madeira
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua Oliveira JúniorSão João da Madeira Número de Polícia:
Rua da FundiçãoSão João da Madeira Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoAveiro
ConcelhoSão João da Madeira
FreguesiaSão João da Madeira
Proteção
Situação ActualEm Estudo - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
Cronologia
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaOLIVA - edifícios de produção, administração
Rua Oliveira Júnior; Rua da Fundição, São João da Madeira, 1950 (+/-),1960
A.R.S. Arquitectos (AAVV); Arqtº Fernando da Cunha Leão

Constituída em 1925, a OLIVA dedicou-se inicialmente à indústria de fundição, serralharia, serração e carpintaria mecânica, mas foi como fabricante de máquinas de costura que se afirmou e expandiu nacionalmente. Inaugurado em 1948, o edifício das máquinas de costura irá encerrar uma produção que rivalizará no mercado nacional, durante cerca de três ou quatro décadas, com uma das principais marcas internacionais - SINGER. Aceite como um meio de produção fundamental das classes mais pobres, proporcionou e sedimentou um ideário profissional de massas - a costureira. A difusão da máquina de costura OLIVA assumiu, assim, uma importância social ímpar, tanto no continente como nas colónias portuguesas africanas, só possível através de uma sábia articulação entre o produto, a sua publicidade - destacando-se a organização dos concursos do vestido de chita e os múltiplos pontos de venda que na sua maioria tinham formadoras só para estas máquinas. A utilização destas diversas técnicas de publicidade e de venda, tão próprias da sociedade de consumo, foram com algum pioneirismo difundidas por Francisco de Almeida Grandella, em finais de Oitocentos.
A laboração contínua, durante cerca de oitenta anos, e a introdução de novas produções, como os tubos ou banheiras sedimentou um vasto recinto industrial que em 1987 ocupava uma área de 130.000 m2. É num articulado compósito de soluções variadas associadas a um evoluir de épocas culturais e tecnológicas, submetidas a uma lógica de crescimento orgânico, que se pontuam imperdíveis rasgos de modernidade arquitectónica.
Moldado a um gaveto adaptou-se, na sua volumetria arredondada, o edifício administrativo de grande qualidade formal (1950). De renovada imagem funcional o grande vão, imposto à via pública principal, acentua a sua contemporaneidade num diálogo entre um vertical reticulado em betão armado, preenchido por vidros, e marcado decisivamente pela emblemática torre paralelepipédica, encimada por um relógio, e a horizontalidade correspondente ao estruturalismo dos pavimentos ou da cobertura em terraço, indiciando uma acentuada luminosidade interior. Associado a este moderno léxico exterior desenvolvem-se no interior grandes espaços abertos, constantemente iluminados, onde a organização das secretárias não se confina às rígidas áreas compartimentadas, lembrando, de algum modo, os princípios funcionais que Frank Loyd Wright imprimiu ao edifício administrativo da firma S. C. JOHNSON & SON COMPANY (1936-1939).
De notável concepção plástica, o edifício de fabricos gerais (1960) rompe, decisivamente, com as soluções da edificação industrial. Apresentando um grande domínio dos novos materiais, os grandes vãos, em pilar e viga rematados por uma ondulante cobertura em fibrocimento, são apresentados à via pública através de um plano arredondado trabalhado na repetição quadriculada dos módulos das janelas em gracifer, formando uma superfície de um purismo estético irrepreensível.

Deolinda Folgado/ Docomomo Ibérico
Maio 2002
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens8
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Arquitectura Moderna Portuguesa 1920-1970. Um Património a Conhecer e SalvaguardarAA.VV.Edição2004LisboaCatálogo que organiza o trabalho de levantamento e rastreio divulgado na exposição itinerante ¿Arquitectura Moderna Portuguesa 1920-1970¿ que o IPPAR organizou e que tem vindo a ser apresentada em todo o território nacional e Moçambique. Conjunto de textos de enquadramento e fichas das obras mais representativas de um período de rara criatividade e de verdadeira internacionalização da arquitectura portuguesa, oferecendo simultaneamente uma visão global de toda uma época e sob as mais diversas perspectivas críticas e temáticas.
Coordenação científica da Arqª. Ana Tostões.

IMAGENS

Vista geral - maqueta. Foto: DE/ IPPAR

Entrada da fábrica. Foto: DE/ IPPAR

Edifício de escritórios. Foto: DE/ IPPAR

Edifício de fabricos gerais

Foto aérea. Foto: Arquivo OLIVACAST

Entrada da fábrica

Edifício de escritórios

Edifício dos escritórios - interior

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